quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Lago do museu é esvaziado

Juiz de Fora, 24/08/06

Os visitantes que forem ao parque do Museu Mariano Procópio devem estranhar a paisagem. Em vários trechos, já é possível ver o fundo do lago que banha as ilhas. O trabalho de retirada dos cerca de 20 mil metros cúbicos de água começou há duas semanas. “A parte central vai ter que ser bombeada. A intenção é esvaziar todo o lago o quanto antes, para que o local seque, e o equipamento pesado possa entrar”, explica o diretor da instituição, Francisco Antônio de Mello Reis.

Para a execução do serviço de limpeza e dragagem, foram removidos os 20 macacos-prego que habitavam as quatro ilhas, assim como boa parte da fauna existente. Com exceção dos primatas, todos os animais capturados estão sendo levados para a Fazenda Santa Cândida, de propriedade da Prefeitura, onde permanecerão até o fim dos trabalhos, previstos para durarem quatro meses.

Segundo Mello Reis, serviço semelhante já havia sido feito na época em que ele era prefeito (período de 1976 a 1982). “Depois de 25 anos, a quantidade de matéria orgânica que cai no lago é muito grande, ocorre ainda o assoreamento das margens. Vamos repetir o estaqueamento feito na época.” Ele adianta que o trabalho paisagístico está sendo coordenado por um arquiteto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Ele nos forneceu uma relação das plantas que teremos que comprar, respeitando o projeto inicial do parque. Mas é uma quantidade grande e, provavelmente, teremos que recorrer a fornecedores de São Paulo e Paraná.” O diretor disse que não há como prever quando o projeto paisagístico estará concluído. “É imprevisível, porque depende de recursos de fora.” Além do parque, desde junho, o prédio anexo ao museu está em obras. “Estamos realizando reforço nas fundações do prédio, mas está em ritmo devagar. Os recursos do Ministério do Turismo ainda não chegaram. Estamos trabalhando com a verba fornecida pela Prefeitura. Estou muito preocupado com isso, porque a gente tem responsabilidade.”

Fonte: Tribuna de Minas

Nenhum comentário: