segunda-feira, 31 de julho de 2006

Programa do Biodiesel se consolida em Alagoas

Maceió, 31/07/06

A coordenação e o comitê gestor do Programa do Biodiesel de Alagoas se reuniram este mês para avaliar o andamento das ações do programa, desenvolvido pelo governo do Estado. De acordo com o comitê gestor, inicia-se um período de consolidação, após a oficialização do programa por meio do decreto Nº 3.261, de 28 de junho de 2006, e do anúncio do acordo de cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

No início deste mês o programa comemorou outro avanço. A Sementeira Renascer, criada para atender aos agricultores com sementes de qualidade, recebeu certificação oficial. Outros projetos incluem a montagem de uma unidade-piloto de produção de biodiesel, em parceria com a Ufal, e a instalação de um centro de referência e um laboratório para análise do solo, junto com a Funesa. Atualmente, a plantação da mamona é realizada nas 45 unidades demonstrativas instaladas em Água Branca, Canapi, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Maribondo, Ibateguara e Mar Vermelho. Os sete municípios foram selecionados no primeiro zoneamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A produção da matéria-prima encerra em outubro e os contratos de compra já estão sendo elaborados. A fábrica Óleos Vegetais de Alagoas (Oleal) se comprometeu a adquirir a primeira colheita da matéria-prima.

Na ocasião ainda foram tratadas questões referentes à realização do próximo seminário do Programa de Biodiesel, previsto para o final de agosto, e à participação do comitê gestor no 2º Congresso Brasileiro de Mamona, em Aracaju, onde será apresentado um novo zoneamento agrícola de Alagoas feito pela Embrapa. No total são 33 municípios alagoanos identificados como aptos para o plantio da mamona. O programa deverá beneficiar duas mil famílias de áreas rurais, investindo na inclusão social e no desenvolvimento regional via geração de postos de trabalho e complementação da renda familiar. A coordenação, composta pela Secretaria Executiva de Planejamento e Orçamento e pelo Sebrae, e o comitê gestor, formado com representantes de 14 instituições parceiras, voltam a se reunir no próximo dia 26.

Fonte: Alagoas 24 horas

Comlurb remove 5 toneladas de resíduos deixados pela ressaca no calçadão do Leblon

Rio, 31/07/06

A Comlurb está removendo a areia proveniente da ressaca do mar da ciclovia da praia do Leblon. Nesta segunda-feira das 7h às 15h20, onze garis removeram 2.4 toneladas de lixo de maré e utilizaram um trator e um caminhão compactador, no trecho entre o Posto 11 e a Avenida Afrânio de Melo Franco No domingo, nove garis removeram três toneladas de lixo trazido pela maré para a praia do Leblon. A partir das 16 horas, 18 garis devolveram à praia uma tonelada de areia limpa que atingiu o mesmo trecho da ciclovia da praia do Leblon. Também foram removidas 3,6 toneladas de lixo de maré na areia.

Fonte: Jornal O Dia

Temperatura amena reduz focos de queimada

Juiz de Fora, 30/07/06

O Corpo de Bombeiros teve, ontem, um alívio com relação aos chamados para combate a queimadas. Até o final da tarde, a corporação havia recebido três solicitações contra 14 do dia anterior.Uma delas foi para combater incêndio nas proximidades da linha férrea no Mariano Procópio, próximo à Praça Agassis. O fogo começou por volta das 12h30m e quase atingiu as casas ao redor. Os bombeiros levaram cerca de uma hora e meia para combater as chamas.

Neste ano, o Corpo de Bombeiros já registrou 320 ocorrências de queimadas, sendo 185 apenas em julho.
Na tarde de sexta-feira, no trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, foram constatados 50 focos de incêndio. A tendência é de que os números diminuam, em função da queda de temperatura e da ocorrência de chuvas para Juiz de Fora e região, a partir de hoje, de acordo com previsão do 5º Distrito de Meteorologia.

Fonte: Jornal Panorama

Homem é detido por manter sete pássaros em cativeiro

Juiz de Fora, 28/07/06

Um homem de 50 anos foi detido, ontem, em Barreira do Triunfo, por manter sete pássaros em cativeiro. Segundo informações da 27ª Companhia de Meio Ambiente e Trânsito, o autor foi abordado em casa, durante patrulhamento. Com ele, a polícia localizou trinca-ferro, dois coleiros, três canários da terra e tico-tico. As aves foram levadas para o Ibama. Após ser ouvido na 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil, ele foi liberado, mas terá que pagar multa, a ser determinada pela Justiça.

Fonte: Tribuna de Minas

Recorde de focos em mata no ano

Juiz de Fora, 27/07/06

O longo período de estiagem está sobrecarregando o trabalho do Corpo de Bombeiros. Ontem, dia recordista de chamados, foram registrados mais de 20 casos de incêndios em pastos, encostas e vegetação, o dobro do índice notificado nos dias 20 e 21, e cinco vezes a média das quatro ocorrências registradas, por dia, pelo Centro de Operações dos Bombeiros (Cobom). Só nos primeiros 20 dias de julho foram registrados 84 chamados, superando o total do mesmo período em 2005, quando houve 64 ocorrências. Até o fechamento desta edição, os bombeiros ainda recebiam novas solicitações, e três telefonistas foram deslocados para atender as ligações.

O caso mais problemático foi registrado no início da tarde, na Estrada Athos Branco da Rosa, na região do Poço D`Anta. Segundo o sargento Reginaldo Caldeira, o fogo, que chegou a ameaçar a reserva biológica, atingiu uma área de 40 mil metros quadrados, o equivalente a cerca de cinco campos de futebol. Os bombeiros foram acionados por um morador da área José Leonel, 74 anos, que percebeu que as chamas se aproximavam de sua casa e da reserva ambiental. As chamas se alastraram rapidamente pelo pasto. Os cavalos tiveram que ser retirados por funcionários do imóvel. Como o local era de difícil acesso para o caminhão tanque, os bombeiros usaram apenas abafadores. Outros focos foram registrados, também, no Morro do Cristo. Segundo o Cobom, os bombeiros agiram, prioritariamente, na área para evitar que o fogo atingisse uma área maior e chegasse próximo a residências. Para o Campo de Instruções do Exército, na Estrada da Remonta, os bombeiros foram deslocados por duas vezes. O fogo se alastrou pela vegetação, porém, como há ordem do comando para que os homens não entrem na mata durante a noite, os focos serão debelados na manhã de hoje. De acordo com os bombeiros, a mata é fechada e não há imóveis próximos sendo ameaçados.

Fonte: Tribuna de Minas

Parecer contraditório prejudica decisão

Juiz de Fora, 26/07/06

A polêmica sobre a implantação de condomínio na Mata do Krambeck deve continuar, pelo menos, nos próximos 40 dias. A decisão sobre o licenciamento ambiental, que deveria ter saído na última reunião do Comdema, foi adiada, porque os conselheiros viram contradição no parecer da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e preferiram não votar. Segundo o documento, enquanto o Instituto Estadual de Florestas (IEF) se mostrou favorável à instalação do empreendimento, a Feam emitiu opinião contrária.

A questão é avaliada agora por duas comissões do Comdema, a de Infraestrutura e a de Biodiversidade. O novo encontro só volta para a pauta de votação pós o parecer técnico. A Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) vê a construção do condomínio como ameaça à Mata, já que será instalado em região coberta por Mata Atlântica. O trecho escolhido para a obra foi retirado da Área de Preservação Ambiental (APA), por lei, mas sem consentimento da sociedade civil. De acordo com a assessoria da empresa responsável pelo empreendimento, o clima é de tranqüilidade, já que o projeto está rigorosamente dentro das leis ambientais. Apontam como positivo, o posicionamento favorável de alguns órgãos competentes e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público.Concluem dizendo que a área prevista para a construção não faz parte da mata.

Fonte: Jornal Panorama

Novo terreno será conhecido em 2 meses

Juiz de Fora, 25/07/06

A área onde será construído o novo aterro sanitário deve ser conhecida até 30 de setembro. O processo de terceirização da gestão do aterro sanitário teve mais um passo importante ontem, com a disponibilização do edital de licitação, pelo Demlurb, aos interessados. A empresa vencedora terá que, além de responsabilizar-se pelo novo local, cuidar do processo de desativação do depósito do Salvaterra.

O edital contém mais de cem páginas, incluindo cronograma e detalhes do processo. A terceirização deve durar, no mínimo, 25 anos. Interessados devem apresentar projeto para implantação e operação do sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos, incluindo a indicação da área para onde pretende transferir o aterro. A responsabilidade pela compra desta área, caso seja adequada ambientalmente, ficará a cargo da empresa vencedora. No próximo dia 21, às 9h, está agendada uma visita técnica ao aterro, quando representantes do Demlurb apresentarão o local aos engenheiros indicados pelos concorrentes. O cronograma prevê para 6 de setembro, às 10h, a abertura dos envelopes com as propostas dos interessados. A partir desta data, a comissão responsável pela licitação deverá estipular, conforme o número de propostas apresentadas, um novo prazo para a avaliação de todas e a apresentação da vencedora. A comissão, porém, terá que respeitar mais um período para que as empresas descartadas possam recorrer, caso julguem conveniente. O objetivo é de que, até 30 de setembro, o resultado seja conhecido.Mesmo assim, após esta data, haverá ainda mais um prazo para que a empresa vencedora viabilize o local indicado, ou seja, apresente à Prefeitura a escritura do terreno. Enquanto o novo aterro sanitário não estiver licenciado para o funcionamento, conforme as normas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a empresa escolhida também deverá ficar responsável pelo gerenciamento do aterro atual, no Salvaterra. Depois, precisará desenvolver plano de encerramento das atividades na área.

Fonte: Tribuna de Minas

Campanha pelo uso de papel reciclado será apresentada hoje

Maceió, 24/07/06

A Campanha “Pelo uso do papel reciclável” será apresentada ao prefeito Cícero Almeida, na manhã de hoje, em seu gabinete, e contará com a presença do secretário de Proteção ao Meio Ambiente, Ricardo Luiz Rocha Ramalho. A idéia da campanha é ajudar na preservação da natureza e incrementar a geração de trabalho e renda. De acordo com a lei municipal nº 5.498, de janeiro de 2006, tornou-se obrigatório nos órgãos do município o uso de papel reciclado. Com isso, todos os órgãos municipais passarão a utilizar este tipo de papel nos expedientes e impressos.

A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e a Companhia Municipal de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio (Comarhp) já implantaram o uso do papel reciclado no dia-a-dia, enquanto que a Fundação Municipal de Ação Cultural e a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) estão em fase de implantação. Ramalho explicou que para cada tonelada de papel reciclado fabricado são utilizados dois mil litros de água, enquanto que para fabricar essa mesma quantidade de papel branco são utilizados aproximadamente 100 mil litros de água. O uso do papel reciclado gera muitos benefícios para o meio-ambiente. A cada 50 quilos de papel novo, evita-se a queda de uma árvore".

Fonte: Alagoas 24 horas

Condição de aterro preocupa especialistas

Juiz de Fora, 24/07/06

Diariamente, 450 toneladas de lixo são encaminhadas ao aterro sanitário de Juiz de Fora

Joana Gonçalves

No momento em que entidades ambientais, órgãos públicos e empresariado aquecem as discussões sobre posturas e políticas que vão ao encontro aosmecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), assim chamadas por serem ações que têm pilares no desenvolvimento sustentável e na redução de emissão de gases poluentes, aspectos do aterro sanitário de Juiz de Fora ainda preocupam especialistas.

Os olhos estão voltados, sobretudo, para o tratamento dado a chorume e gás liberado pela decomposição da matéria orgânica. Atualmente, 450 toneladas de lixo são encaminhadas ao aterro da cidade, todos os dias. O montante anual é superior a 164 mil toneladas. Como conseqüência da decomposição, estima-se que pelo menos 57 bilhões de metros cúbicos de gás metano sejam liberados. O agravante é que o atual aterro não recolhe esse gás. Isso significa prejuízo para o meio ambiente, além de perdas financeiras. No Brasil, desde o ano passado, empresas negociam no mercado externo projetos que diminuem a redução desses gases e, assim, atraem investimentos.
Falhas - De acordo com o presidente da Associação pelo Meio Ambiente (AMA-JF), Teodoro Guerra, a parte nova do aterro é impermeabilizada, com dutos para captação do chorume. A cobertura mais freqüente diminui o risco de contaminação de lençóis. Porém, as dimensões do tanque de coleta são inadequadas para o tamando do lixão de Juiz de Fora. — É preciso atenção constante, pois o tanque pode transbordar. Além disso, tem o problema do tratamento do chorume, que não precisa de cuidado e sim de solução. Hoje, o líquido coletado é levado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barbosa Lage, que ainda não funciona da forma como devia. Isto é muito sério, é uma grande quantidade de material extremamente contaminado — alerta, afirmando ainda que a reutilização do gás produzido e até mesmo sua comercialização devem ser vistos como questão de urgência.

Fonte: Jornal Panorama

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Petrobras faz simulação de vazamente de óleo na Baía da Guanabara

Rio, 19/07/06

A Transpetro (subsidiária da Petrobras) realizou nesta quarta-feira uma simulação de acidade envolvendo vazamento de petróleo no terminal Ilha d’Água, na Baía de Guanabara. O gerente de Segurança Meio Ambiente e Saúde da empresa, Oscar Ney Vianna, diz que os resultados foram satisfatórios. Segundo ele, os riscos de um acidente nos dutos causar danos graves ao meio ambiente, atualmente, são reduzidos.

A operação, que começou por volta das 9h e durou aproximadamente quatro horas, contou com a mobilização de profissionais do Corpo de Bombeiros, da Marinha, da Coordenadoria de Trânsito da cidade, entre outros. Para simular um incêndio em um tanque de armazenamento de derivados de petróleo, foi utilizada uma máquina de produzir fumaça. Foram avaliados os dispositivos de segurança, a capacidade de resfriamento do tanque e a capacidade das equipes em conter a poluição. Durante a operação, a fumaça pôde ser vista de diversos pontos da cidade, até mesmo pelos motoristas que trafegavam pela ponte Rio-Niterói, sobre a Baía de Guanabara.
De acordo com o gerente da Transpetro lançadas na baía flocos de pipoca, sem sal e sem gordura, para simular o vazamento de óleo. “Nenhuma atividade oferece risco zero, mas nós estamos preparados para contornar as conseqüências de um acidente e evitar um acidente ambiental”, afirma Vianna.

O exercício também simulou a evacuação das instalações do terminal. Durante o treinamento, foram testadas a capacidade de locomoção das equipes das bases de Campos Elíseos e Angra dos Reis, também no município do Rio de Janeiro, e ainda de São Paulo, no caso de solicitação de reforço. No último acidente que envolveu um duto da Petrobrás, em 2000, houve vazamento de mais de 1 milhão de litros de petróleo na Baía de Guanabara.

Fonte: O Dia online

IMA promove educação ambiental em Maragogi

Maceió, 19/07/06
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) está realizando ações de educação ambiental no município de Maragogi desde o dia 17 e seguirá até o dia 22 deste mês. Uma tenda ambiental está montada na Praia de Maragogi, perto do terminal turístico. O objetivo é levar noções sobre a preservação do meio ambiente para a comunidade e aos turistas.

“O trabalho também envolve as escolas da região, com visita de alunos”, destacou João Lessa, gerente Costeiro e Marinho (Gercom) do IMA, destacando, ainda, que no sábado, 22, haverá a entrega de prêmios para os melhores trabalhos produzidos pelos alunos da comunidade. Dentro do programa também está se recebendo denúncias feitas pela comunidade. “Algumas gerências do órgão estão envolvidas no programa e recebendo denúncias. Esperamos desenvolver ainda mais a conscientização ecológica nessas comunidades”, diz Lessa.

Fonte: Alagoas 24 horas

Adiada votação sobre condomínio no Krambeck

Juiz de Fora, 19/07/06

A decisão sobre a possibilidade de implantação do Condomínio Parque Brasil, na Mata do Krambeck, foi mais uma vez adiada. Em reunião, realizada ontem, membros da Câmara de Infra-estrutura e Saneamento do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) decidiram protelar a votação sobre a concessão de licença prévia para o empreendimento.

A maioria dos conselheiros alegou que não houve tempo suficiente para a avaliação do processo, que só teria sido disponibilizado na última sexta-feira. O grupo questionou, ainda, a existência de opiniões contraditórias, emitidas por órgãos ligados ao Governo mineiro. Nova assembléia deve ser realizada em até 45 dias. Durante o encontro, ficou definido que o documento será encaminhado para avaliação da Câmara de Biodiversidade do Comdema. A situação também será levada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que deverá definir qual parecer deve ser levado em conta: o do Instituto Estadual de Florestas (IEF), favorável à criação do condomínio, ou o da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), contrário à construção.

Na próxima semana, os conselheiros farão uma visita ao Sítio Malícia, para conhecer a área da Mata do Krambeck onde o empreendimento pode ser instalado. Na mesma data, o grupo pretende fazer uma reunião de esclarecimentos com técnicos da Agência de Gestão de Meio Ambiente (Agenda JF), que entregou relatório, opinando pela concessão da licença ao condomínio. O presidente da Associação pelo Meio Ambiente (AMA-JF), Theodoro Guerra, comemorou o adiamento da votação. “Não acreditava que o pedido de tirar o assunto da pauta fosse aceito. Queremos todos os embasamentos jurídicos, porque o problema não é o projeto em si, mas o local onde querem instalá-lo. O Plano Diretor da cidade não permite construções naquela área, que é de preservação.”

A assessoria de comunicação do Condomínio Parque Brasil informou que o processo de licenciamento continua e que aguarda o andamento do processo, que precisa apenas de aprovação da Agenda JF. A assessoria ressalta, no entanto, que os responsáveis pelo empreendimento estão confiantes, porque a criação do condomínio segue todas as normas, já obteve diversas análises favoráveis, como a do Ministério Público, por exemplo.

Fonte: Tribuna de Minas

terça-feira, 18 de julho de 2006

Prefeitura acaba com cooperativa de reciclagem de lixo na Zona Sul

Rio, 18/07/06

Celso Brito

A Subprefeitura da Zona Sul despejou, na madrugada desta terça-feira, a Cooperativa de Seleção e Comercialização de Materiais Recicláveis da Zona Sul, que funcionava desde 1996 sob o Viaduto do Túnel André Rebouças, no Jardim Botânico. Utilizando caminhões guinchos, empilhadeiras e outras máquinas, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, funcionários da Prefeitura chegaram ao local por volta da meia-noite.

O núcleo da cooperativa, que reúne 52 catadores e recolhe de sete a 10 toneladas por dia, foi notificado no dia 8 de junho de que deveria deixar o local, por estocagem de material de grande potencial inflamável (papel, papelão, madeira e outros), em documento assinado pelo subprefeito Mário Felippo Júnior. De acordo com a Prefeitura, um incêndio no local poderia afetar a estrutura do viaduto. O diretor financeiro da cooperativa, Neivaldo Queiroz, 51 anos, foi avisado por vizinhos sobre a chegada do aparato da Prefeitura e ficou revoltado porque não apresentaram nenhum mandado da Justiça.

A Prefeitura garante que eles tiveram 15 dias de prazo para deixar o local. Segundo ele, embora a cooperativa tenha sido informada, o prazo dado foi curto e o sustento de 52 famílias não deveria terminar de forma tão cruel. "Daqui há pouco, uma turma de funcionários vai chegar para trabalhar, mas vai ter que voltar para casa com a incerteza de que seus empregos estarão garatidos", disse. Para os administradores da cooperativa, a decisão de retirá-los dali deveria ser discutida amplamente para não prejudicar os trabalhadores e suas famílias, já que não há qualquer perspectiva de outro local para o funcionamento do núcleo, até agora. "Eles vão prejudicar centenas de pessoas, sem nos dar uma alternativa, por causa de uma possibilidade", disse Neivaldo.

As quatro máquinas compactoras, 11 carrinhos e outros materiais recolhidos e colocados em caminhões, foram levados para o depósito da Prefeitura, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio.

Ibama vai multar Prefeitura de Magé em R$ 50 mil por lixão

Rio, 18/07/06

O Ibama vai multar a Prefeitura de Magé em R$ 50 mil. O motivo é a falta de licença concedida pela Feema para que o Município opere no Lixão de Bongaba. O auto de infração foi emitido após vistoria feita ontem por técnicos e será enviado hoje por carta. Segundo a assessoria do Ibama, os técnicos estão concluindo laudo que vai avaliar se a fumaça do lixão, somada à neblina, foi responsável pelos acidentes na Rodovia Rio-Teresópolis que feriram 16 pessoas na sexta-feira e matou um homem no dia seguinte.

Cachoeiras sofrem com o abandono

Niterói, 18/07/06

Emanuel Alencar

Como se não bastassem a poluição e o desmatamento, as cachoeiras e quedas d’água em Niterói sofrem com a negligência e a falta de fiscalização das autoridades. Órgãos não assumem a responsabilidade pelos cursos de água, não desenvolvendo estudos sobre suas condições de balneabilidade, mapeamento por GPS ou verificação das margens. Não há nem levantamento de quantas cachoeiras existem no município.
De acordo com o subsecretário de Recursos Hídricos de Niterói, Leonardo Giordano, não é atribuição do município monitorar as cascatas da cidade."Não é competência nossa, e sim da Feema, que deveria fazer coleta de balneabilidade das cachoeiras assim como faz a das praias", critica.Através de sua assessoria, a Feema informou que a responsabilidade pelo monitoramento das cachoeiras passou para o município recentemente. No entanto, o órgão não enviou qualquer documento explicitando a alteração.

Poluição – Com a ajuda do ambientalista Cássio Garcez, da ONG Ecoando, O FLUMINENSE contabilizou pelo menos quatro quedas d’água em Niterói: na Estrada da Cachoeira (Avenida Rui Barbosa), no Cafubá, no Cantagalo (atrás do cemitério Parque da Colina) e na Reserva Darcy Ribeiro (Jacaré). De acordo com Garcez, nenhuma destas cascatas tem condições ideais de balneabilidade – as únicas que ainda recebem banhistas são as do Cafubá e do Cantagalo. Ele critica a falta de cuidado com as riquezas naturais da cidade."Antigamente era possível tomar banho nestas cachoeiras, hoje é impossível. Muitas viraram esgoto puro", lamenta, citando o exemplo da cachoeira da Avenida Rui Barbosa, que liga São Francisco ao Largo da Batalha.
Na busca de soluções a longo prazo, o professor de Recursos Hídricos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antônio da Hora, sugere que a Feema delegue ao município a responsabilidade de monitorar os cursos d’água:"Esta proposta chegou a ser discutida, mas não foi levada adiante".
Turismo- Já o presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur, José Mauro Haddad, diz que a Prefeitura tem o interesse em incentivar o turismo ecológico e, conseqüentemente, a preservação das cachoeiras."Os passeios às corredeiras estão incluídos no projeto de lei recém-aprovado que regulamenta as caminhadas turísticas de aventura na cidade. Acredito que com maior visibilidade, nossas belezas naturais passarão a ser mais fiscalizadas".

Fonte: O Fluminense

Falta matéria-prima para artesanato

Maceió 18/07/2006

Artesão tece fibras de bananeira que dão origem a peças variadas; produtos garantem renda

Severino Carvalho

As artesãs que trabalham com fibra de bananeira no município de Maragogi começam a enfrentar dificuldades para garantir a matéria-prima para a produção. No início, os produtores doavam os caules. “Faziam questão de nos avisar que em tal dia poderíamos recolher”, recordou a artesã Laudicéia Maria da Silva. Segundo ela, atualmente muitos estão vendendo o produto por um preço considerado alto. “Eles cobram R$ 5 por caule, um absurdo. Do caule, só aproveitamos 60% para o artesanato, o restante vira adubo orgânico”. Por isso, a associação está incentivando as artesãs a convencer seus maridos a aumentar a produção de banana nos lotes e pensa em destinar uma área exclusiva para o plantio.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Destruição atinge metade de santuário

Maceió, 17/07/06

Placas delimitam área de mangue em reserva ecológica onde não poderia haver construções

Niviane Rodrigues


Após 21 anos de criação, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Rita deve ganhar, finalmente, seu Plano de Manejo. O documento, que disciplina o uso do solo e dos recursos ambientais sustentáveis, pode ir à votação no Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram) em agosto, de onde saiu após a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) recomendar diversas modificações, entre as quais o disciplinamento da parte aquática, com projeto de gerenciamento costeiro e de controle de embarcações, delimitando áreas de pesca e praia para o turismo. Antes de ser votado, o plano passará ainda pela análise de uma comissão do próprio Cepram para constatar se as mudanças foram, de fato, implementadas pela empresa de consultoria responsável pelo estudo, o Instituto de Pesquisa e Preservação Ambiental (IPPA).

Omissão do poder público é agravante

"O litoral alagoano, do qual a APA de Santa Rita faz parte, é um grande patrimônio paisagístico, cultural e histórico que evidencia Alagoas como pólo turístico para o Brasil e o mundo. No entanto, a omissão do poder público faz com que esse patrimônio esteja sendo destruído”, alerta Sinval Autran e Melchior Nascimento, membros da comissão executiva da Associação Profissional dos Geógrafos do Estado de Alagoas (Aprogeo).
Ações no MP tentam barrar degradação - Para tentar impedir que o processo de degradação ambiental avance, o Instituto Salsa-de-Praia, uma Organização Não-Governamental criada há dez anos por ambientalistas no município de Marechal Deodoro, recorreu ao Ministério Público pedindo que embargue empreendimentos que possam provocar impactos na região. A última ação foi contra a construção de um canal artificial no Loteamento Ilhas Belas, na APA.

Mangue é loteado na reserva natural do Saco da Pedra

Uma das áreas críticas da APA é a Reserva Ecológica do Saco da Pedra, um paraíso ambiental, ponto de desova de tartarugas marinhas e de pássaros migratórios, cercada por mangues, restingas e coqueirais onde por lei não poderia haver ocupação humana, apenas visitas técnicas para estudos científicos e com finalidade educativa. O lugar também abriga mansões que ocuparam irregularmente boa parte da área e acabaram privatizando a praia. São verdadeiros palacetes construídos à beira-mar.
Enchentes ameaçam e tiram fonte de renda de moradores - As agressões às áreas de preservação ambiental trazem conseqüências desastrosas ao meio ambiente e às comunidades onde estão inseridas. Na APA de Santa Rita, em épocas de chuva, são freqüentes os alagamentos provocados pela impermeabilização do solo com as construções desordenadas e destruição da vegetação. Com um lençol freático de apenas 2 metros de profundidade, vários trechos da APA correm o risco de ser inundados num futuro próximo.
Alagoas abandona áreas de proteção - A gota d’água na polêmica em torno das áreas de proteção ambiental em Alagoas surgiu com a licença prévia pelo Cepram, após análise do IMA, indicando a viabilidade para construção de um canal artificial dentro do Condomínio Ilha Bela, em Marechal Deodoro. O projeto prevê a construção de 90 residências e o objetivo do canal, que terá entre 700 e 800 metros, é facilitar o acesso dos futuros moradores a suas casas. A polêmica foi parar no Ministério Público Federal (MPF).



Mercado promissor aumenta oferta de cursos

Belo Horizonte, 17/07/06

Igor Guimarães

Reverter a degradação da biosfera não será tarefa para poucas pessoas. E a resposta a essa necessidade parece surgir nas cadeiras das universidades. Em Belo Horizonte, um batalhão de estudantes está inscrito em cursos superiores e de especialização voltados para o meio ambiente e se prepara para entrar em um mercado de trabalho promissor.

Para se ter uma idéia, em 2002, o Ministério da Educação (MEC) contabilizava 60 cursos só na área de graduação. No ano seguinte, o número era 35% maior, com 81 opções em todo o país. Na capital, as principais instituições de ensino ofertam cursos com enfoque em meio ambiente. Mas a busca por conhecimento não pode ser restrita à vida acadêmica. Segundo o professor Luiz Fernando Joly Assunção, embora os impactos provocados pela atividade produtiva ao meio ambiente sejam inúmeros e os problemas causados por eles também, são poucas as chances de um recém-formado chegar ao mercado sem nenhuma experiência.

Para suprir essa falta de prática, diz o professor Alisson Diniz, o UNI-BH precisou investir na implantação de um laboratório de pesquisas, o que permite aos alunos manter um contato mais próximo com o mercado de trabalho. Para o professor do curso de geografia e meio ambiente do Centro Universitário Newton Paiva, Guilherme Fernando Sabino Santos, outra alternativa é buscar essa atividade prática através da realização de estágios.

Fonte: O Tempo

domingo, 16 de julho de 2006

Mesmo poluído, rio ajuda a sustentar famílias

Juiz de Fora, 16/07/06

Daniela Arbex

Visto do asfalto, o Paraibuna parece apenas uma grande porção de água poluída que se arrasta pela cidade. Mas quando o olhar busca um novo ângulo é possível descobrir que a vida resiste no rio. De suas margens, nascem hortaliças cultivadas por quem retira de lá parte de seu sustento. Além das hortas que se multiplicam, pequenas “granjas” modificam a paisagem de sujeira. Junto ao curso d’água, anônimos cuidam do pedaço de terra ao seu alcance, plantando árvores e retirando plásticos agarrados à vegetação, para transformar o espaço em local de descanso e produtividade.Joaquim Francisco do Prado, 73 anos, integra o povo do rio.

Diariamente, ele deixa a casa simples onde mora, no Bairro Jóquei Clube, para cuidar da horta que mantém na beira do Paraibuna. Acompanhado da enxada, passa a maior parte do tempo tratando o solo que acaba de lhe dar 180 quilos de feijão em troca dos dez que semeou. Na mesma área, há abóbora, tomate, milho, mandioca, inhame, couve e alface. Os planos de aumentar o cultivo incluem café e quiabo. “O terreno é muito bom e não precisa colocar nenhum adubo. Antes, olhava para o Paraibuna e pensava só em sujeira, hoje valorizo muito o rio”, comenta o ex-funcionário dos Moinhos Vera Cruz, que buscou a área com a intenção de “torná-la produtiva”. Joaquim divide a colheita com a família e vende o que sobra na região onde mora. Na calçada da rua em que vive, seca o feijão que vai para sua despensa. Em casa, fez questão de fritar a mandioca colhida, para atestar o sabor dos alimentos que cultiva não só na beirada do rio, mas em terrenos baldios.

Sombra e água não tão fresca

João Batista de Lima, 85 anos, tem orgulho do “recanto” que criou. Sentado em baixo de uma das bananeiras que plantou na margem do Paraibuna, ele mostra o resultado de 14 anos de esforço para preservar o “seu” pedaço do rio. “Meu não, nosso”, corrige o aposentado que trabalhou durante 36 anos em área do Exército, localizada na região da Remonta. “Quando saí da roça e vim para a cidade, fiquei muito espremido. Como isso aqui era cheio de imundície, resolvi limpar e plantar árvores para ter uma sombra. Aqui é muito bom para passar as horas. Descansa a memória”, diz, mostrando, ainda, o maracujá e a batata doce que plantou.
O morador da Avenida Brasil que faz questão de manter uma porção do rio limpo, preocupa-se com o seu destino. “Fico triste de ver o meu povo fazer o que faz com o Paraibuna. Olha lá descendo lixo. É gente preparada que faz isso. Se fosse eu, que não sei ler, nem escrever, seria uma coisa. Mas é horrível ver quem tem conhecimento fazer isso. Nós todos precisamos de água.”
Especialistas vêem cultura de hortas com cautela - A atividade de plantio, desenvolvida na margem do rio, é vista com cautela por especialistas. O professor de olericultura - técnica do cultivo de hortaliças - da Universidade Federal de Viçosa, Mário Puiatti, defende esse tipo de cultura como forma de melhorar a qualidade de vida das comunidades, mas explica que a beira de rio é considerada imprópria para a atividade, pois o transbordamento, provocado pela cheia das águas, pode levar parasitas aos alimentos e causar danos ao meio ambiente, já que a terra revolvida para implantação das culturas traz risco de assoreamento. Segundo o engenheiro florestal do Ibama, Agostinho Gomes da Fonseca, o Código Florestal proíbe qualquer tipo de intervenção em área de preservação permanente, localizada, no caso do Paraibuna, a cerca de 50 metros do curso d’água. “O uso da área só é permitido mediante autorização de órgão competente, e desde que a atividade seja comprovadamente de interesse social.”
A engenheira florestal da Embrapa, Elizabeth Nogueira Fernandes, reforça a necessidade de preservação das matas ciliares. Além de garantir o equilíbrio do ciclo hidrológico, elas funcionam como zona de amortecimento, impedindo que sedimentos deslocados pela chuva atinjam o rio causando mais assoreamento. No entanto, ela reconhece a questão social que envolve a permanência dos pequenos agricultores no Paraibuna. “É preciso monitorar a atividade deles e ver em que condições está sendo desenvolvida. É necessário fazer um balanço do impacto social e ao meio ambiente”, pondera.
Despoluição - Se o povo do rio tem mudado o aspecto visual do Paraibuna, o atual contrato de empréstimo da ordem de R$ 63 milhões, assinado entre a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal para despoluição do rio, poderá melhorar sua situação química e biológica. O secretário de Planejamento e Gestão Estratégica, José Maurício Gomes, explica que o objetivo principal é adotar medidas de saneamento para o esgoto doméstico, por meio da ampliação e criação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). As obras do projeto, que está em fase final de discussão técnica, deverão ser iniciadas a partir de 2007 e concluídas em dois anos. “Queremos utilizar da forma mais abrangente e eficiente possível esse recurso”, disse, acrescentando que a contrapartida da Prefeitura é de R$ 7 milhões. Quanto ao esgoto industrial, Gomes destaca a necessidade de conscientização dos empresários e de rígida fiscalização dos órgãos ambientais. Segundo o superintendente da Agenda JF, Williams Martins Coelho Lima, a maioria das indústrias de Juiz de Fora está licenciada junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e, por lei, é obrigada a manter suas próprias ETEs. “Exercemos a fiscalização e, em caso de descumprimento, encaminhamos denúncia para Feam”.
Garis retribuem com limpeza- Quem entra na “granja” de Benjamim Marques Neto, 39 anos, dificilmente consegue acreditar que está na beira do Paraibuna. Além do aspecto de limpeza, a área situada no Acesso Norte surpreende pelo inusitado. O espaço é povoado por galinhas, patos, gansos, peru (cujo peso chega a 4kg) e porco. A criação, vendida para motoristas que trafegam pela via, contribui com o orçamento doméstico. Além dos animais, ele comercializa ovos e vende bambu usado como varal por donas de casa da redondeza. A retirada do lixo das margens, uma preocupação de Benjamin, é feita utilizando uma carroça. Morador da Avenida Brasil, Benjamim apenas atravessa a rua para chegar ao local que cercou, a fim de evitar que as galinhas importunem o vizinho João Batista. “Realizei o sonho de ter uma granjinha. Sempre quis comprar uma, mas é muito caro. Só estudei até a segunda série e trabalho está difícil”, explica.
A cano a e o rio - Helvécio Mendes Pereira, 55 anos, também extrai do Paraibuna sua sobrevivência. Há quatro anos, ele retira artesanalmente areia do leito do rio e pelo trabalho consegue R$ 25 ao dia. “Vim para cá, porque sou considerado velho para o mercado de trabalho e novo para receber o benefício do INSS. Então, chego às 4h30, para iniciar o serviço que encontrei.” Com o coador junto ao pequeno barco, ele enche, diariamente, um caminhão de areia. A atividade, segundo ele, também ajuda a manter o rio limpo. “Somos os garis do Paraibuna. Tudo de lixo e plástico que vem no coador, nós recolhemos das águas.”Para manter a produção, Helvécio repete, em média, mais de mil vezes o mesmo movimento, mas a necessidade lhe dá forças para continuar. “Tenho dois filhos e uma neta que ajudo a criar. A gente pena, quero apenas sobreviver”, afirma, comentando, ainda, a luta para conseguir a licença definitiva para trabalhar. Desde janeiro, aguarda resposta sobre o pedido de licença específica junto à Agência de Gestão Ambiental Juiz de Fora (Agenda JF). “Querem exigir de nós a mesma documentação que uma grande empresa do setor de mineração precisa para explorar a atividade.”
Rigor - O superintendente da Agenda JF, Williams Martins Coelho Lima, explica que o processo de licenciamento leva em média 180 dias devido à necessidade de parecer dos diversos órgãos ambientais e do rigor na concessão da licença. “Hoje os areeiros estão bem conscientes do que podem fazer para não degradar o rio. Sem orientação, a atividade pode causar assoreamento”, diz. Atualmente, cerca de dez areeiros exercem a atividade na área urbana. No entanto, o número não é oficial, pois o levantamento ainda não foi concluído pela Agenda JF.Segundo Helvécio, os problemas não o impedem de ser feliz. “Apesar das dificuldades, sinto-me um herói por conseguir tirar, com o meu suor, o sustento de minha família.”

sábado, 15 de julho de 2006

Relatório mostra que 225 mil cariocas são vizinhos de encostas com risco de deslizamento

Rio, 15/07/06

Michel Alecrim

Pelo menos 225 mil cariocas vivem sob o risco de desabamento de encostas. Essa é a população afetada por 319 pontos já vistoriados pela Geo-Rio e com projeto de contenção orçado. A lista foi entregue ao Tribunal de Contas do Município (TCM), que aponta queda nos últimos anos nos gastos com esse tipo de obra pela prefeitura. Em 2002, foram executados R$ 13,23 milhões, enquanto no ano passado o número caiu para R$ 5,1 milhões. A previsão para este ano é de R$ 2,7 milhões.

Segundo balanço de maio deste ano, para livrar a cidade dos riscos de deslizamentos, seria necessário investir R$ 117 milhões. Como não há dinheiro suficiente para as obras, a Geo-Rio vem realizando as intervenções em casos de emergência e de acordo com o maior número de pessoas afetadas. Mesmo no inverno, quando as chuvas são mais fracas e menos freqüentes, quem vive em áreas de risco não dorme sossegado. É o caso de morados do Morro do Borel, na Tijuca. Por conta de uma chuva intensa, no mês passado, famílias de 10 casas da localidade conhecida como Ladeira do Moreira que estão perto de barranco tiveram que se mudar para a casa de parentes. “A cada chuva surgem novos pontos de risco e o problema se multiplica. Sempre mandamos fax para a prefeitura e ninguém responde”, conta a tesoureira da associação de moradores, Márcia Rodrigues.De acordo com Márcia, é comum moradores se alojarem na casa de amigos ou familiares para evitar um mal maior. Só no Borel, a Geo-Rio tem programadas sete obras, apesar de o local já ter recebido o Favela-Bairro.

No fim da Rua André Cavalcanti, entre o Bairro de Fátima e Santa Teresa, moradores aguardam há oito anos por uma intervenção. Em 1998, com as chuvas de verão, houve um deslizamento que arrastou parte de algumas casas. Apesar do trabalho de contenção feito na época, um trecho do terreno, nos fundos do número 173, continuou com risco. Por conta disso, algumas famílias se mudaram, mas só conseguiram vender as casas recentemente.
Por causa do atraso das obras, os novos moradores resolveram tomar a iniciativa de retirar o barranco. “Já perdemos a esperança de ver uma solução definitiva”, contou Ivan Emilson Carnevale, 51 anos, que mora próximo ao local desde os anos 60 e já viu três desabamentos no morro.

Em três anos, verba encolheu a 20% - Na análise dos gastos com contenção de encostas, o TCM verificou redução no orçamento do órgão. Entre 2002 e 2005, ele foi reduzido em quase 80%, por conta de contingenciamentos de verbas e alterações orçamentárias. Entre as recomendações do tribunal está a de que não se diminua a dotação inicial da Geo-Rio para que, com o tempo, o número de pontos de risco caia. Em 2005, por exemplo, a dotação final correspondia a só 65% do previsto para o ano. A programação de obras da Geo-Rio é feita de acordo com os pedidos da população. Normalmente, a prefeitura é alertada por chamadas feitas ao número 199, da Defesa Civil, que faz vistoria inicial. Em seguida, os técnicos da fundação fazem um relatório com cálculo dos gastos estimados. Os riscos são classificados em baixo, médio e alto. Segundo o relatório do TCM, a metodologia da Geo-Rio está sendo reavaliada para que o grau de perigo seja avaliado com mais precisão. Duas firmas foram contratadas para o estudo.

Fonte: O Dia

Ceal é multada pela secretaria de Meio Ambiente

Maceió, 15/07/06

A Companhia Energética de Alagoas (Ceal) terá que pagar à Secretaria Municipal de Proteção do Meio Ambiente (Sempma) multa no valor de R$ 75 mil por ter podado árvores de forma inadequada num manguezal pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) localizada no Complexo Lagunar Mundau/Manguaba.

A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (14). De acordo com Ricardo Ramalho, funcionários da companhia realizaram ‘corte raso’ nas árvores, ou seja, cortaram abaixo de 1,5 metro. O Código Florestal e a Lei das Árvores, porém, estabelece que os cortes devem ser feitos até, no máximo, 1,5 metros. "É preciso que todos se conscientizem da importância de podar árvores corretamente para que o meio ambiente não fique danificado", explicou o secretário Ricardo Ramalho. Ele acrescentou que a Sempma deve entrar com uma representação do Ministério Público Federal denunciando a Ceal pelo ocorrido.

Ramalho também está preocupado com a podação das árvores no perímetro urbano de Maceió. Ele explicou que muitas delas estão sendo podadas por funcionários da Ceal erradamente. E isso, comprometeria o meio ambiente. Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, no mínino, 12 metros quadrados de área verde por habitante. Maceió tem menos de três metros quadrados por habitante enquanto que João Pessoa, por exemplo, tem 40 metros quadrados por habitante.

Fonte: Alagoas 24 horas

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Policiais apreendem munições de caça

Juiz de Fora, 14/07/06

Munições para armas de caça foram apreendidas com três homens, em Santa Rita do Jacutinga, pela 27ª Companhia de Meio Ambiente e Trânsito, com sede em Juiz de Fora. Os policiais, que ontem desenvolveram a Operação Descaminho, de combate a crimes ambientais, de trânsito e tráfico de drogas, estavam na MG-457, entre Santa Rita e Bom Jardim de Minas, quando abordaram os homens.

Também foram apreendidos três veículos, encaminhados à Polícia Civil de Rio Preto, onde o caso será investigado. Com o grupo havia duas motosseras, além de 23 cartuchos calibre 28 intactos, 45 deflagrados, 223 espoletas, 152 buchas de recarga, um cartucho 762 traçante e um 762 de festim, além de dois cartuchos calibre 30 deflagrados.

Fonte: Tribuna de Minas

IMA fecha acordo para desobstrução de canal

Maceió, 14/07/06

Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) fecharam, na última terça-feira (11), um acordo com o empresário que obstruiu um canal de águas pluviais no bairro do Carvão, em Maragogi, que estava gerando focos de doenças e causando transtornos à população.

O bloqueio do canal, que foi denunciado pela reportagem do O Jornal deverá ser reaberto ainda esta semana, conforme o acordo firmado entre as partes que se comprometeram a se adequar às necessidades do meio ambiente.Segundo o gerente do IMA, João Lessa, na questão do bloqueio, que prejudica toda a comunidade do bairro do Carvão, foi determinada a desobstrução por parte do proprietário do terreno e o ajustamento da rede de esgoto dos moradores que será de responsabilidade da prefeitura da cidade. “A questão no canal tem duas vertentes: a primeira é o bloqueio que é ilegal, feito pelo empresário para evitar a poluição; e a segunda é a falta de saneamento em parte das casas do bairro que lançam dejetos no canal, que deveria servir só para água pluvial”, relata, acrescentando que um acordo para ajustamento foi firmado para não penalizar mais os envolvidos. “Na verdade, o empresário fechou o canal numa tentativa de defesa ao meio ambiente, errou, portanto, preferimos negociar uma solução sem autuar”, completa.

Fonte: O Jornal/AL

CT do Vasco é alvo de protestos

Rio, 14/07/06

Moradores de Duque de Caxias acusam clube de infringir lei ambiental

Cerca de 50 moradores da comunidade do Pilar, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, fecharam por alguns minutos a rodovia Washington Luís, na altura do Km 121, na manhã da última quinta-feira, para protestar contra as obras do futuro Centro de Treinamento do Vasco.

Além dos moradores, integrantes da Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (Apedema) também se juntaram à manifestação. O objetivo era impedir a entrada de caminhões de aterro no canteiro de obras no CT. A alegação é de que as obras vão aterrar um mangue existente no local, que é protegido pela lei ambiental. O Vasco enfrenta problemas na Justiça para manter a licença para a realização da obra. O planejamento da diretoria cruzmaltina é concluir a construção do CT até o ano que vem, quando todas as categorias de base do clube deverão começar a treinar lá.

Fonte: Globoesporte.com

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Pitbull, a um passo de ser extinto em MG

Belo Horizonte, 13/07/06

Valquiria Lopes

Um projeto de lei aprovado em segundo turno ontem na Assembléia Legislativa propõe medidas para a futura extinção da raça pitbull em Minas Gerais e determina restrições para dobermanns e rottweillers e os mestiços de seus cruzamentos. Para os pitbulls, fica proibida a adoção e procriação.

Os animais adultos deverão ser esterilizados. Já os cães de outras raças consideradas mais perigosas deverão ser registrados na Secretaria de Defesa Social, com a informação de qual a finalidade da criação. O projeto nº 161 foi enviado para o governador Aécio Neves (PSDB) que terá 15 dias para vetar ou aprovar as medidas. Segundo o deputado estadual Rogério Correia (PT), autor do projeto de lei, os ataques registrados no Estado mostram a negligência de muitos donos de animais e a necessidade do estabelecimento de normas para a condução desses cães em vias públicas. "Não queremos retirar os cães de seus donos ou sacrificá- los, mas temos que ter uma regulamentação para que os ataques não aconteçam. Os números são altos”, disse o deputado, da Comissão de Segurança Pública. Rogério Correia ressaltou que o tipo de criação que o animal recebe influencia na forma como ele se comporta. O deputado reconhece que há criadores sérios, mas disse que muitos donos utilizam métodos para que, principalmente os pitbulls, fiquem bravos.

Dados recentes divulgados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) mostram que os ataques são altos. Em 2005, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) registrou 1.147 ataques de cachorros. Em 2006, até o final de maio, foram 420 atendimentos no pronto-socorro. Cerca de 70% dos casos são ataques de pitbulls. Um dos casos mais graves em Belo Horizonte aconteceu em maio deste ano. Três pitbulls mataram uma pessoa e deixaram outras duas feridas, na Vila Vitória da Conquista, região do Barreiro. O corpo do pedreiro Sérgio Augusto Ferreira, 44, foi encontrado totalmente dilacerado. Outros dois homens foram mordidos no rosto e nas pernas.

Multa - Pelo projeto de lei aprovado ontem, os animais das raças citadas, como pitbull, dobermann e rottweiller, deverão andar nas ruas com focinheira e usar coleiras com o número de registro. Esses animais também devem ser mantidos em área delimitada com grades, cercas ou muros e afixação de placa de advertência informando sobre a periculosidade. Se as normas forem desrespeitadas, os donos poderão ser multados em cerca de R$ 500. Em caso de ataque de animais dessas raças citadas no projeto, o proprietário terá de pagar multa de R$ 1.000, sendo que nas ocorrências graves o valor é triplicado. A forma como será feita a fiscalização das normas propostas ainda não está definida, mas os deputados informaram que, a princípio, quem fiscalizaria seria o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Secretaria de Estado da Saúde. Na capital, já existe uma lei municipal obrigando o uso da focinheira, entretanto, muitos animais ainda andam soltos nas ruas sem o equipamento.

Fonte: O Tempo

NUPEM/UFRJ usa ecossistemas de Macaé para capacitar professores

Rio, 13/07/06

Teve início na última segunda-feira e se estenderá até sexta-feira o XVI Curso de Educação Ambiental para Professores de Macaé e Região, realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (NUPEM/UFRJ). O curso, que foi oferecido pela primeira vez em 1999, já capacitou centenas de professores do ensino fundamental e médio de 15 municípios da região.

Neste XVI curso estão participando além de professores técnicos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Secretarias de Meio Ambiente de vários municipios do Norte Fluminense. Sua realização tem sido possível graças a um convênio entre a Petrobrás e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), denominado Projeto ECOlagoas. Este projeto tem possibilitado a realização de várias outras atividades que têm promovido a conscientização da população com relação às questões ambientais da região.

Durante toda a semana, os mestres tornam-se alunos de professores da UFRJ que ministram suas aulas no próprio ambiente e nas instalações do NUPEM/UFRJ, recentemente inauguradas pela prefeitura de Macaé. Assim, restingas, lagoas, mata atlântica, manguezal, rio Macaé e costão rochoso da Praia dos Cavaleiros, tornam-se salas de aulas privilegiadas, onde são discutidas a sua biodiversidade, como preservá-los, importância destes ecossistemas para os municípios e meios para a sustentabilidade ambiental.

Fonte: JB online

Pescadores denunciam a poluição de riacho

Maceió, 13/07/06

Pescadores de Bebedouro denunciaram ontem mais um caso de poluição no Riacho Silva, localizado no bairro. José Martins, conhecido como “Mano Pescador”, afirma que um agrotóxico utilizado pela rede ferroviária está contaminando tanto a vegetação local quanto o riacho. “A vegetação está seca, queimada, como se fosse fogo. É o resíduo desse veneno que está sendo levado ao Riacho Silva”, enfatiza.

“Mano Pescador” explica que a água contaminada do riacho vai para a Lagoa Mundaú, o que provoca a morte do sururu, do massunim e da taioba que não têm como se deslocar de uma maré para outra e também a contaminação dos peixes que se alimentam de vegetação. A situação, de acordo com ele, já se arrasta há cerca de dois anos. “A CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) alega que é o excesso de água doce na lagoa que elimina o sururu. Mas, acho que é o agrotóxico”, salienta. Para “Mano Pescador”, além de crime ambiental, o uso de agrotóxicos na linha do trem representa prejuízo para quem vive da pesca. “Nesse período de chuva, o peixe perde seu sabor natural. É o agrotóxico entrando no sangue dele”, acrescenta o pescador, afirmando que o problema ocorre com todo tipo de pescado que se alimenta de vegetação como curimã, cambino e tilápia.

Diante do quadro, a venda do peixe que antes era vendido por aproximadamente R$ 8 caiu consideravelmente. Ele destaca que, durante a 2ª Conferência Estadual de Aqüicultura e Pesca, da qual fez parte, foi constatado que a colocação de agrotóxico nas áreas de risco provoca envenenamento do habitat e das espécies que dele fazem parte. “Há dois anos, eu fiz uma denúncia desse mesmo veneno à CBTU. O superintendente, na época o Adeilson Bezerra, disse que ia mandar uns técnicos fazerem vistoria na área. Mas ele não deu uma resposta, e o veneno continua sendo colocado até hoje”, conclui.

A gerente de Comunicações e Marketing, da CBTU, Ângela Granjeiro, que assumiu a pasta em março, disse que, desde então, nenhuma denúncia havia sido formulada pelos pescadores. Ela prometeu se inteirar do caso, através de documentos da administração anterior, para dar uma resposta aos mesmos.

Fonte: Tribuna de Alagoas

Agasalhos para a bicharada

O macaco Jimmy enfrentará o frio com seu cobertor

Niterói, 13/07/06

Roberta Nápolis

Não é só o homem que tem sua rotina alterada com a chegada da estação mais fria do ano. Na Fundação Jardim Zoológico de Niterói (Zôonit), os animais passam a receber cuidados diferenciados para se protegerem do frio. Segundo o veterinário do ZôoNit, André Sena, apesar de o inverno fluminense não ser dos mais rigorosos, as quedas de temperaturas deixam os animais mais suscetíveis às doenças respiratórias.

"Como nós, os animais ficam mais vulneráveis nesta estação, por conta das baixas temperaturas e as chuvas. Por isso, todos procuram mais alimentos ricos em gordura", explicou Sena. Durante o inverno, aumenta o consumo de abóbora, batata-doce, inhame e ovos cozidos, alimentos que agradam tanto aos animais silvestres como as aves. Somente os répteis não sofrem alterações na rotina alimentar. A jaula que abriga as jibóias, já foi modificada: quatro lâmpadas de 200 watts foram instaladas e mantêm as cobras aquecidas. O mesmo acontece no tanque dos pingüins.

Segundo a presidente da Fundação, Giselda Candiotto, todos os viveiros têm 50% de área coberta. Os primatas, entre eles o macaco Jimmy, também já receberam seus cobertores para se aquecerem.

Fonte: O Fluminense

Museu e parque já se preparam para obras

Juiz de Fora, 13/07/06

Árvores estão sendo cortadas para novo projeto paisagístico

Izaura Rocha

O Museu Mariano Procópio começa a se transformar em um canteiro de obras. A firma que fará a recuperação do prédio Anexo já monta seu "escritório" diante do prédio, e o parque é alvo de interferências que o preparam para a execução do projeto paisagístico.

O corte de várias árvores deixou seus freqüentadores preocupados, mas a direção do Museu informou que a iniciativa foi autorizada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), como medida preventiva. Conforme o PANORAMA constatou, as árvores estavam ocas. De acordo com o superintendente Mello Reis, elas serão substituídas por espécies mais resistentes e que se mantenham floridas por quase todo o ano. As árvores de duas ilhas do lago também estão sendo alvo de cortes: numa delas, seis macacos pareciam acuados num galho, enquanto operários trabalhavam no local, ontem. Mello Reis garantiu que a ação não visa facilitar a captura dos animais, que serão retirados das ilhas."Vamos fazer uma limpeza geral, acertar o desenho das ilhas, que ao longo dos anos sofreram erosão, mudar a vegetação. As árvores estão degradadas", afirmou.

Segundo ele, o projeto paisagístico de recuperação do parque prevê o levantamento de nível das ilhas e a dragagem do lago, que acumula matéria orgânica, além de seu estaqueamento para impedir o escoamento de material sólido para seu leito. Desenhos e fotos antigas das ilhas vão orientar o serviço topográfico de redesenho de todas elas, para recuperar sua geometria original. Quanto aos animais, Mello Reis ressaltou que, dos 19 macacos que habitam atualmente o parque, deverão ficar apenas cinco, em uma única ilha. Os demais — incluindo o esperto Chico — serão encaminhados, por meio do Ibama, para uma área verde no Rio de Janeiro, onde não haja a mesma espécie, para evitar problemas de relacionamento. Ou seja, eles não irão para nenhum cativeiro. "Os animais proliferaram e o espaço não está adequado. Chico foi praticamente expulso da colônia, devido ao número de machos. Além disso, os macacos são incompatíveis com as aves. Destróem seus ninhos" explica Mello.

Os recursos para as obras de recuperação da área do lago, orçadas em R$ 1,4 milhão, já estão disponíveis. A expectativa é de que tudo seja executado num prazo de seis a oito meses, sem necessidade de fechamento do parque ao público — o que acontecerá apenas no período de dragagem do lago. Ontem, o superintendente recebeu o arquiteto paisagístico do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Carlos Fernando Moura Delphim, "talvez a maior autoridade em parques históricos", e a arquiteta Jô Vasconcelos, que até o final do mês entregará seu projeto de mobiliário do parque.

Fonte: Jornal Panorama

terça-feira, 11 de julho de 2006

Museu apresenta história da energia nuclear no Rio

Rio, 11/07/06

O Museu de Astronomia e Ciências Afins realiza nesta quinta-feira uma palestra sobre a história da energia nuclear no Brasil. A apresentação contará ainda a utilização do urânio para produção de energia elétrica, bem como todas as etapas do combustível nuclear.

O público vai remontar ainda à descoberta da radiotividade do urânio e lembrar o acidente com a usina Chernobyl, na Ucrânia. O evento pretende levar à reflexão sobre o uso do urânio por meio de informações, fotografias, objetivos interativos, filmes e jogos. A entrada é gratuita e o sala de encontro tem capacidade para 60 lugares. O Museu da Astronomia e Ciências Afins fica na Rua General Bruce, 586, São Cristóvão, Zona Norte. O telefone para contato é o 21 2580-7010. A exposição sucederá a inauguração de uma mostra também sobre energia nuclear, com módulos e fotografia do próprio museu. A exposição ficará em cartaz até 30 de outubro, com entrada gratuita.

IMA capacita comunidades em educação ambiental

Maceió, 11/07/06

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) está realizando curso de capacitação em educação ambiental no município de Barra de Santo Antonio desde o dia 10 de julho até o dia 15 deste mês. O objetivo é levar noções sobre a preservação do meio ambiente para a sociedade civil organizada, como sindicatos, colônias de pescadores, associações e igreja.

“Vamos tentar conscientizar as comunidades no que diz respeito à educação ambiental”, destacou Maristela Sampaio, gerente de Educação Ambiental (Geped) do IMA. Dentro do programa de capacitação que o IMA está desenvolvendo, outros municípios serão atendidos, como Coruripe, de 24 a 28 de julho; Palestina, de 7 a 11 de agosto; e a comunidade de Jaraguá, Maceió, de 21 a 25 de agosto. “Várias gerências do órgão estão envolvidas no programa de capacitação. Esperamos com essa capacitação formar agentes multiplicadores em cada município, e assim desenvolver ainda mais a conscientização ecológica nessas comunidades”, diz Maristela, destacando ainda que cerca de 200 pessoas serão atingidas com o curso.

Fonte: Alagoas 24 horas

Jacaré da Pampulha será monitorado pelo Ibama

Belo Horizonte, 11/07/06

Flaviane Paixão

Sempre que aparece, ele consegue roubar a cena na lagoa da Pampulha. Ontem o jacaré da espécie papo- amarelo parou curiosos em um dos cartões-postais do complexo: a igreja de São Francisco de Assis. Para que o réptil não ofereça riscos à população durante esta fase de rebaixamento das águas da lagoa, que começou em junho, o animal será monitorado por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis em Minas (Ibama), em parceria com a Polícia Militar Ambiental e com a Fundação Zoo-Botânica. “Não há registros de ataques dessa espécie a seres humanos, mas teremos que acompanhar se ele caminha em direção ao asfalto. Achamos isso pouco provável e, por tal motivo, não iremos removê-lo daqui neste momento”, disse o biólogo e analista ambiental do Ibama, Matheus Calab Leal.

Apesar de não ter conhecimento do sexo do animal, Leal ressaltou que principalmente as fêmeas podem ficar agressivas quando cuidam do ninho e alguém se aproxima. O Ibama já fez inventário de quatro jacarés na Pampulha. O alimento principal do papo-amarelo são os peixes.
O comportamento das demais espécies que integram a fauna também será observado. Segundo Leal, há 73 tipos de aves, nove de peixes e cerca de dez répteis. “Para o jacaré, a diminuição do nível da água facilita a caça. Mas se o processo continuar por muito tempo, a diluição do esgoto poderá ser bem menor, levando ao desenvolvimento de algas.” O processo de decomposição dessas plantas retira oxigênio da água e pode matar alguns peixes. A assessoria da Superintendência de Desenvolvimento da Capital informou que as intervenções para a retirada dos sedimentos devem durar 120 dias. “Elas não têm ligação direta com a ocorrência de mortandade. Esse fenômeno ocorre de maneira mais frequente quando há inversão térmica.” A superintendência destacou que os trabalhos são executados nos períodos de seca, quando o volume de água é menor. A expectativa é retirar 300.000 metros cúbicos de sedimentos.

Fonte: O Tempo

Construções em área ambiental

Niterói, 11/07/06

Roberta Nápolis

Regras para futuras construções em Niterói começam a ser discutidas hoje, na Câmara de Vereadores. Projeto de lei criando legislação especial para meios de hospedagem - inclusive com aumento de gabarito - é uma das pautas do dia . Se aprovada, a lei isentará de impostos por dez anos os empresários que construírem hotéis e pousadas na cidade.

De acordo com o autor da idéia, vereador Wolney Trindade (PMDB), facilitar e apoiar a construção de apart-hotéis, flats, pousadas e hotéis será favorável para o turismo niteroiense, além de ser uma solução para a favelização. "O surgimento de favelas atinge áreas nobres da cidade, como a Região Oceânica. Por isso, acredito que seja melhor construir aparts e flats, antes que as favelas cresçam. A Prefeitura não têm condições de fiscalizar essas áreas, de interesse ambiental. Além disso, a procura pelo turismo em Niterói está em expansão. Precisamos suprir essa demanda", explica Wolney. Só que a previsão de alteração de pontos dos Planos Urbanísticos (PURs) – como taxas de ocupação, gabaritos dos edifícios e número de vagas nas garagens – preocupa o secretário municipal de Urbanismo, Adyr Motta Filho. "A idéia é inviável e pode causar transtornos no trânsito e no espaço urbano. Nenhum apart-hotel funciona como meio de hospedagem. São alugados como apartamentos. Logo, a lei vai se estender para prédios residenciais", acredita Adyr Filho.

O secretário de Urbanismo de Niterói explica, ainda, que cada área da cidade tem sua legislação específica, no que diz respeito à construção de novos edifícios. Quanto à favelização, o secretário afirma que existem outros meios de evitar o problema. "Não podemos liberar a construção de prédios em áreas de interesse ambiental. Outras formas de conter o crescimento irregular das favelas devem ser estudadas", defende o secretário.
Carta aberta - Na tentativa de chamar a atenção da população para a importância de se discutir a proposta que tramita na Câmara dos Vereadores, Adyr Motta Filho repassou à imprensa e a representantes da sociedade civil organizada documento alertando para os "riscos" de se fazer "mudanças em vinte três frações urbanas de Niterói, com ênfase na Região Oceânica e na Região das Praias da Baía". Segundo a carta, "a lei permitirá a construção de empreendimentos hoteleiros de até cinco pavimentos nas proximidades da Duna Grande, sítio arqueológico tombado, na Praia de Itaipu, onde hoje a construção é proibida". Ainda de acordo com o documento assinado por Adyr, o gabarito naquela região aumentaria de dois andares para seis. Em Piratininga, onde hoje é permitido quatro pavimentos, saltaria para oito. "Nós do Urbanismo temos consciência de que não somos donos da cidade nem donos da verdade. Mas temos a responsabilidade de ir às comunidades discutir melhorias para a cidade", finaliza Adyr Filho.

Fonte: O Fluminense

600 caminhões de lixo já foram recolhidos em córregos e no Rio Paraibuna

Juiz de Fora, 11/07/06

A limpeza sistêmica dos córregos da cidade e a dragagem dos pontos críticos do Rio Paraibuna não estão sendo suficientes para reduzir o incômodo às populações ribeirinhas. O mau cheiro fica ainda pior no período de seca e nos trechos onde o esgoto das casas é despejado nos leitos sem tratamento. Do final do ano passado até agora, 40 bairros de Juiz de Fora foram contemplados com os serviços de limpeza dos córregos, resultando em cerca de 600 caminhões de lixo recolhidos nas margens dos cursos de água.

Mas no Bairro São Pedro, por exemplo, os moradores alegam que a limpeza do córrego que corre pela Rua Pedro Henrique Krambeck foi apenas um paliativo. “Os problemas continuam. Fizeram a limpeza apenas das margens, como uma simples capina, mas não se preocupam em solucionar, de fato, a situação. O mau cheiro ainda existe e atrai animais, como ratos e baratas. Tenho vergonha quando alguém vem em minha casa e sente o fedor”, contou uma comerciante de 42 anos, que preferiu não ser identificada. A solução para muitos problemas, segundo a Cesama, está na construção da estação de tratamento de esgoto (ETE) União Indústria, no Bairro Granjas Bethel, e na finalização da ETE de Barbosa Lage. Só a estação da União Indústria vai receber 70% do esgoto do município, que abrange toda a área central da cidade. A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) já aprovou a adequação da área do empreendimento, que será abastecido através de 25 quilômetros de coletores. De acordo com a assessoria de comunicação da Cesama, a previsão é de que, até agosto, os dois principais interceptores da ETE de Barbosa Lage sejam concluídos. Para a finalização do interceptor principal, que vai de Ponte Preta à antiga Imbel, falta a construção de dois elevatórios de esgoto. O segundo interceptor, que liga Santa Terezinha a Barbosa Lage, também está em fase final. Os coletores dos córregos transportarão o esgoto até os interceptores - com cerca de 8.300m de tubulação - e estes, por sua vez, o levarão até a ETE.

Expectativa é de que ETEs diminuam problemas

A expectativa é de que, após a conclusão das estações de tratamento de esgoto (ETEs) de Barbosa Lage e União Indústria, o Rio Paraibuna deixe de ser o afluente que mais polui o Rio Paraíba do Sul. Segundo estudos, só em Juiz de Fora, considerado trecho mais crítico, o esgoto lançado no Paraibuna chegava a 921 litros por segundo. No mesmo período, segundo a Cesama, apenas 0,5% era tratado. Atualmente são despejados 1.100 litros por segundo, no entanto, a parcela que recebe tratamento já chega a 7,5%.
Limpeza dos córregos - No momento, as equipes que realizam as limpezas dos córregos estão trabalhando, simultaneamente, na manutenção nos cursos de água dos bairros Novo Triunfo, Itatiaia e Retiro. Recentemente o trabalho foi finalizado no Bosque do Imperador, São Geraldo e Paula Lima. A dragagem do Paraibuna já foi concluída no Acesso Norte, e as dragas, atualmente, deslocam-se sentido Manoel Honório-Centro. Segundo a assessoria da Cesama, ainda não há previsão de término para os serviços.

Fonte: Tribuna de Minas

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Pesquisa sobre pombos se transformou em trabalho junto à comunidade

Juiz de Fora, 10/07/2006

Alunos do Colégio Apogeu realizaram uma campanha de conscientização junto à população sobre os perigos que os pombos trazem à saúde. Cerca de 200 panfletos foram distribuídos em residências da Rua Santo Antônio, próximo à Rua Benjamim Constant, no Centro, e aos motoristas que passavam pelo local.

A idéia do trabalho surgiu dentro de sala de aula, por motivação dos próprios alunos que cursam a 5ª série do ensino fundamental. Segundo a professora de Ciências, Jacqueline Carneiro, responsável pela coordenação do projeto, foram os estudantes que perceberam a presença dos pombos nas proximidades da escola. - O colégio se mudou recentemente para a Rua Santo Antônio, e como a casa que o abriga era muito antiga, antes da reforma, muitos pombos viviam aqui. Os alunos se preocuparam com a transmissão das doenças e incentivamos uma pesquisa aprofundada sobre o assunto. Durante a realização dos trabalhos, eles viram que a alimentação que a população oferece aos pássaros contribui para a proliferação. Então, surgiu a idéia de confeccionar um panfleto explicativo para alertar sobre os problemas causados pelas aves.

Trabalho Eficiente - Laura Campos, 11 anos, afirmou que a possibilidade de desenvolver a pesquisa foi importante para seu aprendizado. - Antes gostava de pombos, achava bonitinho. Agora sei que as doenças que eles transmitem são perigosas e que temos que tomar providências para que a população dessa ave não aumente. Da pesquisa em equipe, veio, também, a união da turma. Jacqueline afirma que, como o colégio está iniciando suas atividades de ensino fundamental, os alunos vieram de colégios diferentes e apresentavam interesses diversos. - Eles tiveram que cooperar para o trabalho sair bem feito e, isso contribuiu para a melhoria do relacionamento dentro da sala de aula.

Agora, o trabalho vai ganhar novos rumos. Além da criação de um DVD, os alunos que fizeram a pesquisa vão conscientizar os outros estudantes do colégio. A escola, por sua vez, já fechou o local por onde as aves entravam e agora vai investir em meios de combater o acesso dos pombos às suas instalações.

Fonte: Ipanorama.com

Produção de coco pode acabar

Maceió, 10/07/06

A disseminação de pragas e a falta de incentivo e de políticas públicas ameaçam a cultura de coco no Estado

Waldson Costa

A cultura do coco, que já foi uma das atividades mais importantes da balança comercial do Estado de Alagoas, está ameaçada de desaparecer. Enfraquecidos em diversos âmbitos, os coqueirais alagoanos – que já ocuparam o título de maior produção do País – estão naufragando com a disseminação de pragas e a falta de incentivo e de políticas públicas que impulsionem a atividade.

A cultura do coco – que no passado superou recordes de produção de frutos e gerou milhares de empregos, movimentando a economia do Estado –, encontra-se, hoje, falida, com a produção abaixo das estimativas e produtores desestimulados, devido à realidade do mercado. Com a safra do coco em declínio e os investimentos e apoio para pesquisas cada vez mais reduzidos, as áreas de coqueirais estão dando espaço ao novo “boom” que surge no litoral do Nordeste - a construção de empreendimentos turísticos nas antigas áreas de coqueirais, que, geralmente, são arrematadas por estrangeiros a valores altíssimos.

Fonte: O Jornal/AL

Programa de incentivo à agricultura cria 20 mil empregos

Rio, 10/07/06

Onze novos contratos do Programa de Incentivo à Agricultura Fluminense (Frutificar) foram assinados neste fim de semana no município de Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, envolvendo R$ 350 mil, com juros de 2% ao ano.

De acordo com a secretaria estadual de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior, o Frutificar já criou mais de 20 mil empregos diretos e indiretos somente no campo, sem incluir a cadeia produtiva. O programa beneficiou desde a sua criação, em 2000, mais de 600 produtores rurais, totalizando a implantação de seis mil hectares de fruticultura irrigada. Ele foi iniciado nas regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio e hoje atinge também a Região das Baixadas Litorâneas, expandindo-se atualmente para a Zona Oeste da capital e para a Baixada Fluminense. Os investimentos superam R$ 30 milhões.

Além do crédito concedido, até o limite de R$ 60 mil por produtor, o governo do Estado oferece assistência técnica aos agricultores, com o objetivo de introduzir no setor tecnologia inovadora, capacitação de produtores e monitoramento contínuo das lavouras.

Fonte: Jornal O Dia

Substância contamina o solo

Niterói, 10/07/06

A concentração de amônio em Niterói aumentou 70%

Se há 30 anos a chuva ácida –provocada pela emissão de gases poluentes e da queima de combustíveis fósseis – preocupava ambientalistas, hoje um novo "inimigo" está presente nas precipitações atmosféricas: o amônio. Estudos realizados por pesquisadores do Instituto de Bioquímica da Universidade Federal Fluminense (UFF) apontam para os perigos da liberação desta substância, cada vez mais comum nas águas das chuvas. Em contato com o solo, ela provoca contaminação dos recursos hídricos, remoção de nutrientes do solo e liberação de óxido nitroso, gás extremamente nocivo que contribui para o "efeito-estufa".

Segundo levantamento do professor William Zamboni, as concentrações de amônio trazido pelas chuvas em Niterói aumentaram 70% do final dos ano 80 ao final dos anos 90. "São dados preocupantes. Se as emissões de dióxido de enxofre diminuíram, tornando as chuvas menos ácidas, a presença do amônio cada vez em maior escala é uma realidade que pode ter efeitos tão nocivos quantos os da chuva ácida", alerta o pesquisador. Zamboni explica que ainda não são conhecidas todas as fontes emissoras de amônio. No entanto, em um recente trabalho em parceria com a bioquímica Giselle Guimarães, também da UFF, a Baía de Guanabara configura-se como grande fonte desta substância nociva.

A estimativa, revela o estudo, é de que a baía libere de três a quatro toneladas de amônio diariamente: "As águas próximas à Ilha do Governador, no fundo da baía, são ricas em amônio, que é liberados pela atmosfera e cai com a chuva. Embora os índices de sulfato na chuva tenham diminuído e o índice de nitrato tenha se mantido estável, a presença do amônio vem crescendo em várias regiões do Estado do Rio. Como o amônio tende a neutralizar o pH da água, podemos dizer que as chuvas estão menos ácidas. Mas isso não quer dizer que estão menos nocivas ao meio ambiente".

Fonte: O Fluminense

domingo, 9 de julho de 2006

Operação vê novas fraudes com madeira

Aripuanã (MT) 07/07/06

Claudio Angelo

O documento mudou, mas a fraude continua. Reprimidos pelo governo com a Operação Curupira, há exatamente um ano, os madeireiros ilegais do noroeste de Mato Grosso estão de volta à ativa. Agora, em vez de desviar as autorizações de transporte de madeira do Ibama, as famigeradas ATPFs, a máfia da madeira está falsificando as recém-inventadas guias florestais emitidas pelo próprio governo do Estado.

O novo golpe foi descoberto nas últimas semanas, durante uma operação conjunta do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Sema (Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso) e da Polícia Federal na região de Aripuanã. Os resultados da operação devem ser anunciados hoje.A fraude expõe os problemas do chamado pacto federativo assinado em 2005 entre os governos federal e estadual, que transferiu para Mato Grosso a responsabilidade de fiscalizar a extração de madeira, até então atribuição do Ibama.Segundo o rondoniano Alberto Chaves Paraguassu, que chefia a base operativa do Ibama em Aripuanã, os madeireiros mudaram de estratégia para driblar a fiscalização. "Há uma nova forma de exploração sendo utilizada", afirma. Agora, os clandestinos estão serrando as toras em pranchas dentro da floresta, usando "pica-paus" --um tipo de serra pequena e fácil de transportar.Madeira serrada chama menos atenção da fiscalização do que as toras, que até recentemente transitavam a rodo durante a noite em caminhões nas estradas da região. Uma vez no pátio das serrarias, as tábuas são misturadas com madeira legalizada. "Encobre-se, assim, a ilegalidade da origem", disse Paraguassu à Folha.DesmonteAripuanã e as vizinhas Colniza e Cotriguaçu integram uma das principais novas fronteiras da exploração madeireira na Amazônia. Contêm estoques valiosos de madeira, que começaram a ser explorados de forma acelerada --e criminosa-- nos últimos dez anos. Segundo o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o consumo de toras ali cresceu de 600 mil metros cúbicos em 1998 para 1,1 milhão de metros cúbicos em 2004.

A região foi um dos principais focos da Operação Curupira, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2005, que fechou mais de 400 empresas--fantasmas especializadas na venda de ATPFs e levou 47 funcionários públicos à prisão --inclusive o superintendente do Ibama em Mato Grosso, Hugo Werle, e o chefe do escritório da Aripuanã, Paulo Salazar.Após a Curupira, o escritório de Aripuanã foi desativado --só voltou a funcionar em maio deste ano, com a nova operação de fiscalização. Várias madeireiras fecharam as portas, quebrando a economia local.A fiscalização foi transferida para o Estado, que para substituir a ATPF criou a GF (Guia de Florestal). Pelo novo sistema, as empresas declaram seu estoque de madeira legal, que entra numa base de dados da Sema como dinheiro em um banco. As guias contêm códigos de barra, e sempre que um caminhão com madeira passa pela fiscalização é possível saber qual é o "saldo" da empresa."É muito mais difícil de clonar que a ATPF", diz Luís Henrique Daldegan, secretário-adjunto da Sema.Crédito infladoO que abriu caminho para a fraude foi a passagem de bastão do Ibama para a Sema, no ano passado. Até hoje ninguém foi às serrarias verificar se o crédito que as empresas tinham junto ao Ibama foi declarado à Sema corretamente. "O cara podia ter 100 m3 de crédito no Ibama e ter declarado à Sema que tinha 10.000 m3. Ninguém checou isso", diz Paraguassu. A diferença, afirma, seria completada com a madeira ilegal.Daldegan põe a culpa no órgão federal. "O Ibama tinha até o dia 3 de janeiro para ter informado a nós todos os planos de manejo e os créditos das madeireiras. Não o fez."O secretário-adjunto reconhece a fraude, mas pede paciência, chamando a ilegalidade de "questão cultural". "Isso está sendo equacionado."

Fonte: Folha de São Paulo

União para salvar três praias

Niterói, 09/07/06

Construções irregulares são outro problema na Praia de Eva

Emanuel Alencar

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Ministério Público Federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e órgãos da Prefeitura vão atuar em conjunto para coibir a degradação ambiental nas praias de Adão, de Eva e de Jurujuba, a partir do mês que vem. A afirmação é do secretário municipal de Meio Ambiente Jefferson Martins, que recebeu, em abril, relatório da Polícia Federal apontando irregularidades nestas localidades.

No documento, o delegado Alessandro Netto Vieira, lotado na Delegacia de Niterói, cobra uma solução para os problemas denunciados pelo MP, como o depósito de conchas nas areias por marisqueiros em Jurujuba, o acúmulo de lixo flutuante nas praias e a construção de casas e barracões de alvenaria, principalmente na Praia de Eva. Embora as áreas costeiras sejam de responsabilidade da União, diversas secretarias de Niterói foram intimadas a se pronunciarem sobre as irregularidades. Além do Meio Ambiente, a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), a Secretaria de Urbanismo, Fazenda e Assistência Social protocolaram respostas que serão encaminhadas ainda esta semana à PF, informou Jefferson Martins. "Existe a preocupação da Prefeitura em acompanhar os problemas apontados pelo relatório. Como muitas questões envolvem órgãos estaduais e federais, vamos atuar em conjunto. Há, inclusive, muitos estudos da Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre a eficácia das estações de tratamento de efluentes líquidos e sobre a atividade dos marisqueiros", diz o secretário.

Mariscos – Apontado pela PF como nocivo ao meio ambiente e à saúde pública, o depósito de cascas de mexilhões na comunidade do Cascarejo, em Jurujuba, é um problema que vem se arrastando há décadas. O FLUMINENSE constatou que um grupo de marisqueiros joga a casca dos animais na encosta dos barracões, formando verdadeiras montanhas de carapaças dos moluscos. O depósito irregular das cascas, ressalta o subsecretário de Desenvolvimento, Agricultura e Pesca, Luiz Felippe Dias, atrai ratos, baratas, e, com o tempo, provoca o aterro das encostas."Já iniciamos um trabalho para ordenar a atividade dos marisqueiros de Jurujuba. Em breve faremos uma reunião com eles para discutirmos soluções. Não queremos reprimir as atividades, até porque são os meios de sobrevivência de muitas famílias. Mas queremos convencê-los a criar cooperativas para organizar o trabalho", afirma.
Sem caçamba - Questionado pela PF sobre o acúmulo das cascas, o presidente da Associação Livre dos Maricultores de Jurujuba, Misael de Lima, defende-se garantindo que a entidade nada tem a ver com a irregularidade:"São marisqueiros que não estão ligados à associação. Aqui, temos Certificado de Inspeção Estadual, e todas as conchas são recolhidas pela Clin. Fui intimado pela Polícia Federal sem ter relação com o problema. Acontece que estas cerca de 50 famílias de marisqueiros acabam vítimas dos atravessadores, que os convencem a não se associarem", denuncia. "Estamos de portas abertas a todos os que quiserem se associar", avisa. Nascido na comunidade do Cascarejo, o marisqueiro Vanderlei Carvalho, 39 anos, trabalha na atividade desde os cinco. Ele critica a falta de assistência e diz que a cooperativa não comporta todos os marisqueiros da região:"Trabalhamos catando mariscos há mais de 40 anos e nunca recebemos ajuda. Nem sequer uma caçamba para recolhermos as cascas. Mas temos que sobreviver, não tem jeito. Se for proibido de catar mariscos aqui, vou para outro lugar".De acordo com o diretor de operações da Clin, Mário Neves, a empresa não tem como recolher os restos de mexilhões por terra, por causa da dificuldade de acesso. Para ele, o certo é o recolhimento ser feito por mar.

Empréstimo vai ajudar
O empréstimo que a Prefeitura de Niterói conseguiu junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), também será aplicado na preservação da natureza. A Secretaria de Meio Ambiente acaba de enviar relatório à instituição financeira com pareceres técnicos para liberação de US$ 150 mil para obras de canalização, contenção de encosta, reflorestamento e compra de equipamentos para medir poluição atmosférica, vazão de rios e canais e viaturas para a fiscalização. Jefferson Martins espera contar com o apoio do Ibama e Serla. A idéia é aplicar os recursos para promover uma reestruturação imediata da secretaria. Muita sujeira vem dos rios que desembocam na Baía de Guanabara. O secretário Jefferson Martins ressalta que muitas questões assinaladas pela PF ultrapassam os limites municipais. Como a presença de lixo flutuante nas praias de Jurujuba. Ele lembra que a sujeira vem, na maioria dos casos, de rios que desembocam na Baía de Guanabara: "Os rios Iguaçu e Guapiaçu, por exemplo, depositam enorme quantidade de sujeira na baía, principalmente após grandes chuvas". E, tornando a situação mais preocupante, o Projeto Ecobarreira, da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) – que prevê o controle do lixo flutuante lançado aos corpos hídricos através de redes coletoras instaladas em pontos importantes de rios e lagoas – está temporariamente parado, dependendo de liberação de verbas do governo do estado. Hoje, das cinco ecobarreiras instaladas, três impedem a chegada de lixo na Baía - os rios Irajá, Meriti e Canal do Cunha.
"As ecobarreiras são instaladas de acordo com as especificidades de cada rio e, na maioria dos casos, elas conseguem conter todo o lixo. O governo já investiu quase R$ 2 milhões no projeto, mas no momento não há expansão prevista. Dependemos da liberação de verbas", afirma a engenheira do departamento de obras da Serla, Sílvia Borges.
Paliativos - Na avaliação do professor titular de Recursos Hídricos da Universidade Federal Fluminense (UFF) Antônio da Hora, as ecobarreiras são soluções "paliativas e frágeis".
"As medidas teriam de ser mais amplas, as ecobarreiras não barram a contaminação das águas por metais pesados, por exemplo. A grande questão é que o entorno da baía está tomado por comunidades carentes que despejam esgoto in natura. Mesmo com a conclusão de todo o Programa de Despoluição de Baía de Guanabara, que caminha a passos lentos, a deficiência de coleta do esgoto continuaria em cerca de 70% das residências nestas comunidades", observa o especialista, que defende a implantação das estações de tratamento na foz dos rios que desaguam na baía: "Desta forma, toda a água que chega contaminada seria tratada. É preciso mudar a concepção. Do jeito que está, apenas daqui a 20 ou 30 anos começaremos a ver os primeiros resultados da despoluição da Guanabara. Estamos dispostos a colaborar na busca de soluções".

Ocupações - Dos problemas denunciados pela PF, as construções irregulares na Praia de Eva são antigas e de difícil solução a curto prazo, sublinha o secretário de Urbanismo Adyr Motta Filho. Isto porque no local há posseiros com terrenos há mais de 40 anos. E o conjunto eco-paisagístico das prainhas de Adão e de Eva, em Jurujuba foi tombado pela Prefeitura há 15 anos, pelo Decreto Municipal 6.106/91. "As irregularidades estão sendo apuradas pelo Meio Ambiente. Posteriormente vamos atuar em conjunto", afirma Adyr. O delegado Vieira não pôde comentar o relatório. Na delegacia, foi informado que ele está em viagem pelo Norte do País.

Fonte: O Fluminense

Maceió não tem destinação para entulho

Maceió, 09/07/06

Estudo da Ufal mostra que 32% das cerca de mil toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade são resíduos de construção

Bleine Oliveira

Terminou em dezembro do ano passado o prazo estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), para que os municípios brasileiros criem os seus Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Isso significa que as prefeituras estão obrigadas a disciplinar a destinação do entulho gerado nas obras de construção. Em Maceió, a discussão começou há cerca de dois anos, mas ainda não há uma solução definida sobre o que fazer.

Pesquisa reduz custos de casa popular - Mas é na pesquisa acadêmica que está uma das principais saídas para o problema dos resíduos de construção civil. Disposto a cumprir o papel social atribuído à universidade, um grupo de pesquisadores da Ufal desenvolve projetos de habitação que, além de baratear o custo de uma casa popular, permite o uso benéfico de material reconhecidamente poluidor.

Sem usina de reciclagem projeto pára - Um dos obstáculos a ser vencido é a falta de uma usina de reciclagem, equipamento com o qual se produz a matéria-prima para a produção dos blocos. “Estamos desenvolvendo estudos de produção e demanda”, revela a professora Aline Barbosa. Na execução do projeto de construção de uma casa popular com RCC, os pesquisadores contaram com o apoio da construtora Indarc, que reciclou o material obtido pela universidade e produziu os blocos.

Fonte: Gazeta de Alagoas

sábado, 8 de julho de 2006

Chuvas mudam paisagem no Sertão de AL

Maceió, 08/07/06

A paisagem seca do Sertão alagoano está sendo transformada radicalmente com as chuvas que vêm caindo desde há mais de um mês em todo o Estado. O cenário normalmente associado à terra árida e reservatórios secos está diferente, com as barragens cheias e açudes sangrando. Além disso, o rebanho, que até bem pouco tempo não tinha pasto para procurar comida, hoje passeia em áreas verdes. As lavouras, principalmente as de feijão, milho e mandioca já começam a renovar a esperança do sofrido povo sertanejo.

O agricultor Manoel Pedro da Silva, 47, que trabalha juntamente com outras 20 famílias na Fazenda Morros, na zona rural de Jaramataia, a 174 quilômetros de Maceió, disse que começou a chover forte na região no início do mês de junho deste ano. Em razão disso, ele iniciou o plantio de feijão e milho, na esperança de armazenar o feijão em um silo que fica num depósito ao lado da sua casa. O silo tem capacidade para 162 quilos de feijão, o que, segundo ele, darão para ser consumidos pela sua família durante boa parte deste ano. “Espero que o inverno, este ano, seja mais demorado do que nos anos anteriores, para que a gente possa vender o excedente e juntar dinheiro para comprar outros alimentos para a minha família”, ressalta o agricultor. Mesmo com a esperança renovada, Manoel Pedro não esconde seu receio com a redução das chuvas nos próximos dias. “No início deste ano, entrei em desespero, pois não tinha um grão sequer de sementes e a solução foi me desfazer de algumas criações para pagar dívidas e ter o crédito de volta para comprar alimento e grãos para renovar o plantio”, esclareceu ele, apostando na colheita deste ano.

Meteorologia - A depender das previsões dos meteorologistas, o inverno será proveitoso para os agricultores sertanejos. De acordo com o diretor do departamento de Meteorologia da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos, Rômulo Abreu, as chuvas devem cair na região até o final do mês de agosto. O especialista disse que, por conta do verão excessivo e as constantes mudanças de temperatura na superfície do mar, além da chegada das frentes frias, o inverno tende a ser mais rigoroso no Litoral e no Agreste. “No Sertão, o nível de precipitação deve ficar em 80 milímetros, índice um pouco abaixo em relação ao inverno do ano passado, que foi de 120 milímetros”, revelou. Rômulo Abreu explicou, no entanto, que a quantidade de chuva prevista para a região sertaneja é considerada boa. Segundo o meteorologista, o inverno se estenderá por mais um ou dois meses e deve ser bastante aproveitado pelos agricultores. No final do ano passado, o governo estadual decretou estado de emergência nos municípios de Pão de Açúcar, Senador Rui Palmeira, São José da Tapera, Pariconha, Piranhas, Jaramataia, Major Isidoro, Palmeira dos Índios, Traipu, Delmiro Gouveia, Maravilha, Ouro Branco, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema, em razão do impacto que a seca provocou na região.

Usuário elogia chuveiro com água quente e farta

Belo Horizonte, 08/07/09

Magali Simone

Tomar banho quente sem ter que diminuir o volume de água que cai do chuveiro mesmo no inverno. Isso sem culpa e sem medo porque não terá de pagar tão caro por um banho mais demorado.

Esse é um dos motivos que levaram o engenheiro Paulo Mendes, 69, especialista em construção de estradas, a adotar o sistema de energia solar em sua casa, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Em 1985, quando morava no Mangabeiras, decidi usar pela primeira vez esse sistema. Já mudei várias vezes de casa e sempre instalo energia solar onde moro. Não dá para comparar a qualidade da água com a dos outros sistemas. A água é muito mais quentinha”, afirmou. Depois que o sistema de energia solar é implantado na residência, o usuário não gasta mais nada com energia elétrica na hora do banho, segundo Mendes. De acordo com o engenheiro, em três anos o usuário recupera o gasto com a implantação do sistema. “O melhor é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a água fica mais quente durante o inverno. Embora as temperaturas estejam baixas, é muito difícil chover nesta época e as placas do sistema captam muito mais energia”, elogiou.

Procura - O consultor Paulo Henrique Abreu, 36, especialista em implantação de energia solar em residências, diz que a procura em Belo Horizonte e região está aumentando. De acordo com o consultor, mesmo em cidades mais frias, como Nova Lima, essa opção de energia não é descartada. “As pessoas até implantam sistemas complementares de energia, como o aquecimento elétrico ou a gás. Mas não abrem mão da energia solar”, disse Abreu. O preço para a instalação do sistema, ainda conforme o consultor, varia de acordo com a necessidade de cada consumidor. “A implantação de um sistema para uma casa de três banheiros, por exemplo, fica em aproximadamente R$ 12 mil. Em prédios, o valor é bem maior. Mas depois de implantado, a pessoa simplesmente não paga mais energia elétrica para o aquecimento da água”, explicou.

Fonte: Jornal O Tempo