terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ibama terá Força Tarefa para combater os crimes ambientais

Fabrício Ângelo

Um aumento de 133% nas áreas desmatadas da Amazônia durante o mês de agosto. Isso é o dobro que foi apurado no mês anterior pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE).

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esses dados são péssimos, pois esperava-se uma melhora devido a crescente diminuição do desmatamento na área em 2008. Os Estados que mais devastam a região são Pará e Mato Grosso que respondem por quase 80% das áreas atingidas. Dados do Ibama indicam que apesar dessa última análise o desmatamento vem caindo a cada ano. Se comparados aos meses de junho a agosto de 2007, considerados críticos para o ministério devido ao aumento de queimadas e das estiagens, houve redução de 33%. Mesmo assim nesse período em 2008 já foram destruídos 2.104 km2 de Floresta Amazônica.

De acordo com o ministro existem importantes fatores que influenciaram esse aumento, como a intensificação da atividade agropecuária, principalmente no Pará; a forte pressão fundiária e grilagem de terras públicas federais e estaduais; a expectativa de regularização fundiária em terras públicas, as eleições municipais e a redução do efetivo de fiscalização em agosto.

Um dos fatos que chamou a atenção dos órgãos de fiscalização foi o aumento do desmatamento nas áreas federais, como unidades de proteção, terras indígenas e principalmente os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), considerados os grandes vilões da destruição da floresta.

Dentre as medidas que vão ser tomadas pelo governo federal para combater os crimes ambientais na Amazônia, destaca-se a criação da Força Federal de Crimes Ambientais, que terá armamento pesado e treinamento militar para combater os infratores, dispensando assim o auxilio da polícia militar, muitas vezes impedidas de atuar junto com os órgãos ambientais devido à pressões políticas.

Flavio Montiel da Rocha, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, ressaltou que essa Força Ambiental não só estará fiscalizando a Amazônia, mas sim todos os biomas. “Serão contratados 3000 agentes e oficiais que terão treinamento especializado e poder de polícia dentro das área de proteção federais, com certeza devido a extensão a maioria se concentrará na região amazônica, mas teremos postos em todas as reservas do país”, disse.

O ministro Minc também divulgou uma lista com o nome dos cem maiores desmatadores da Amazônia que segundo ele serão multados e processados por crime ambiental. Para a surpresa geral, o grande vilão da história é o Incra, que por possuir vários assentamentos na região é responsável pelos atos dos assentados. De acordo com a lista do MMA, oito assentamentos do Incra, todos em Mato Grosso, foram responsáveis por mais de 220 mil hectares de devastação da Amazônia. O total de multas para o órgão federal é de mais de R$ 250 milhões.

O presidente do Incra, Rolf Hackbart, questionou a lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, que aponta os assentamentos da reforma agrária como líderes de devastação da Amazônia. “O Incra está sendo injustiçado”, afirmou. De acordo com o presidente do órgão fundiário, em uma das multas, as coordenadas de satélite do Ibama não coincidem com a localização do assentamento citado na lista. Hackbart disse que tem “conversado sempre” com representantes do Ibama e que se surpreendeu com o ranking divulgado hoje.

“Senti falta [na lista] dos grandes grileiros, que não aparecem porque não têm as propriedades regularizadas. São os desmatadores invisíveis. Não se pode mascarar o desmatamento como se fosse responsabilidade da reforma agrária”, ponderou.O presidente do Incra informou que o órgão está investindo na elaboração de planos de manejo e “em vários estados” já firmou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal para reparação e compensação de danos ambientais causados pelos assentamentos.

Mata Atlântica

Flavio Montiel, do Ibama, afirmou que os outros biomas também serão beneficiados com as medidas divulgadas pelo ministro. “Hoje já fazemos, juntamente com a SOS Mata Atlântica, o monitoramento da região e já detectamos várias áreas críticas. A partir desse ano com o auxilio de um novo satélite, o Ibama está avaliando o mosaico da cobertura vegetal do bioma. Pode-se dizer que a Mata Atlântica é mais fácil de se observar devido à menor incidência de nuvens.

Além disso a punição é quase certa, pois o desmatamento nessa região é totalmente proibido de acordo com a lei 11.428/06”, disse. Ainda de acordo com o diretor do Ibama, até o final do ano o Cerrado também terá sua área vigiada.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Ascom Rede de ONGs Mata Atlântica

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

US$ 1 milhão para projetos sustentáveis no Cerrado

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) destinará cerca de US$ 1 milhão para projetos de uso sustentável da biodiversidade e fortalecimento de comunidades tradicionais no Cerrado. Os recursos serão doados a organizações civis sem fins lucrativos, escolhidas por meio do edital divulgado esta semana pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). O prazo final para o envio das propostas é o dia 13 de outubro. Cada entidade poderá concorrer a projetos de até US$ 35 mil para iniciativas inéditas. Serão contemplados projetos no bioma Cerrado e nas áreas de transição para Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal.

As organizações que já possuem experiência ou projetos com resultados e impactos positivos comprovados e que possam ampliar a escala de sua atuação poderão pleitear até US$ 50 mil. A escolha dos projetos se dará por meio de um comitê gestor nacional com representantes de órgãos governamentais, organismos internacionais, organizações da sociedade civil e universidades. O PPP-Ecos existe no Brasil há 14 anos e é executado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Tem recursos do Fundo para o Meio Ambiente Mundial das Nações Unidas e apoio da Comissão Européia.

Em 2007, o PPP-Ecos entrou em uma nova fase de execução, na qual os recursos destinados aos projetos foram submetidos à aprovação do governo brasileiro e ao secretariado do Fundo para o Meio Ambiente Mundial. Mais informações: www.ispn.org.br/roteiro2008-2009.doc

Fonte: Agência Fapesp

Ciclo do carbono nos ecossistemas aquáticos é tema de simpósio na UFRJ

Débora Motta

Consideradas um dos maiores desafios da agenda internacional, as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas ao ciclo do carbono - já que os gases metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) são os principais causadores do efeito estufa. Os ecossistemas aquáticos são importantes fontes naturais de metano e dióxido de carbono para a atmosfera, mas a contribuição de rios e lagos tropicais no ciclo ainda é pouco conhecida.

Para discutir essa questão, o II Simpósio em Ecologia: Ciclo do Carbono em Ambientes Aquáticos Continentais vai reunir, de 8 a 10 de setembro, cerca de 400 alunos e pesquisadores no Auditório Roxinho, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, na Ilha do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O objetivo do simpósio é discutir a relação entre o ambiente aquático e o ciclo do carbono e avaliar o papel dos ecossistemas aquáticos tropicais na emissão de metano e CO2”, diz um dos organizadores do encontro, o biólogo Alex Enrich Prast. “O simpósio é o espaço ideal para discutir temas específicos, que não são abordados com a devida atenção nos congressos. A primeira edição, realizada no ano passado, teve como tema a ecologia da Antártica”, acrescenta o professor do Departamento de Ecologia do Instituto de Biologia da UFRJ.

O carbono entra constantemente na atmosfera sob a forma de dióxido de carbono, metano e outros gases. Ao mesmo tempo, é absorvido pelas plantas verdes e pelo fitoplâncton presente nos ambientes aquáticos, por meio do processo de fotossíntese. Esse é o ciclo do carbono, combinação dos processos biológicos, físicos e químicos que movem esse elemento. O equilíbrio do ciclo é fundamental para determinar o clima do planeta, visto que as mudanças climáticas - outro nome para o aquecimento global - acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa do que as florestas e os oceanos são capazes de reter.

Diversos estudos ressaltam a necessidade de uma melhor compreensão ecológica do ciclo do carbono nos ecossistemas aquáticos continentais e do efeito das alterações humanas sobre ele. “É preciso levar em conta o balanço global da emissão de carbono, juntando as participações da floresta e do ambiente aquático. Não sabemos qual a verdadeira contribuição dos ambientes aquáticos tropicais nesse balanço, nem do efeito das alterações causadas por atividades humanas nas emissões de carbono para a atmosfera. Daí a importância de realizarmos o simpósio, para entendermos melhor essas questões”, justifica.

De acordo com o pesquisador, o Brasil tem um papel estratégico para a construção desse conhecimento por reunir em seu território boa parte dos ecossistemas aquáticos continentais e florestais do planeta. “A quantidade de estudos nessa área tem aumentado no país, especialmente na região Sudeste, mas é insuficiente para conhecer, com precisão, o balanço entre a quantidade de carbono acumulada e emitida em ambientes aquáticos tropicais”, completa Prast.

Com uma programação extensa, incluindo mesas-redondas, palestras e pôsteres, o simpósio vai promover a análise dos seguintes temas: emissão, produção, consumo e acumulação de carbono em diferentes ecossistemas aquáticos continentais; a relevância destes ecossistemas no balanço global do carbono; as alterações humanas sobre o ciclo do carbono e as principais lacunas e perspectivas no estudo do ciclo do carbono em ecossistemas tropicais.

Entre as atividades previstas na programação, Prast destaca o debate sobre a relação entre as usinas hidrelétricas e o aquecimento global. “Uma das mesas que promete chamar a atenção do público é a Emissão de Gases Biogênicos por Reservatórios, que vai avaliar, na segunda-feira, 8 de setembro, de que forma as hidrelétricas contribuem para a emissão dos gases de efeito estufa. Outro ponto que merece destaque, no mesmo dia, é o lançamento do livro Limnologia pelo professor Jose Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia. Esta obra é um marco no estudo da ecologia de ambientes aquáticos”, diz o biólogo, ressaltando também a participação de seis professores estrangeiros nas palestras da terça-feira, dia 9

Fonte: Faperj

Satélite localiza 40 lagos não cadastrados no Amazonas

Maria Carolina Ramos

Este ano, a identificação e a localização geográfica de 40 lagos ainda não reconhecidos é um dos resultados do processo e análise das imagens Ikonos 2, realizada pelo Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Esse resultado evidencia a importância do Sistema de Informação Geográfica (SIG) para a gestão das reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM/MCT) e Amaná (RDSA), no Amazonas, por meio da atualização das bases cartográficas, que dão apoio às atividades desenvolvidas naquelas duas unidades de conservação.Os lagos identificados, ainda não cadastrados em nenhuma base de dados, foram localizados nos setores Jarauá, Tijuaca e Coraci, os dois primeiros localizados na Reserva Mamirauá e o último, na Reserva Amaná.

A partir dessa informação, é possível incrementar as ações de manejo naquelas áreas, colaborando, assim, com a sustentabilidade ecológica, sempre com a participação dos moradores.O objetivo do SIG é criar sistemas de informação geográfica sobre a pesca, o desmatamento e o uso do solo nas margens dos corpos d’água da RDSM e da RDSA, com o uso de imagens de alta definição.Dessa forma, o sistema é uma ferramenta útil para organizar informações e planejar ações. O SIG do IDSM atende a solicitações dos pesquisadores do Instituto, além de acompanhar os monitoramentos e pesquisas desenvolvidas nas Reservas, entre elas o mapeamento de áreas de uso florestal e monitoramento de fauna.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Instituto Mamirauá

Editais do CNPq investem R$ 22 milhões em biodiesel

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lançou quatro editais para apoiar pesquisas relacionadas à Cadeia Produtiva do Biodiesel. Serão repassados R$ 22 milhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), por meio do Fundo Setorial de Agronegócios (CT-Agro) e do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA).

Voltado para apoiar o cultivo de plantas, com ciclo curto de desenvolvimento, que resultem na produção de matéria-prima para o biodiesel, o edital nº 28/2008 investirá R$ 4,5 milhões em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. "Com recursos do FNDCT e do CT-Agro, temos o objetivo de fomentar projetos integrados de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que incentivem a produção de culturas alternativas às oleaginosas já comumente utilizadas para produção do biodiesel", disse Cláudia Queiroz Gorgati, gestora do edital. Veja aqui o edital

As propostas devem abordar estudos sobre o potencial produtivo de oleaginosas de ciclo curto, cultivadas preferencialmente com culturas de inverno ou safrinha, para a produção de matéria-prima graxa para produção do biodiesel, ou sobre pós-colheita de grãos das espécies oleaginosas de ciclo curto. Neste último caso, as pesquisas podem abranger o processamento e armazenamento de grãos, condicionamentos para extração, a extração, purificação e qualificação de óleos e aproveitamento dos co-produtos das fases de produção agrícola e de produção de óleos e gorduras.

Para concorrer ao edital 28/2008, os pesquisadores podem enviar projetos até o próximo dia 22, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na página do CNPq. As propostas devem ter valor máximo de R$ 500 mil, incluindo gastos de Capital, Custeio e Bolsas. Os resultados serão divulgados a partir de 22 de outubro.

Apoio à cadeia produtiva

O segundo edital, com recursos de R$ 5 milhões do FNDCT, apoia projetos, que contemplem o uso de co-produtos associados à cadeia produtiva de biodiesel. "O foco deste edital, além de estimular a pesquisa para utilização destes co-produtos, é o desenvolvimento tecnológico de novos produtos, que visem a maximizar sua utilização e minimizar os possíveis impactos ambientais e de saúde pública", explica Elisete Silva Aguiar, gestora do edital. Veja aqui o edital.

Os temas que serão contemplados nesta ação incluem o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação de produtos para uso na alimentação animal, remediação ambiental, produção de energia elétrica e aplicação na química e biotecnologia, além do desenvolvimento de novos materiais para atender exigências de mercado, e na avaliação de impactos ambientais e na saúde.

Os pesquisadores interessados em concorrer ao edital n° 30/2008 podem inscrever suas propostas até o próximo dia 22, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na página do CNPq. Os resultados serão divulgados a partir de 24 de outubro.

Rota etílica

Lançado na primeira semana de setembro, o edital nº 46/2008 é um investimento de R$ 8 milhões, do FNDCT, em atividades de pesquisa que desenvolvam processos de obtenção de biodiesel via Rota Etílica. "Esta chamada alinha-se com o Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB) e visa a selecionar propostas que tenham foco no desenvolvimento de sistemas reacionais aplicados à produção de biodiesel e utilização da rota etílica, focando no etanol como insumo", explica a gestora do edital Maria Marony Nascimento. Veja aqui o edital.

As propostas devem abordar os temas de desenvolvimento desses sistemas, seja pela rota de esterificação de ácidos graxos ou pela transesterificação de óleos e gorduras, e o desenvolvimento de protótipos de bancada para a produção de biodiesel em regime contínuo.

Para concorrer ao edital n° 46/2008, os pesquisadores podem enviar projetos até o dia 16 de outubro, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na página do CNPq. As propostas devem ter valor mínimo de R$ 400 mil e máximo de R$ 800 mil, incluindo gastos de Capital, Custeio e Bolsas. Os resultados serão divulgados a partir de 21 de novembro.

Descentralização regional

Na busca da descentralização regional, com a distribuição de recursos mais justa aos pesquisadores de todo o País, o CNPq destinará uma parcela mínima de 30% dos valores totais dos editais lançados para projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Incluindo também as respectivas áreas de abrangências das Agências de Desenvolvimento Regional.

Biodiesel feito de microalgas

O edital nº 26/2008 é uma parceria entre o MCT, o CNPq e o Ministério da Pesca e Aqüicultura, que investirá R$ 4,5 milhões para a produção de biodiesel a partir de microalgas. "Este edital será um apoio aos projetos de pesquisa que utilizem a aqüicultura e microalgas como matéria-prima para a produção de biodiesel, englobando todo o processo de produção e transformação destes produtos", explicou o coordenador do Programa de Pesquisa em Biotecnologia e Recursos Genéticos do CNPq, Sergio de Castro Lessa, gestor do edital. Veja aqui o edital.

Os projetos deverão ter o valor máximo de R$ 500 mil e abordarem temas como o desenvolvimento de técnicas de cultivo de microalgas que apresentem baixo custo e visem à maximização da produtividade em óleo como matéria-prima para a produção do biodiesel, ou estudos de potencial de cepas de microalgas, estabelecendo condições propícias de crescimento em cultivo autotrófico, usando meios de cultura simples e de baixo custo. Também serão apoiados projetos que avaliem a viabilidade econômica do processo global do cultivo até a obtenção de biodiesel, projetos que proponham processos mais econômicos e eficientes que os convencionalmente usados para coleta de microalgas e extração de óleo, e propostas de desenvolvimento de fotobioreatores contínuos para a produção de microalgas voltadas para a produção do biodiesel, ou desenvolvimento de tecnologias de baixo custo para o aproveitamento de biomassa residual de microalgas para extração de óleo, entre outros temas.

Os pesquisadores interessados em concorrer ao edital n° 26/2008 podem inscrever suas propostas até o diapróximo dia 25, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na página do CNPq. Os resultados serão divulgados a partir de 27 de outubro.

Fonte: Assessoria de Comunicação do CNPq

Das cidades para o planeta

Thiago Romero

A qualidade do ar nas megacidades não pode ser vista como uma questão exclusivamente local. Pelo contrário, ela se tornou um problema a ser resolvido globalmente, devido ao inter-relacionamento muito próximo entre os gases associados com a poluição urbana e os gases de efeito estufa de vida mais longa dispersos na atmosfera.

Essa foi a mensagem dada por Paulo Eduardo Artaxo Netto, chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), na sexta-feira (29/8), em São Paulo, durante palestra no 15º Congresso Brasileiro de Meteorologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Meteorologia. “A poluição urbana deixou de ser um problema local. Hoje, é absolutamente crítico o tratamento da questão da redução da mudança climática global e da poluição do ar de modo integrado”, disse. “As comunidades de cientistas que antigamente tinham pouca intersecção, sobretudo a de químicos, climatologistas e daqueles que estudam o funcionamento dos ecossistemas, passaram a trabalhar com uma abordagem bem mais integrada do que há 10 ou 15 anos”, afirmou.

Por outro lado, essas questões também devem ter respostas regionais e individualizadas. Segundo Artaxo, as soluções para o Brasil não serão as mesmas da China ou da Europa, até mesmo porque o processo de urbanização está sendo feito em ritmo distinto entre os países e também em velocidade muito maior do que a projetada há alguns anos. “A problemática dos poluentes urbanos e das emissões globais de gases estufa é diferente em cada região. Mas, para resolvê-la, as fontes de emissão devem ser controladas conjuntamente para que tenhamos um meio ambiente mais saudável, tanto local como globalmente”, afirmou Artaxo.

Segundo ele, que integra o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), essas importantes discussões são determinadas pelo rápido aumento populacional: a previsão é que a população urbana da Ásia, que já passa de 1,3 bilhão de habitantes, chegue a um contingente de pelo menos 2 bilhões em 2015. “Nova Deli, na Índia, praticamente dobrou de 1974 a 1999 do ponto de vista da população. Isso mostra que o crescimento dos grandes aglomerados urbanos também é um processo global que deve ser tratado como tal”, apontou.

Essencialmente urbana

O índice de urbanização na América Latina hoje é maior de 75%, com cerca de 350 cidades no continente com população acima dos 300 mil habitantes. “E a projeção é que esse índice chegue próximo de 90% em 2030, dado que está sendo essencial para a administração da qualidade dos recursos atmosféricos”, disse. Artaxo lembrou que o setor de transporte, uma das maiores fontes mundiais de óxido nítrico e monóxido de carbono nas grandes cidades, atualmente é responsável por 19% do total da emissão de gases do efeito estufa em todo o mundo, fração maior do que as emissões mundiais de gases devido às queimadas (17%).
Tanto por conta de seu efeito como poluente em áreas urbanas como pelo seu efeito climático no que diz respeito à questão radioativa, Artaxo destacou o preocupante aumento das concentrações globais de ozônio, um dos gases mais importantes do efeito estufa, ao lado do gás carbônico e do metano.

O ciclo do ozônio na atmosfera, controlado por outros gases, como monóxido de carbono e hidrocarbonetos, é caracterizado essencialmente pelas emissões provenientes de áreas urbanas. As concentrações globais de ozônio, verificadas por meio da combinação de diferentes modelos climáticos, vêm sofrendo fortes alterações no quadro geral de emissões de gases do efeito estufa.
“Qualquer série temporal de mais de dez anos aponta um aumento significativo de ozônio na atmosfera. As maiores concentrações estão ao norte da China, na Índia, no sul da Europa e na costa leste dos Estados Unidos, região com concentração elevada, em torno de 40 a 45 partes por bilhão do gás”, disse Artaxo.

“A América Latina é relativamente livre de ozônio, com apenas alguns episódios de emissão do gás produzida por queimadas”, complementou. Segundo ele, a concentração média de ozônio na atmosfera varia entre 55 e 58 partes por bilhão, sendo que antes da Revolução Industrial ela girava em torno de 30 a 35 partes por bilhão. “É um aumento sem precedentes na concentração de ozônio na atmosfera que, segundo as projeções futuras em diferentes cenários do IPCC, certamente terá fortes efeitos sobre a população humana, vegetação e produção agrícola”, alertou Artaxo.

Falta, no entanto, um maior entendimento científico, de acordo com o professor do IF-USP, sobre a distribuição do gás na atmosfera e o seu impacto radioativo. “A ciência mundial precisa, nos próximos anos, gerar respostas relevantes a essas questões para reduzir as incertezas, sobretudo no que se refere à questão radioativa do ozônio, cuja concentração cresce a uma taxa muito maior do que a dos demais gases do efeito estufa”, disse.

Fonte: Agência Fapesp

Cai desmatamento na Amazônia

Houve queda no desmatamento na Amazônia Legal em julho, de acordo com o sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados indicam que, na região, 323 km² sofreram corte raso ou degradação progressiva em julho, quando os satélites puderam observar 81% da região.

De acordo com o Inpe, trata-se do menor número desde março, quando o sistema detectou 145 km² – mas, na ocasião, a maior parte da Amazônia estava coberta por nuvens e os satélites observaram apenas 22% da região. O Deter apontou desmatamento de 1.124 km² em abril, 1.096 km² em maio e 870 km² em junho. Os números indicavam a tendência de queda. Dos 323 km² verificados em julho, 235,6 km² estão no Pará e 32,7 km² no Mato Grosso.

O Inpe produziu um relatório com a qualificação dos dados a partir de imagens dos satélites Landsat e Cbers, que apresentam melhor resolução espacial. O relatório de avaliação indica que 97,3% das áreas apontadas pelo Deter foram confirmadas como desmatamento efetivo. Foram avaliados 212 alertas de desmatamento, correspondentes a 75% da área total dos polígonos indicados pelo Deter em julho. Os alertas indicaram principalmente desmatamentos por corte raso (79,5%) e por degradação florestal de intensidade alta (14,4%).

Cerca de 4% dos alertas revelaram desmatamentos de intensidade moderada e leve e apenas 2,7% não apresentaram indícios de desmatamento nas imagens de referência. Esses resultados, segundo o Inpe, comprovam que o sistema Deter foi preciso na detecção de polígonos em todas as faixas de tamanho, sendo que nas áreas maiores que 2 km² (200 ha) o índice de confirmação foi de 100%. Em operação desde 2004, o Deter é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

Mais informações: www.cyted.org/Nueva.asp

Revisão necessária

Thiago Romero

A legislação brasileira que regulamenta os parâmetros de emissão de gases poluidores na atmosfera foi criada no início da década de 1990, mas 70% do conhecimento científico em poluição e saúde no país foi produzido após essa data.

A preocupante contradição foi apontada por Paulo Afonso de André, pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), nesta terça-feira (26/8), em São Paulo, durante o 15º Congresso Brasileiro de Meteorologia, evento promovido até o dia 29 pela Sociedade Brasileira de Meteorologia.“Ao pesquisarmos em publicações científicas, focando no tema da poluição e saúde, concluímos, pelo número de artigos encontrados, que a legislação ambiental atual, que precisa de atualização, foi produzida com o conhecimento gerado até o fim da década de 1980, que representa menos de um terço do que se sabe hoje sobre o assunto”, disse André à Agência FAPESP, logo após proferir a palestra “Meteorologia urbana e saúde”.

A legislação ambiental em vigor no país, segundo ele, determina os parâmetros de qualidade do ar que devem ser monitorados, entre os quais a exposição ao material particulado (PM, na sigla em inglês), uma mistura de partículas líquidas e sólidas em suspensão no ar classificadas de acordo com o seu diâmetro. A norma ambiental determina como máxima a exposição a partículas inaláveis PM 10, que têm diâmetro inferior a 10 mícrons. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por outro lado, recomenda o monitoramento da qualidade do ar nas grandes cidades por meio de partículas em concentrações PM 2,5, entre outros parâmetros. “Esse valor ainda não é considerado pela legislação brasileira, apesar de, para a comunidade científica, ser uma realidade há mais de dez anos”, apontou.

André, que é coordenador do Núcleo de Equipamentos e Projetos do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da FMUSP, explicou que a maioria dos estudos de monitoramento ambiental no país já segue a concentração PM 2,5, pois se sabe que essa é a fração de poluição do ar capaz de penetrar no aparelho respiratório, podendo atingir os brônquios e os alvéolos pulmonares e causar doenças como asma, bronquite e enfisema pulmonar. “Por outro lado, sabemos que boa parte das partículas inaláveis de PM 10 é retida pelos sistemas de defesa do organismo humano. Hoje, o PM 2,5 é mandatório nas pesquisas em saúde e, dependendo da revista científica, não é nem permitida a publicação de resultados de estudos com PM 10”, afirmou.

O pesquisador lembrou que, enquanto os cálculos científicos de risco da poluição do ar para a saúde humana são feitos com base em PM 2,5, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo, tem como base os instrumentos legais e segue o PM 10 como parâmetro de monitoramento da qualidade do ar das cidades. “A Cetesb tem feito monitoramentos exploratórios em nível de aprendizado com base no PM 2,5, uma vez que todos sabem que aí mora um grave problema ambiental e que, esperamos em breve, a legislação brasileira deve mudar. Mas, por enquanto, a obrigação é monitorar seguindo o padrão legal de PM 10”, disse.

Segundo André, calcula-se que o PM 2,5 represente cerca de 50% das partículas inaláveis de PM 10. “A legislação ambiental precisa ser atualizada para que o monitoramento do ar seja realizado apenas com base nessa concentração prejudicial de interesse. Hoje, os resultados são mascarados em parte porque os órgãos competentes devem medir o elefante inteiro, enquanto apenas seu rabo causa o efeito prejudicial”, comparou. Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP desenvolvem uma série de estudos sobre o assunto a partir do monitoramento das principais regiões metropolitanas do país. “São áreas que, invariavelmente, têm um perfil de poluição urbana devido à participação significativa da frota de veículos automotivos”, apontou.
Estima-se que a exposição à matéria particulada, mesmo em níveis considerados seguros pela legislação ambiental, esteja associada a aproximadamente 800 mil mortes anuais causadas por doenças cardiorrespiratórias em todo o mundo, principalmente em crianças e idosos, das quais 35 mil ocorrem na América Latina.

Supermáquina coletiva

No Congresso Brasileiro de Meteorologia, Maria Assunção Dias, pesquisadora do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentou a palestra “Previsão de tempo, de clima e suas aplicações ao meio ambiente”.
Ela respondeu a uma questão feita por Maria Gertrudes da Silva, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET), sobre o desafio que envolve a utilização coletiva do supercomputador para simulações avançadas das mudanças climáticas globais – o sistema, que será adquirido por meio de uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a FAPESP, será instalado no CPTEC. “O CPTEC está ciente do grande desafio da utilização do supercomputador por meio de uma rede aberta de pesquisadores?”, questionou a presidente da SBMET, anfitriã do evento. “O Ministério da Ciência e Tecnologia propôs o desafio da rede aberta, mas nós, meteorologistas, precisaremos nos preocupar com a operacionalização das máquinas. Ficaremos mais tranqüilos se o CPTEC estiver preparado para essa abertura, garantindo a operação”, observou Maria Gertrudes.

Maria Assunção, que também é docente do Instituto Astronômico e Geofísico (IAG) da USP, lembrou que esse tipo de supercomputador é extremamente visado por hackers e que o CPTEC está se preparando por meio de um amplo sistema de segurança para impedir invasões. O sistema computacional deverá ser utilizado para estudos sobre projeções dos extremos climáticos para a América do Sul, por meio de edital a ser divulgado pela FAPESP. “Existem diferentes maneiras de prevenir invasões, como dividir a máquina em duas partes, uma operacional e outra de pesquisa. Uma de nossas maiores preocupações nesse momento é criar uma plataforma que dê acesso seguro aos usuários e que consiga contemplar todas as suas necessidades de investigação”, disse ela. “Hoje o grande desafio do CPTEC é disponibilizar sua capacidade de laboratórios multiusuários para permitir o processamento aberto do supercomputador às instituições de ensino e pesquisa brasileiras. Trata-se de uma mudança de paradigma, uma vez que o centro esteve fechado a usuários externos, evitando que hackers derrubem as operações”, afirmou Maria Assunção.

O supercomputador, que terá capacidade de processamento sustentado de 50 a 60 vezes maior do que a que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) possui atualmente, será instalado em Cachoeira Paulista junto ao Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Para sua aquisição serão destinados R$ 35 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 13 milhões pela FAPESP.

Fonte: Agência Fapesp

R$ 8 milhões para fertilizantes alternativos

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou edital para a seleção de projetos de pesquisa sobre o uso eficiente e fontes alternativas de nutrientes para a agricultura brasileira. Estão disponíveis R$ 8 milhões, sendo que 30% dos recursos serão destinados a projetos coordenados por pesquisadores de instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As propostas devem ser encaminhadas até 29 de setembro.

Segundo o CNPq, as propostas apoiadas pelo edital devem se enquadrar no estudo de fontes alternativas de fertilizantes, tais como adubação verde, coquetéis vegetais, biofertilizantes, uso de rochas nacionais, fixação biológica e química de nitrogênio.As propostas devem contemplar ainda pesquisas sobre o uso eficiente de fontes fertilizantes visando à sustentabilidade de unidades produtivas da agricultura familiar, considerando indicadores de produção relacionados ao nutriente utilizado e a disponibilidade local, regional e nacional da fonte adotada.

Poderão participar pesquisadores e professores de instituições de ensino superior, centros e institutos de pesquisa, públicos e privadas, sem fins lucrativos. O coordenador do projeto deve possuir o título de doutor e ter produção científica ou tecnológica relevante, nos últimos cinco anos, na área específica da pesquisa.

Fonte: Agência Fapesp

Nova planta na mata atlântica Espécie descoberta no Rio de Janeiro integra novo gênero de uma família muito primitiva


A nova espécie de arbusto da mata atlântica tem de 2 a 4 metros de altura e vive em ambientes úmidos e com bastante sombra (fotos: Alexandre Gabriel Christo).

Uma nova espécie de arbusto foi descoberta em uma região de mata atlântica no Rio de Janeiro. Encontrada na Reserva Biológica de Poço das Antas, em Silva Jardim, ela inaugura um novo gênero de uma das primeiras famílias de angiospermas (plantas com flores e cujas sementes estão protegidas por frutos). A descoberta reforça a importância da conservação de áreas de mata atlântica, um dos biomas mais devastados do Brasil.

Batizada de Grazielanthus arkeocarpus, a planta foi descoberta por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Jardim Botânico do Rio. O nome é uma homenagem à bióloga brasileira Graziela Barroso, um dos grandes expoentes da botânica mundial e falecida em 2003. A bióloga Ariane Luna Peixoto, do Jardim Botânico, conta que a planta a princípio não chamou sua atenção. “A planta foi coletada com frutos e trazida para o Jardim Botânico para ser identificada”, explica Peixoto, co-autora do artigo que descreveu a nova espécie, publicado na última edição da revista Kew Bulletin. “A princípio, pensamos tratar-se de um exemplar com algum problema no desenvolvimento dos frutos, mas, com a obtenção de mais dois exemplares, pudemos perceber que era uma espécie ainda não descrita.” De acordo com Peixoto, a planta tem características não encontradas em nenhum outro membro da família das Monimiaceae.


Seus pequenos frutos, por exemplo, são protegidos por um receptáculo, que se rompe quando eles já estão maduros. Esse traço peculiar foi um dos responsáveis pela inserção da G. arkeocarpus em um novo gênero. A nova espécie tem entre 2 e 4 metros de altura, apresenta folhas de margem dentada e flores pequenas, esverdeadas e com sexos separados. As plantas masculinas têm inflorescências com três flores e as femininas, com apenas uma flor. O receptáculo frutífero é amarelo por fora e alaranjado por dentro. O contraste de cores entre os frutos – que são negros ou purpúreos – e o receptáculo é muito atrativo aos animais.


Família antiga


Segundo Peixoto, a família em que o novo gênero foi classificado é muito antiga, já estava presente em Gondwana (supercontinente do período Triássico) e hoje é uma família chave para o entendimento das primeiras linhagens de angiospermas. Seus gêneros ocorrem na América tropical, em Madagascar, na Oceania – com poucas espécies no oeste da Austrália e Nova Zelândia – e no sul da África, onde apenas uma espécie é encontrada. A nova planta vive apenas em matas com solos inundados em períodos de cheias, em ambientes úmidos e com bastante sombra. “Temos procurado áreas parecidas nas margens dos rios da região em que a espécie foi encontrada na tentativa de descobrir outras populações da planta”, diz Peixoto.


Até agora a equipe analisou apenas as características morfológicas da planta. Ainda precisam ser feitos outros estudos, como o de sua composição química, sua biologia reprodutiva e sua anatomia. “Mas, antes de fazer uma coleta mais extensiva para permitir esses testes, precisamos saber se esta é uma espécie rara”, pondera.


Fonte: Ciência Hoje


CTNBio aprova liberação comercial de algodão transgênico

Fabio Lino

Por 18 votos a favor, três contra e duas abstenções, os membros da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovaram a liberação comercial de algodão tolerante ao glifosinato de amônia, pedido pela Bayer CropScience Ltda.

Com aval da comissão, o próximo passo é a liberação do produto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Os trabalhos estão sendo produtivos. Estamos trabalhando desde fevereiro em pareceres e outras atividades, e só agora conseguimos votar. Não podemos apressar essas decisões", afirma o presidente da CTNBio, Walter Colli.
Também foram aprovados 30 pedidos de liberação planejada no meio ambiente (pesquisa). Os integrantes da comissão aprovaram ainda diversas medidas como alteração em Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) e em Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).

Fonte: Assessoria de Comunicação do MCT