quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Torre Eiffel apagará em alerta pelo clima

Famosa iluminação noturna da torre será desligada por 5 minutos na noite de quinta. Objetivo é chamar a atenção para o aquecimento global

A Torre Eiffel irá desligar sua famosa iluminação noturna por cinco minutos nesta quinta-feira (1º), a fim de chamar atenção para o consumo de energia e o meio ambiente na véspera do lançamento de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.Os 336 projetores que iluminam a torre à noite serão desligados entre as 19h55 e 20h (horário local), informou a porta-voz da SETE, empresa que administra o local.

A iluminação da Torre Eiffel é um dos marcos da paisagem da capital francesa e responde por 9% dos 7.000 megawatts consumidos por hora pela estrutura. No começo desta semana, manifestantes do Greenpeace penduraram um cartaz na torre mostrando um termômetro gigantesco para divulgar a questão do aquecimento global
O relatório da ONU, a ser divulgado oficialmente em Paris, prevê um grande aumento de temperaturas e alerta sobre ondas de calor, enchentes, secas e aumento nos níveis dos mares devido ao efeito estufa.

Globo.com

África deve se preparar para aquecimento

Continente deve enfrentar mais estiagens, enchentes e ciclones. Poluição industrial já prejudicou as economias rurais africanas

A África precisa se preparar para a ocorrência de mais estiagens, enchentes e ciclones provocados pelas alterações climáticas causadas pela poluição industrial, que já prejudicou as economias rurais do continente, disseram especialistas na terça-feira (30).

Líderes africanos discutiram as alterações climáticas numa cúpula na capital etíope, concentrando-se em seu potencial para causar mortes e até conflitos. Os especialistas pediram aos líderes políticos que tomem providências agora para evitar que desastres futuros arruínem as vidas dos povos mais pobres do planeta.

A África já está sendo atingida por padrões extremos de clima e doenças causadas pelas condições climáticas."Nos últimos 30 anos observamos alguns dos piores climas e desastres, que abalam as economias africanas, pois elas são fortemente dependentes da agricultura e vulneráveis às alterações climáticas", disse Abdoulaye Kignaman-Soro, chefe do ACMAD (Centro Africano para Aplicação Meteorológica no Desenvolvimento). A desertificação contribuiu para o sangrento conflito na região de Darfur, no Sudão, em que tribos nômades que criam gado entraram em confronto com agricultores pelos recursos hídricos.
Estudos preliminares na África ocidental mostraram alguma correlação entre conflitos e alterações climáticas, embora ainda sejam necessárias mais pesquisas, disse Stephen Zebiak, diretor-geral do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI). "Quando a situação fica muito difícil, a indicação é que isso possa deflagrar outros tipos de problemas", disse Zebiak. "Os países ocidentais deveriam reduzir suas emissões. Somos as vítimas", disse a ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Nkosazana Dlamini-Zuma.
Mas, para Zebiak, os países africanos deviam tomar mais providências para se proteger contra os desastres causados por alterações climáticas, criando sistemas de alerta precoce, que poderiam evitar a fome, enchentes e epidemias de doenças provocadas por grandes flutuações do clima.

O IRI disse que a Etiópia conseguiu evitar a fome durante uma estiagem em 2003 usando um sistema de alerta que forneceu alimentos para 13 milhões de pessoas nas áreas afetadas. No sul do continente, focos de malária causados pelas chuvas podem ser amenizados com o monitoramento meticuloso da previsão do tempo, disse o instituto. "Se aprendermos melhor agora a lidar com esses desastres ... isso nos ajuda a estar preparados para o que o futuro possa trazer", disse Zebiak.

Fonte: Globo.com

Indústria do carvão deve se adaptar ao clima

Novas normas estabelecidas para reduzir as emissões forçarão mudanças. Assunto é tema de conferência em Paris

A indústria do carvão precisa se adaptar se quiser sobreviver às novas normas internacionais estabelecidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, advertem os especialistas reunidos nesta terça-feira (30) numa conferência em Cingapura. Os gases de efeito estufa, provenientes da combustão do petróleo, do gás e do carvão, são apontados, cada vez com mais certeza, como os causadores do aumento das temperaturas globais. O tema é objeto de uma conferência, em Paris, do Grupo Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne os principais especialistas no assunto, sob a égide das Nações Unidas.

O IPCC informou em 2001 que o dióxido de carbono (CO2), principal gás de efeito estufa, está em sua mais alta concentração em 420.000 anos. Diante da ameaça, "a pressão ambiental vai aumentar" sobre a indústria carbonífera, reconhece Fatih Birol, economista chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris. Mas "o carvão vai continuar sendo a fonte principal de energia pelo menos nas duas décadas seguintes", ressaltou. Conseqüentemente, a indústria do carvão não terá outra escolha a não ser "enfrentar os desafios e responder às questões ambientais que lhe são colocadas", acrescentou.
"A indústria da hulha (carvão) não pode continuar sendo espectadora do que se passa no mundo", afirmou Jeffrey Mulyono, presidente da Associação Indonésia da Hulha. "Se a indústria não aumentar seu rendimento, bem menor do que o das centrais elétricas, isto terá terríveis repercussões para ela", advertiu. O carvão satisfaz atualmente 40% das necessidades elétricas mundiais. Esta proporção deverá chegar a 45% em 2030, segundo Birol. Ao contrário do petróleo, cujas reservas estão situadas principalmente no Oriente Médio, uma região politicamente instável, o carvão está distribuído de maneira mais equilibrada através do globo, além de ter um custo atrativo. Isto faz dele uma opção de matéria-prima, em particular para países emergentes como a China ou a Índia. Mas não se pode considerar esta situação como algo imutável, advertiu Birol, lembrando o caso do gás natural, cuja demanda recuou em razão da alta dos preços.

A indústria deve aumentar seus investimentos para melhorar os rendimentos, afirmou Mulyono, citando a liqüefação do carbono, um procedimento que requer um investimento de mais de três bilhões de dólares. Mas os investidores estão reticentes em mexer nos bolsos, reconheceu o representante indonésio. "Não existe nenhuma garantia e o investimento é gigantesco", admitiu.

Fonte: Globo.com

Suíça registra temperatura recorde em janeiro

Janeiro de 2007 deve ser o mais quente já registrado em cidades suíças, informou o serviço nacional de meteorologia, apesar de uma onda de frio no final do mês. Até dia 29 de janeiro, a média de temperaturas em Zurique, Berna, Basiléia e Lugano foram significativamente maiores do que recordes anteriores, divulgou a MeteoSwiss em seu site (www.meteoschweiz.ch).

A temperatura média em Zurique em janeiro foi 4,8 graus Celsius, comparada ao recorde anterior de 3,5 graus verificado em 1993. "Embora janeiro tenha um final gelado, regiões em toda a Suíça registraram as maiores temperaturas já medidas", informou a MeteoSwiss.Apesar disso, Davos, situada a mais de 1.500 metros acima do nível do mar, teve temperatura média de 2,3 graus Celsius negativos em janeiro ante recorde anterior de maior temperatura de menos 1,7 grau registrado em 1996.

Fonte: IG

UE pressiona petrolíferas a combater aquecimento

A Comissão Européia (CE) propôs nesta quarta-feira que as companhias de petróleo reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, refino, transporte e uso de combustível, em uma nova série de normas com o objetivo de combater o aquecimento global.

As propostas têm como objetivo reduzir as emissões do "ciclo de vida" do petróleo do solo até o tanque de combustível de um veículo em 10%, no período de 2011-2020. A CE, braço executivo da União Européia, disse que a medida reduzirá as emissões em 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até 2020. Também foram propostos padrões ambientais mais rígidos para diesel e gasóleo que são comercializados nos 27 países-membros do bloco. "Esta é uma das medidas mais importantes na série de novas iniciativas que a Comissão precisa tomar para intensificar a luta contra a mudança climática global", disse em comunicado o comissário da EU para Meio Ambiente, Stavros Dimas.

O conteúdo de enxofre no diesel seria limitado a 10 partes por milhão a partir de 2009, enquanto hidrocarbonetos poliaromáticos - que causam câncer, conforme a CE - seriam reduzidos em um terço. A proposta também prevê uma nova mistura de gasolina com "maior conteúdo oxigenante permitido (incluindo até 10% de etanol)" para permitir um maior uso de biocombustíveis.
Empresas de petróleo expressaram preocupação com o fato de o mercado europeu não ter oferta suficiente de biocombustíveis para atender às novas metas e reclamaram que estavam sendo injustamente afetadas pelas novas propostas. As novas regras são parte dos esforços do bloco de atingir os objetivos previstos no Protocolo de Kyoto para reduzir a emissão de gases que, segundo cientistas, causam o aquecimento da Terra.

Fonte: Terra

Barreira de Corais morrerá em décadas

Destruição será causada pelo aumento da temperatura no planeta. Atol de corais precisa de pelo menos dez anos para se recuperar

A Grande Barreira de Coral morrerá dentro de algumas décadas por causa do aumento da temperatura no planeta, segundo a minuta de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática na Austrália, publicada nesta terça-feira (30) pelo jornal "The Age".

A descoloração dos corais, que está ligada à associação simbiótica que mantêm com algumas algas que aderem a sua superfície, se tornará um acontecimento anual a partir de 2030. Com o aquecimento do mar, as algas desaparecem, o coral perde a cor e, eventualmente, morre. O estudo indica que o atol de corais precisa de pelo menos dez anos para se recuperar, mas há previsão de altas temperaturas para as próximas décadas.

A Grande Barreira de Corais contribui para a economia australiana com cerca de 5,8 bilhões de dólares australianos por ano (US$ 4,5 bilhões). O novo ministro do Meio Ambiente australiano, Malcolm Turnbull, que assumiu o cargo hoje, disse que o Governo está administrando um plano de ação contra os efeitos da mudança climática na Grande Barreira de Corais com a autoridade marítima do parque. Este programa foi criado em julho de 2004 e aumentou a área de proteção de 4% para 33%, espaço que abrange cerca de 11 milhões de hectares.
A nova legislação proibiu a pesca e a navegação na zona protegida, e o Governo buscou fórmulas alternativas para atenuar os efeitos negativos da medida entre os pescadores e os coletores de caranguejos.

Um painel independente, formado por quatro pessoas, desenvolveu os termos de referência da legislação para que os pescadores comerciais afetados pudessem receber uma indenização ou continuar desenvolvendo seu trabalho em outros lugares. A iniciativa governamental ganhou o apoio de vários grupos ecológicos, como o WWF da Austrália, mas outros, como a Fundação Australiana para a Conservação, insistiram na necessidade de aumentar as medidas para proteger da poluição e da mudança climática estes 2.600 recifes situados ao longo de 2.000 quilômetros paralelos à costa leste de Queensland.

A Grande Barreira de Corais da Austrália, que contém a maior coleção de atóis de corais do mundo, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1981.

Fonte: Globo.com

Aquecimento elevará mortes por calor em Sydney

As alterações climáticas em Sydney vão provocar um aumento significativo na morte de pessoas com mais de 65 anos até 2050. Os dados foram divulgados em um novo relatório ambiental divulgado pela Organização da Comunidade Científica e da Pesquisa Industrial (Csiro, principal agência científica da Austrália).

O texto prevê que as mortes de idosos em decorrência do calor subirão da atual média de 176 por ano para 1.312 até 2050. "Isso pode soar como um cenário apocalíptico, mas é um que devemos controlar", afirmou o primeiro-ministro estadual Morris Iemma ao divulgar o relatório, na quarta-feira. A Austrália já sofre com o aquecimento global, enfrentando sua pior seca em 100 anos, que afeta o crescimento econômico. A Csiro disse que a temperatura máxima em Sydney deve subir 1,6ºC até 2030 e 4,8ºC até 2070, enquanto a média de chuvas em 2070 será até 40% menor. O relatório afirma que uma elevação de 1ºC na temperatura e uma redução de 5% nas chuvas já fariam com que o clima da cidade deixasse de ter características litorâneas - a população se sentiria como se morasse em uma calorosa vila rural a quase 200 quilômetros do oceano.

O aumento do nível dos mares pode provocar uma erosão costeira de até 22 metros em uma faixa de praias que vai de Collaroy a Narrabeen, ao norte de Sydney, uma orla onde atualmente há casas milionárias. Um aumento de 24% na evaporação até 2070 e um fluxo menor de água nos rios e córregos pode afetar negativamente a qualidade da água na maior cidade australiana.
Iemma disse que o relatório é "uma leitura assustadora" e pediu ao primeiro-ministro do país, John Howard, que se comprometa com leis que levem à redução das emissões de gases do efeito estufa. A Austrália não participa do Protocolo de Kyoto.
O Estado de Nova Gales do Sul, onde fica Sydney, tem a meta de usar 15% de energia renovável até 2020 e de reduzir em 60% as emissões de gases do efeito estufa até 2050. Iemma propôs a criação de um esquema nacional de comércio de créditos de carbono.

Fonte: Terra

Alta de 2º C seria incontrolável, diz ONG

Greenpeace afirma que escalada das emissões poluentes precisa ser controlada. Segundo previsões, é muito pouco provável que aquecimento fique abaixo de 1,5 ºC

O Greenpeace advertiu nesta terça-feira (30) que um aumento da temperatura da Terra superior a 2 graus centígrados tornaria as conseqüências da mudança climática "incontroláveis", o que exige a detenção rápida da escalada das emissões poluentes. A organização ecologista lançou o alerta em Paris, onde o Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) finaliza, até quinta-feira, seu relatório, no qual prevê uma alta nas temperaturas que poderia chegar a 3 graus no final do século.

A minuta do relatório do IPCC, que está sendo submetida "linha por linha" à aprovação das delegações governamentais, e que é fruto do compêndio dos estudos científicos sobre a mudança climática até agora, calcula que o aquecimento poderá variar entre 2 e 4,5 graus, com um cenário central de 3 graus.
Em seu último relatório, de 2001, o IPCC tinha estabelecido uma margem menos precisa, segundo os diferentes cenários, com um aquecimento que ficaria entre 1,4 e 5,8 graus no final do século. De acordo com as previsões atuais, que vazaram à imprensa nas últimas semanas, e levando em conta que a alta foi de 0,74 grau em um século (em 2001 o número era de 0,6), é muito pouco provável que o aquecimento fique abaixo de 1,5 grau, e "os valores significativamente superiores a 4,5 graus não podem ser excluído". Os 3 graus seriam conseqüência de uma concentração de 550 partículas de dióxido de carbono (CO) na atmosfera por milhão, enquanto o nível anterior à Revolução Industrial era de cerca de 170 partículas de CO por milhão.

Atualmente, a concentração já está acima das 380 partículas de CO milhão, e estima-se que um nível de 400 partículas levaria a uma alta de 2 graus na temperatura global. Acima desse aumento, "corre-se o risco de que a escalada seja incontrolável", assim como a "espiral" de efeitos sobre o meio-ambiente e sobre a vida das comunidades humanas, assinalou à Efe Latetitia de Marez, do Greenpeace.

Fonte: Globo.com
O número de 2 graus como teto admissível, que é objeto de um grande consenso entre os cientistas, e que foi usado pela Comissão Européia para fixar os objetivos de redução de emissões nas próximas décadas, deve se transformar em um "padrão internacional" para as futuras negociações sobre a luta contra a mudança climática, ressaltou Marez.

na atmosfera em 400 partículas porPara estabilizar a concentração de CO milhão, seria necessário cortar as emissões em 50% até 2050, o que, segundo o Greenpeace, poderia ser obtido investindo fortemente em fontes energias renováveis, aliadas a medidas de eficiência energética, sem que isso prejudicasse um "progresso regular" do desenvolvimento econômico.

Segundo a minuta do relatório do IPCC, que será apresentada na sexta-feira, uma das conseqüências do aquecimento previsto seria uma alta do nível do mar entre 28 e 43 centímetros no final do século, uma margem muito mais estreita que a apresentada em 2001 (de 9 a 88 centímetros).

O resumo do texto destinado aos responsáveis políticos, de 14 páginas, não sofreu mudanças significativas ontem, no primeiro dia de análises. Porém, amanhã será feita a análise da parte mais sensível, e algumas fontes indicaram que "podem ocorrer tentativas por parte de alguns países" de exercer pressões políticas, como os Estados Unidos fizeram no passado.

Pressões que poderiam buscar modificar as margens das previsões, e particularmente, utilizar margens mais amplas, que dessem a impressão de grande incerteza sobre o aquecimento, para diminuir a ênfase da mensagem política do relatório.

Nova York sofre "epidemia de diabetes"

Aproximadamente 12,5% dos nova-iorquinos sofrem com a doença. Na origem do problema está a obesidade

Aproximadamente 12,5% dos nova-iorquinos sofrem de diabetes, uma taxa duas vezes mais elevada que 10 anos atrás, e um terço deles desconhecem o problema, advertiu nesta terça-feira (30) o serviço sanitário da cidade. Setecentas mil pessoas são afetadas pela doença e mais de 200.000 desconhecem o problema, avaliaram as autoridades com base em projeções, falando de uma "epidemia crescente". Deste total, mais de 100.000 têm "um alto risco de (desenvolver) complicações graves", como problemas cardíacos, cegueira ou amputações, devido a uma diabetes mal controlada.

Em grande parte, na origem do fenômeno está o sempre crescente problema da obesidade.
"Em Nova York, a saúde melhora segundo a maioria dos critérios, mas as epidemias de obesidade e diabetes acumuladas se agravam a cada ano", constatou o médico Thomas Frieden, chefe do serviço de saúde da cidade, lembrando que a doença pode ser controlada com a ajuda de um estilo de vida saudável e medicamentos. Mais de 2.000 nova-iorquinos selecionados ao acaso participaram do estudo, baseado em entrevistas individuais e exames médicos. Até agora, os estudos consistiam de simples entrevistas por telefone.

Em todo o país, estima-se que 10,3% dos americanos sofram de diabetes, um percentual que inclui o cálculo da quantidade de pessoas não diagnosticadas com a doença.

Fonte: Globo.com

MMA atua na formação de extensionistas como educadores agroflorestais do cerrado

Encontra-se em desenvolvimento o segundo módulo do curso Formação de Extensionistas como Educadores Agro-florestais do Cerrado. A iniciativa é uma parceria da Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e o Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Participam 40 técnicos extensionistas e educadores ambientais de 12 estados do Cerrado: Bahia, Maranhão, Pará, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Ao todo, são dezesseis mulheres e 24 homens atuando em órgãos estaduais de assistência técnica e de extensão rural; em prefeituras municipais; cooperativas que atuam em projetos assentamento; institutos; organizações não governamentais; federação e sindicato de trabalhadores.

O primeiro módulo do curso foi realizado em Alto Paraíso de Goiás (GO), em novembro de 2006. Foram 40 horas presenciais, nas quais se abordou os temas: Conflitos socioambientais no Cerrado; Dinâmica e funcionamento desse Bioma; Sustentabilidade; Agro-extrativismo; Conceitos em agroecologia e agroflorestas; Reflexão sobre a atuação do extensionista como educador agro-florestal do Cerrado.
No segundo módulo, os participantes estão formulando e desenvolvendo seus projetos de intervenção educacional, sob orientação de servidores do MMA, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "Os trabalhos de intervenção se constituem num dos principais, eixos de aprendizagem dos participantes, por meio do qual associam teoria e prática com ações concretas e constroem conhecimento a partir de suas realidades profissionais", disse Maurício Marcon, assessor técnico da Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro).

O curso está sendo desenvolvido junto a assentados de reforma agrária, grupos de jovens, grupos de mulheres, comunidades indígenas, comunidades quilombolas, escolas agrotécnicas, escolas família agrícolas, e conselhos municipais. Entre as "cadeiras" ensinadas, estão: mobilização social; Implementação de Agroflorestas com fins de Segurança Alimentar, Geração de Renda e/ou Recuperação Ambiental de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e reservas legais (RL); implementação de quintais agro-florestais; mapeamento de experiências; articulação institucional em prol do desenvolvimento rural sustentável; produção de indicadores, monitoramento e avaliação de agroflorestas e de programas educacionais; agro-extrativismo e beneficiamento de frutos do Cerrado como Baru e Buriti.
Como suporte para essa aprendizagem está sendo feito uso da plataforma a distância e-ProInfo, do Ministério da Educação, que possibilita a interação entre cursistas, orientadores e docentes, por meio das ferramentas bate-papo, fórum e bibliotecas virtuais. No Fórum, estão sendo discutidos assuntos como: adequação ambiental e o uso de agroflorestas para recuperação de APPs e RLs; aspectos econômicos das agroflorestas; sucessão vegetal; o papel educador do extensionista rural; e conflitos socioambientais no Cerrado.

O terceiro módulo será presencial e ocorrerá em março, quando serão aprofundados temas de interesse dos participantes, que estão sendo produzidos sobre suas práticas de intervenção; será "trabalhada" a organização da rede de extensionistas e agricultores educadores agro-florestais do Cerrado, na perspectiva de organizar a continuidade e a ampliação desse processo formativo.

Fonte: MMA

Excesso de zelo contra malária causa febre

Brasileiros e americanos fazem descoberta que pode aliviar sintomas da infecção. Inflamações características da doença podem vir de defesa excessiva do organismo

Marília Juste

A febre e as inflamações típicas da malária podem ser resultado de uma resposta exagerada do sistema de defesa do nosso organismo. Na ânsia de nos defender, ele peca pelo excesso de zelo e mais atrapalha do que ajuda. A descoberta, feita por um grupo de cientistas brasileiros e americanos, pode resultar em uma maneira de aliviar os sintomas da doença.

Curar a malária é possível, mas, devido à resistência do parasita aos medicamentos, fazer isso tem sido cada vez mais difícil, e caro. A luta contra a doença esbarra ainda em outro empecilho: ela é negligenciada pelas grandes companhias farmacêuticas por afetar principalmente pessoas pobres de países de terceiro mundo, que não têm dinheiro para gastar com remédios. Enquanto a pesquisa não avança mais, o grupo de cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos, acredita que vai poder, em breve, ao menos aliviar o sofrimento de quem tem a doença. “Estamos ainda em um estágio bastante inicial e não queremos gerar um grande entusiasmo”, afirmou ao G1 o brasileiro Ricardo Gazzinelli, da UFMG e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de Belo Horizonte. “Mas acreditamos que isso vai ser possível no futuro.” Gazzinelli e a também brasileira Daniella Bartholomeu fizeram parte do grupo liderado pelo americano Douglas Golenbock e seu trabalho aparece na edição desta semana da revista “PNAS”, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

A missão do grupo era identificar qual área do nosso sistema de defesa é responsável por dar o alerta de que um protozoário causador da malária invadiu o organismo e exatamente qual parte do parasita era detectada por esse sistema. Ao responder as duas perguntas, eles descobriram que uma falta de regulagem nesse “alarme” era a culpada por alguns dos sintomas da doença. A região é ativada quando um composto, produzido pelo protozoário quando ele se alimenta dos glóbulos vermelhos do nosso sangue, é detectado. Ao entrar em ação, no entanto, ele vai um pouquinho além da conta e acaba causando os calafrios e febre intensos que são característicos da malária. “O papel desses receptores que dão o primeiro alerta no caso de infecções tem sido bastante estudado. Nós demos um verdadeiro salto na pesquisa na área desde que eles foram identificados. No entanto, seu papel na infecção pelo parasita da malária ainda é muito pouco estudado”, explica Gazzinelli. Agora, o brasileiro está envolvido no próximo passo do estudo.

Descobrir se existe uma maneira de diminuir o efeito desse sistema para que pacientes com a doença não sofram com esses sintomas. “Acreditamos que é possível fazer isso sem comprometer o combate do organismo ao parasita, porque essa parte do sistema de defesa só atua na detecção e no aviso da infecção”, afirma. Os resultados, no entanto, ainda vão demorar alguns anos antes de chegar aos pacientes.

Fonte: Globo.com

Governo e sociedade definirão bases de "alerta precoce de seca"

As bases conceituais para a elaboração da proposta do Sistema Brasileiro de Alerta Precoce de Seca e Desertificação serão definidas durante workshop nos dias 8 e 9 de fevereiro próximo, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

O sistema será elaborado levando-se em conta exigências da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e prioridades estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca (PAN-Brasil). A organização é do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do INPE. Participarão do evento especialistas dos Ministérios do Meio Ambiente, da Integração Nacional, da Ciência e Tecnologia, do Planejamento e da Agricultura, alem de representantes do IBGE, do Banco Mundial, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e dos Institutos Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e Nacional de Meteorologia.

Fonte: MMA

Maconha será testada contra a obesidade

A empresa britânica GW Pharmaceuticals Plc disse hoje que pretende começar a testar, em seres humanos, um remédio experimental derivado da maconha para combater a obesidade.
A droga vem associada, freqüentemente, com um efeito de estímulo da fome. E várias empresas, como a Sanofi-Aventis, desenvolvem novos medicamentos para tentar desligar os circuitos cerebrais responsáveis pela sensação de fome quando alguém consome maconha.

A GW Pharma, no entanto, afirma que conseguiu elaborar um remédio derivado da própria maconha e capaz de contribuir para eliminar a fome. "A planta da maconha possui 70 tipos diferentes de canabióides e cada um produz um efeito diferente no corpo", afirmou à Reuters o diretor gerente da GW, Justin Gover. "Alguns conseguem abrir o apetite das pessoas, e alguns, presentes na mesma planta, conseguem tirar o apetite das pessoas. Isso é incrível, tanto do ponto de vista comercial quanto do ponto de vista científico", afirmou, em uma entrevista concedida por telefone.

A empresa disse que pretende dar início aos testes clínicos com seu novo medicamento na segunda metade deste ano. Os remédios precisam ser submetidos a três estágios de testes em seres humanos antes de serem avaliados por agências reguladoras. O processo pode demorar vários anos até ser concluído.
O Acomplia, da Sanofi-Aventis (que prevê faturar US$ 3 bilhões anuais com a venda do medicamento), já está disponível na Europa. A agência reguladora dos EUA deve divulgar seu parecer sobre o remédio em abril. Várias outras empresas farmacêuticas possuem medicamentos semelhantes ao Acomplia sendo testados clinicamente.

Fonte: Terra

Príncipe William pode ir morar em um palácio ecológico na Cornualha

A Casa Real britânica já obteve as permissões para a construção de um palácio ecológico no ducado da Cornualha, no sudoeste da Inglaterra, que poderia ser a primeira residência oficial do príncipe William.

Segundo a edição de hoje do jornal "The Daily Telegraph", a mansão, que começará a ser construída no final deste ano, será erguida respeitando rígidos parâmetros ecológicos e terá seis quartos, uma capela, um reservatório de água de chuva e estábulos.Um porta-voz do príncipe Charles disse que a mansão eco-sustentável se destinaria ao mercado de aluguel, sem indicar a quem seria oferecida, mas fontes da família real asseguraram ao jornal que será William o morador da residência.

O terreno situado em Harewood Park, um vale próximo à fronteira com Gales, teve sua superfície reduzida pelos arquitetos do palácio de 1.384 a 790 metros quadrados para aumentar a eficiência energética da construção, que contará com seis cômodos no primeiro andar e seis quartos no segundo, sendo cinco suítes, assim como uma cozinha, uma sala de estar e uma biblioteca. Com um sistema de placas solares que fornecerão 40% da energia do sítio, o palácio terá um teto de quadros-negros e componentes de cinza vulcânica nas paredes, feitas de tijolos e pedra extraída de uma pedreira próxima.O componente mais atrativo da casa será a entrada principal, que contará com oito colunas inspiradas no templo grego de Telesterion e arcadas edificadas com o estilo do Arco do Triunfo, de Paris.Desenhada pelo arquiteto Craig Hamilton, a mansão faz parte da renovação de todo um terreno de 3.645 metros quadrados que o ducado da Cornualha adquiriu em 2000.

Fonte: IG

Anvisa suspende venda do remédio Ponstan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição, comércio e uso do Ponstan, remédio do laboratório Pfizer. A droga é indicada principalmente para artrite reumatóide, dor muscular e cefaléia.

De acordo com a decisão, publicada anteontem no Diário Oficial da União, o remédio estava sendo produzido “em desacordo com o método de fabricação aprovado”. O remédio, antes produzido pelo laboratório Aché, passou a ser feito pela Pfizer. Em setembro, a Anvisa detectou que a forma de preparo do Ponstan havia mudado sem prévia autorização. Na época, a agência determinou que o laboratório fizesse um esclarecimento sobre as novas técnica de preparo. Em novembro, a Pfizer enviou à Anvisa as informações solicitadas. No entanto, não esperou o parecer da Anvisa para retomar a produção. Por medida de segurança, a agência decidiu suspender o comércio e a produção.A medida da Anvisa é cautelar. Se, depois da análise, técnicos perceberem que a produção está de acordo com as normas de segurança, o remédio será novamente liberado.

Em nota, o diretor médico da Pfizer, João Fittipaldi, declarou ontem que a empresa “foi informada pela Anvisa que a suspensão tem como base questões administrativas e não relacionadas à qualidade do produto”.

Fonte: Agestado

Tartarugas ameaçadas são apreendidas na Tailândia

Tartarugas da espécie conhecida como "star turtle" foram apreendidos no sul da Tailândia

Cerca de mil exemplares de uma espécie de tartaruga conhecida como "star turtle" (tartaruga stellata) foram apreendidos em uma mala durante uma inspeção de rotina no sul da Tailândia.

A "star turtle" (tartaruga estrelada, em inglês) é uma das espécies ameaçadas de extinção. Os animais apreendidos na Tailândia eram provenientes da Índia e foram apresentadas à imprensa na manhã de hoje.


Fonte: Terra

Nigéria registra primeira morte por gripe das aves

Uma mulher nigeriana que morreu com sintomas de gripe aviária estava mesmo contaminada com o vírus H5N1, de acordo com testes realizados, disse hoje o ministro de Informações, Frank Nweke. Esta foi a primeira morte por gripe aviária registrada em um país da África Ocidental.

A mulher que morava em Lagos, capital econômica nigeriana, é a primeira vítima humana do vírus notificada na África subsaariana, após a doença mortal ter sido encontrada em aves da Nigéria em fevereiro do ano passado. "Ontem à noite, nossa equipe de 13 cientistas pôde identificar conclusivamente o caso de gripe aviária em uma mulher de 22 anos que morreu em Lagos", informou Nweke, durante uma coletiva de imprensa. A mulher foi uma das 14 pessoas examinadas, três delas mortas. Os testes das amostras recolhidas foram concluídos na terça-feira. As amostras serão enviadas a laboratórios internacionais para confirmação.

A Nigéria é um dos três países considerados por especialistas como área problemática para o combate mundial ao avanço do vírus. A gripe aviária já matou pelo menos 164 pessoas no mundo todo desde que reapareceu na Ásia em 2003, de acordo com os números mais recentes da Organização Mundial de Saúde.

Fonte: Terra

Risco de epidemia de gripe aviária permanece

Afirmação é do maior especialista no assunto da China. No entanto, ele afirma que mortes não serão tantas como as da gripe espanhola

Diante da menor incidência da gripe aviária na China neste inverno (hemisfério norte), o maior especialista da doença no país advertiu que "ainda há risco de epidemia" em nível mundial, mas previu que, se ocorrer, "não será tão catastrófica como a gripe de 1918", que matou 30 milhões.

O diretor do Instituto de Doenças Respiratórias de Cantão (sul da China), Zhong Nanshan, disse que o período de maior influência da gripe aviária será em fevereiro, por isso o país iniciou um mecanismo de controle de possíveis focos em animais e humanos. "O risco ainda existe, e ninguém pode prever como chegará", disse o médico, citado pelo jornal "South China Morning Post".
Zhong, também conhecido por sua luta contra a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) em 2003, recomendou que os pacientes suspeitos de gripe aviária sejam tratados com antibióticos durante dois dias e façam testes se não mostrarem melhora, em vez de isolá-los já no início. Também recomendou administrar Tamiflu a pacientes suspeitos que tenham tido contato com animais, sem esperar exames confirmem que são portadores do vírus H5N1.
A China está há mais de quatro meses sem registrar casos de gripe aviária em animais, mas houve vários focos em países próximos, como Coréia do Sul e Japão. Além disso, em dezembro, um agricultor da província chinesa de Anhui contraiu o variante H5N1 do vírus, segundo o Ministério da Saúde chinês informou um mês depois.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), presidida desde este ano pela chinesa Margaret Chan, teme que, se não houver controle, a gripe aviária se transforme em uma pandemia mundial similar a que assolou o mundo em 1918, conhecida como "gripe espanhola". No entanto, o doutor Zhong disse que não espera que o H5N1 alcance os níveis de mortandade daquela epidemia, já que, "naquela época, não era possível fazer nada, enquanto agora sabe-se melhor como prevenir e isolar os vírus". "É possível fazer exames seqüenciais em 48 horas, e fabricar vacinas em três meses", acrescentou.

Fonte: Globo.com

Conjugado para diagnóstico da raiva produzido no Rio pode substituir importação




Técnica rápida de inibição de focos fluorescentes
As células infectadas pelo vírus da raiva são reveladas pelo conjugado (Foto: Wildeberg Moreira)

Isis Breves

A raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da doença, principalmente por mordidas de animais domésticos, ou seja, de cães e gatos infectados e por morcegos que mantêm o ciclo silvestre da doença. Apresenta letalidade de 100% e um alto custo na prevenção de pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer.

O veterinário Wildeberg Cál Moreira, do Centro de Criação de Animais do Laboratório (Cecal), uma unidade da Fiocruz, comprova na dissertação de mestrado Avaliação da profilaxia contra o vírus da raiva pelas técnicas de contraimunoeletroforese e rápida inibição de focos fluorescentes um novo método para validar a vacina anti-rábica. A técnica utiliza um conjugado produzido pelo Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio de Janeiro, cujo custo é bem menor e que tem um rendimento cinco vezes maior que o importado utilizado no mercado para testar se a pessoa que foi vacinada contra o vírus da raiva está realmente protegida. “Na minha pesquisa de mestrado eu usei o mesmo reagente que revela a presença do antígeno do vírus da raiva no diagnóstico da doença em soros humanos”, explica Moreira, responsável pelo Pavilhão de Animais de Médio e Grande Porte do Cecal.

Segundo o veterinário, suas pesquisas tiveram um resultado positivo, podendo ser usadas para testar soros humanos que receberam a vacina anti-rábica, verificando se estão respondendo ou não à profilaxia realizada. “Essa tecnologia de produção do conjugado pode ser usada não só para a produção de kits de diagnóstico da raiva mas também, de acordo com minha dissertação, para analisar soros que receberam a vacina. No caso do Cecal, essa mesma tecnologia poderá ser usada para produção de kits de diagnóstico para viroses de camundongos, o que reduziria os custos no controle de qualidade das colônias SPF (especific pathogen free) – animais livres de germes patogênicos”, ratifica Moreira.

A pesquisa foi iniciada no ano de 2000, quando o veterinário ainda trabalhava no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, na área de diagnóstico de raiva. “Na época, o conjugado era até então usado apenas para diagnosticar a doença. Depois comecei a fazer testes para comprovar que o mesmo conjugado produzido in house, o qual é mais barato e rende cinco vezes mais, poderia ser usado também para validar os esquemas profiláticos contra a doença. Para produzir esses conjugados, a Secretaria Estadual de Saúde comprou os equipamentos necessários, permitindo utilizar a tecnologia citada”, detalha o veterinário, que também é responsável no Cecal pela manutenção de cabras hiperimunizadas para atender ao programa de produção de kits e insumos de diagnóstico para HIV, leishmaniose e doença de Chagas.

Em 2005, o Ministério da Saúde gastou cerca de R$ 66,4 milhões com ações da vigilância epidemiológica contra raiva. Tais recursos foram empregados para medidas como a promoção de campanhas de vacinação. “O vírus da raiva é mortal, tanto para o homem quanto para os animais. Por isso, é importantíssimo levar seu animal de estimação para ser vacinado contra a doença. A vacina é gratuita e aplicada no Instituto Jorge Vaitsman, no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso ou durante as campanhas de vacinação animal. Quando alguém for agredido, mordido ou arranhado por animais potencialmente transmissores, é recomendável procurar o pólo de tratamento anti-rábico humano – posto de saúde – mais próximo para avaliar a necessidade de vacinação”, alerta Moreira.

Fonte: Fiocruz

Plástico de mandioca

Amostra do filme plástico biodegradável desenvolvido na Poli-USP. O extrato de repolho roxo faz com
que a embalagem mude de cor de acordo com a variação do pH (foto: divulgação)

Fábio de Castro

Pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um filme plástico à base de amido de mandioca e açúcares. Projetado para ser utilizado em embalagens, o plástico é biodegradável, comestível, tem propriedades antibacterianas e pode mudar de cor de acordo com o estado de conservação do produto.
A novidade ainda está em fase de desenvolvimento, mas pode ser uma alternativa para um grave problema ambiental. O Brasil consome cerca de 4 milhões de toneladas de plástico anualmente e recicla apenas 16,5% desse total, de acordo com a Associação Brasileira de Embalagens. Um terço corresponde ao plástico filme e dois terços ao plástico rígido. A estimativa para a decomposição desses materiais no ambiente é de cerca de cem anos.
Além da redução de lixo, por ser biodegradável, a invenção poderá reduzir os conservantes sintéticos dos alimentos, devido à ação antimicrobiana.

O produto começou a ser desenvolvido em 2004, na USP, pela pesquisadora Pricila Veiga dos Santos, que criou os filmes à base de mandioca e açúcares. Há um ano, o projeto foi assumido pela engenheira química Cynthia Ditchfield, do Laboratório de Engenharia de Alimentos do Departamento de Engenharia Química da Poli, que aprimorou as pesquisas de Pricila.
Cynthia faz parte de uma equipe supervisionada pela professora Carmen Tadini. O projeto tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa. Cynthia contou com uma bolsa de pós-doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação.

A busca de um polímero natural biodegradável é uma tendência mundial. “Utilizamos o amido de mandioca como base com a intenção de agregar valor, uma vez que o Brasil é o segundo maior produtor mundial do tubérculo”, disse Cynthia à Agência FAPESP.
De acordo com a pesquisadora, o novo plástico filme possibilitará a fabricação de embalagens ativas que, além de proteger, interagem com o produto, agregando novas utilidades. Um exemplo é a ação antimicrobiana. “Adicionamos ao material da embalagem produtos como cravo e canela, que são antimicrobianos naturais. O resultado é um aumento da vida útil do produto na prateleira”, explicou.



Indicador de acidez

Outra característica ativa da nova embalagem é a indicação de acidez. Segundo Cynthia Ditchfield, muitos alimentos, quando se deterioram, sofrem alterações no pH, que fica mais ácido. Em contato com o alimento, o plástico muda de cor, indicando se as condições estão boas.
“O indicador de pH pode dar segurança ao consumidor de que o produto não está estragado ou passou por más condições. A embalagem também pode indicar, por exemplo, se um produto está em boas condições, ainda que a validade tenha expirado”, explicou.
Para a mudança de cor da embalagem, os pesquisadores utilizaram extratos naturais de repolho roxo, uva e cereja. “São pigmentos do grupo das antocianinas, que mudam de cor com o pH”, disse. O repolho foi o mais eficiente nos testes, mas a uva seria interessante para possibilitar uma nova destinação para as sobras da fabricação de vinho. “Fizemos testes com resíduos de vinícolas e eles foram bem satisfatórios.”

Cynthia explica que a matéria-prima utilizada na embalagem é barata, mas que não há ainda estimativas se o produto será mais caro do que os plásticos convencionais. A definição dependerá do processo industrial que for adotado. “Ainda precisamos desenvolver a embalagem, principalmente em relação à barreira de umidade e à função antimicrobiana. Faltam testes de aplicação e melhoramento. Depois disso, será preciso projetar a produção industrial”, disse.
Para a pesquisadora, o produto deverá chamar a atenção da indústria após a fase de testes preliminares. “Todos os elementos utilizados no produto – a mandioca, a sacarose e os compostos antimicrobianos – são produzidos e exportados pelo Brasil. A idéia é agregar valor a produtos nacionais”, afirmou.



Fonte: Agência Fapesp

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Fiscalização fecha dois postos de combustível

Juiz de Fora

Dois postos de combustível de Juiz de Fora não atenderam às exigências da legislação ambiental e, por isso, foram fechados durante vistoria do Departamento de Fiscalização Ambiental da Prefeitura.

A localização e a data de fechamento dos postos não foram divulgadas pela Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (Agenda-JF), para garantir o sigilo dos autuados, até que haja julgamento dos casos. Outros dois estabelecimentos foram autuados por infrações leves. Eles têm prazo de 30 dias para se adequar à lei. Os valores das multas devem ser definidos somente após julgamento dos autos de infração. Desde o início de janeiro, 14 postos foram vistoriados na região central da cidade. A expectativa é de que os 108 postos com licenciamento ambiental, expedidos pela Fundação Estadual de Meio Ambiente, sejam vistoriados. Segundo a Agenda- JF, não há cronograma determinado para cada local.

Durante as vistorias nos postos, é feita a conferência da documentação e da adequação às resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Condições dos equipamentos, como tanques, bombas, caixa separadora de água e óleo, também são avaliados.

Fonte: Jornal Panorama

Lobos são retirados da lista ameaçadas nos EUA

As autoridades americanas anunciaram nesta segunda-feira que retiraram os lobos da lista de espécies ameaçadas em três Estados e anteciparam que estenderão a medida para outras regiões, onde a caça destes animais seria possível pela primeira vez em décadas.

O diretor do serviço americano de pesca e caça, Dale Hall, afirmou que esta decisão é resultado do sucesso do plano de reintrodução dos lobos que estiveram ameaçados de extinção nos EUA. "Estamos muito orgulhosos de anunciar que os lobos já não estão mais em perigo", informou Hall, em teleconferência.

A decisão põe fim à proteção federal de 4 mil lobos em Michigan, Minnesota e Wisconsin (norte), e pode se estender a outros 1,2 mil animais da mesma espécie em Idaho, Montana e Wyoming (noroeste). As ações para proteger os lobos nos estados do norte serão suspensas em algumas semanas e, nas zonas do noroeste, no mais tardar em um ano, quando a caça deve ser considerada, de novo, tecnicamente legal, completaram as autoridades.

Fonte: Globo.com

Coquetel reduz tumor de mama em roedores

Combinação de remédio com neutralizador de hormônio chegou a eliminar câncer. Em média, tumores encolheram 97%; mais testes são necessários em humanos.

Uma terapia que combina um remédio anticancerígeno e uma substância que neutraliza um hormônio reduziu muito o câncer de mama em camundongos, suprimindo totalmente o tumor em alguns casos, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos nos Anais da Academia Americana de Ciências.

Os autores do estudo, entre eles Andrew Schally, do Centro Médico do Sul da Flórida, desenvolveram uma substância chamada JMR-132, que neutraliza o hormônio de crescimento celular GHRH. Aparentemente, o GHRH desempenha um papel chave no crescimento dos tumores. Utilizado sozinho, o JMR-132 permitiu reduzir o volume dos cânceres de mama nos camundongos estudados em 63% em média, depois de três semanas, enquanto o anticancerígeno docetaxel provocou uma diminuição média de 74% no mesmo período. Mas o coquetel JMR-132/docetaxel provocou uma redução média de 97% dos tumores depois de três semanas, afirmaram os pesquisadores. O tumor desapareceu totalmente em alguns roedores tratados com o coquetel. Segundo os cientistas, a combinação JMR-132/docetaxel, que não teve efeito tóxico nem provocou efeitos colaterais graves, pode se tornar um tratamento promissor contra o câncer em humanos.

O docetaxel, cujo nome comercial é Taxotere, já foi aprovado nos Estados Unidos e na Europa para o tratamento de câncer de mama, gástrico, de pulmão, de próstata, bem como de cabeça e de pescoço. Ele age bloqueando a divisão celular.

Fonte: Globo.com

Controle biológico




Murilo Alves Pereira



Os pequenos agricultores do oeste do Paraná ganharão um reforço no combate às pragas de suas plantações. Trata-se de um laboratório de fungos entomopatogênicos (provocam doenças em insetos) que será construído até o fim do ano em Cascavel, a 500 quilômetros de Curitiba.
Coordenada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a produção dos fungos para controle biológico deverá suprir a demanda dos produtores de cultivos orgânicos e agroecológicos, que não utilizam agrotóxicos para eliminar insetos parasitas. “Muitos agricultores paranaenses compram esses fungos em São Paulo”, disse Luís Francisco Angeli Alves, professor da Unioeste e coordenador do projeto, à Agência FAPESP. Segundo ele, recursos para a iniciativa serão liberados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) até o fim de março, quando serão iniciadas as obras. A distribuição terá preço de custo.

O novo laboratório deverá seguir o mesmo sistema de produção dos existentes no estado de São Paulo, usando o arroz para cultivar os microrganismos. Serão produzidos os fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana, que atacam parasitas como ácaros, gafanhotos, broca-do-café, mosca branca, tripés e cigarrinhas da cana-de-açúcar e de pastagem. A prática de controle biológico é antiga no Brasil. Na década de 1960 já se utilizava o M. anisopliae no combate a cigarrinhas da cana-de-açúcar no Nordeste. Segundo Alves, trata-se de boa saída para pequenos agricultores do oeste paranaense, que cultivam produtos como mandioca, algodão, café e hortaliças.

Para o coordenador do projeto, há grandes vantagens no controle biológico em relação ao uso de agrotóxicos, sendo a principal delas o aspecto ambiental. “A aplicação dos fungos não deixa resíduos, não provoca o crescimento de populações de pragas resistentes e preserva a fauna e a flora”, disse.
Uma série de análises em laboratório foi feita para avaliar se, por exemplo, os fungos não atingiriam outras populações de insetos não parasitas de plantas. Alves cita um trabalho com o inseto "benéfico" do gênero Trichogramma, que ajuda a combater pragas atacando os ovos de parasitas. “Deixamos esses insetos expostos a ovos com e sem fungo. Não houve seleção dos ovos e os insetos que entraram em contato com os fungos não morreram”, contou. Isso pode ser explicado pelo fato de cada fungo atacar um inseto específico. Baixo impacto

De acordo com Miguel Michereff Filho, do Laboratório de Fungos Entomopatogênicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os fungos cultivados em laboratório têm curta sobrevivência no meio ambiente, por isso não podem causar epidemias sucessivas em insetos não parasitas. “Os fungos passam a sofrer forte ação da radiação ultravioleta e competição com os microrganismos nativos. Diversos fatores ambientais impedem seu estabelecimento no ambiente”, resumiu Michereff. O agrônomo da Embrapa explica que a contaminação dos predadores naturais das pragas pelos fungos também não se comprova em campo. Além disso, não há relatos de mortes em massa dos inimigos naturais da praga (predadores ou parasitóides), por conta da eliminação de seu alimento.

Segundo Alves, da Unioeste, a natureza já é alterada quando é feito uso agrícola de uma área – o aumento do número de pragas e de seus predadores são conseqüência dessa alteração. “Mas comparado com o inseticida químico, o impacto é bem menor quando se utiliza o produto biológico”, disse.
Sobre a presença de resíduos, o biólogo explica que é grande o problema da contaminação de corpos d’água por agrotóxicos, o que não ocorre com o uso de fungos, cujo tempo de vida é bem menor. Não há ainda problemas à saúde do produtor e dos consumidores.
Entre os fatores negativos do controle biológico, Alves destaca o custo mais elevado e a necessidade de maior cuidado com a aplicação, dependendo da hora do dia, do tamanho da área e da quantidade de insetos. “A proposta é fazer um treinamento com produtores e acompanhar a aplicação dos fungos”, explicou.
A especificidade dos fungos também obriga o produtor a aplicar para cada problema uma determinada alternativa. “No caso da cana-de-açúcar, as cigarrinhas são controladas pelo M. anisopliae, mas a broca não. Na cultura do café, o fungo B. bassiana combate a broca, mas não é eficiente contra a cigarra ou a cochonilha”, disse.



O próximo passo da equipe da Unioeste é ampliar as pesquisas para a produção da bactéria Bacillus thuringiensies, cujas variedades podem atacar o pernilongo urbano, muito comum em lagoas em decantação, e algumas espécies de lagartas. No campus da universidade em Marechal Cândido Rondon, insetos parasitóides como o Trichogramma pretiosum e o Trissolcus basalis já são usados no controle de lagartas e percevejos.



Fonte: Agência Fapesp

Cientistas recriam metabolismo em laboratório

Pesquisadores nos Estados Unidos anunciaram a criação de um "modelo virtual" de todas as reações bioquímicas que ocorrem nas células humanas. Eles esperam que o modelo de computador permita aos cientistas tentar interferir nos processos metabólicos para encontrar novos tratamentos para problemas como colesterol alto.

O modelo também pode ser usado para elaborar dietas sob medida para o controle de peso, de acordo com a equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia. O trabalho foi divulgado pela publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Uma equipe de seis especialistas em Bioengenharia da Universidade da Califórnia analisou o genoma humano para verificar a correspondência entre genes e processos metabólicos, para saber, por exemplo, quais são os responsáveis pela produção de enzimas.

Banco de dados

Os cientistas passaram um ano pesquisando 1,5 mil livros, relatórios científicos e publicações especializadas dos últimos 50 anos antes de construir um banco de dados com 3,3 mil reações metabólicas. As informações foram usadas posteriormente para criar uma rede de processos metabólicos na célula, de maneira semelhante a uma rede de tráfego.
O chefe do estudo, Bernhard Palsson, disse que a rede pode ser usada para que se verifique o que acontece se um certo medicamento for usado para alterar uma reação metabólica específica como, por exemplo, a síntese do colesterol. Ela poderia também ser usada para prever o que acontece caso se interfira em uma reação metabólica em um tipo específico de célula, do sangue ou do coração, por exemplo. E, eventualmente, o modelo pode ser usado para criar uma rede individual para uma pessoa. "A nova ferramenta que nós criamos permite aos cientistas realizar testes com um sistema metabólico virtual de formas que eram, até agora, impossíveis, e para testar as previsões do modelo em células verdadeiras", disse Palsson, professor de Bioengenharia e Medicina.

Anemia

Reações metabólicas em células incluem as que convertem fontes de alimento como gorduras, proteínas e carboidratos em energia para fabricar outras moléculas usadas pelo organismo. Há centenas de doenças humanas resultantes de problemas metabólicos.
Um exemplo é a anemia hemolítica, em que há uma destruição prematura dos glóbulos vermelhos circulantes. Para testar o modelo de computador, a equipe realizou 288 simulações diferentes, como a síntese dos hormônios, testosterona e estrogênio, e o metabolismo da gordura da dieta.
Anthony Wierzbicki, especialista em Medicina Laboratorial do Hospital St. Thomas, na Grã-Bretanha, realizou muitas pesquisas sobre o papel do colesterol nas doenças cardíacas. "Esta é potencialmente uma ferramenta interessante para investigar o metabolismo do qual a bioquímica do colesterol faz parte", afirmou. Mas Wierzbicki acrescentou que o modelo terá que ser "sofisticado" o suficiente para prever o que acontece na produção e destruição do colesterol, assim como a forma com que é absorvido no aparelho digestivo, pois os dois elementos estão ligados.

Fonte: Terra

Pesquisadores tentam salvar o diabo da Tasmânia


Pesquisadores australianos estão tentando salvar o diabo da Tasmânia, ameaçado de extinção desde a descoberta da letal e misteriosa Doença do Tumor Facial do Diabo (DFTD), que já matou 50% da população conhecida de 160 mil exemplares da espécie.

O Santuário Currubin, na Costa Dourada, Austrália, vai empreender um programa de reprodução em cativeiro. No entanto, alguns especialistas duvidam do sucesso da iniciativa, afirmando que o diabo da Tasmânia dificilmente se adapta à vida em cativeiro e tem um período reprodutivo muito curto.


Fonte: Terra

Pesca do camarão na Lagoa dos Patos será liberada a partir de 1º de fevereiro

Maria Helena Firmbach Annes

Os 4.257 pescadores licenciados pelo Escritório Regional do Ibama em Rio Grande, município localizado na zona costeira sul do Estado e distante 310 quilômetros da Capital, poderão iniciar a captura do camarão-rosa na Lagoa dos Patos com a abertura da safra no dia 1º de fevereiro.

Segundo o chefe do Escritório do IBAMA, Sandro Klippel, a expectativa é de que a boa safra do ano de 2000 se repita. A produção de camarão-rosa naquele ano superou as seis mil toneladas, sendo que o mês de março respondeu por mais da metade dessa produção. Esta é considerada uma das maiores pescarias artesanais do país que, sozinha, responde por cerca de 50% da produção total do camarão-rosa em toda a região sudeste-sul. Com a abertura da safra, a principal modalidade de pesca é a rede fixa, também conhecida como rede aviãozinho ou rede de saquinho. Durante a safra, o número de redes desse tipo no Estuário da Lagoa dos Patos supera os 40 mil. De acordo com Klippel, alguns poucos pescadores artesanais se arriscaram a instalar essas redes antes da abertura da safra, mas foram advertidos pelo IBAMA a retirá-las. Como determina a Instrução Normativa nº 3 de 2004, somente pescadores licenciados pelo IBAMA estão autorizados a trabalhar nessa pescaria.

Comerciantes, indústrias e transportadores que estiverem com camarão-rosa proveniente de pescadores não licenciados responderão por crime ambiental como determina o artigo 34, inciso III da Lei 9.605/1998.

Fonte: Ibama/RS

Número de casos de Parkinson dobrará em 25 anos

O número de pessoas com o mal de Parkinson dobrará nos próximos 25 anos em 15 dos países mais populosos do planeta, sobretudo nos menos desenvolvidos, segundo um estudo publicado na revista americana Neurology.

Os autores do estudo divulgado na segunda-feira também alertam para os enormes desafios que enfrentarão as nações cujas economias registram um rápido crescimento junto à maior longevidade da população, em especial na Ásia, onde muitos países não estão preparados. Nos últimos anos, os recursos financeiros e humanos foram fundamentalmente dedicados à luta contra a Aids, tuberculose e malária, afirma o médico Ray Dorsey, neurologista da Universidade de Rochester (Nova York).
Apesar das doenças infecciosas terem atraído a maior atenção, na realidade são as patologias crônicas não transmissíveis, como o Parkinson, uma doença neurodegenerativa, as que representarão os custos econômicos e sociais mais pesados nos países em desenvolvimento, acrescenta.

Dorsey e uma equipe de cientistas estudaram projeções demográficas dos cinco maiores países da Europa Ocidental (França, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália), além das dez nações mais populosas do mundo (China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, Brasil, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Japão e Rússia). Em seguida estabeleceram projeções de prevalência da doença por grupos de idade em cada um destes países e concluíram que o número de pessoas afetadas pelo mal de Parkinson nestas 15 nações passará de 4,1 a 8,7 milhões até 2030.
Nos Estados o número praticamente dobrará, a 610 mil, mas a progressão mais forte será registrada nos países em desenvolvimento da Ásia. Daqui a 2030, quase cinco milhões de chineses sofrerão com a doença.

Fonte: Terra

Cobra devora sapo e ainda usa o veneno dele


Serpente comum em ilhas japonesas armazena toxinas do anfíbio em suas glândulas. Peçonha do sapo fica no sangue do réptil e vira defesa contra predador

Uma cobra asiática desenvolveu o que poderíamos chamar de "veneno terceirizado": no lugar de produzir sua própria peçonha, ela aproveita a existente nos sapos que devora e a utiliza contra seus próprios inimigos quando necessário. O truque foi flagrado por pesquisadores americanos e japoneses que estudam a Rhabdophis tigrinus, espécie comum em várias ilhas do Japão. Diferentemente de outras serpentes, o réptil não inocula veneno usando suas presas, mas possui glândulas produtoras de peçonha na parte de trás do pescoço. "Produtoras" é, claro, modo de dizer: os pesquisadores, liderados por Deborah Hutchinson, da Universidade Old Dominion, na Virgínia, verificaram que o veneno contém substâncias muito parecidas com as presentes numa espécie de sapo, o Bufo japonicus. Daí a suspeita de que seriam glândulas recicladoras, e não produtoras.

As cobras adultas transmitem o veneno aos filhotes


Para embasar a hipótese, os pesquisadores primeiro examinaram a estrutura da glândula. Descobriram que ela não possuía células especializadas em produzir veneno: apenas armazenava as substâncias peçonhentas, provavelmente vindas do plasma. Não satisfeitos, eles examinaram uma ilha em que havia a população de cobras, mas que não tinha os sapos suspeitos, bem como outra em que as espécies ocorriam juntas. Também fizeram experimentos em que alguns filhotes de Rhabdophis tigrinus eram alimentados com sapos e outros recebiam outro tipo de comida.
Assim, ficou comprovado que as toxinas da cobra vinham mesmo do Bufo japonicus. O réptil aparentemente desenvolveu resistência contra o veneno do sapo (que afeta o coração) e "aprendeu" a utilizá-lo para seu próprio benefício. Há até indícios de que as mães transmitem esse veneno para os filhotes, para que eles já nasçam com uma forma de defesa. O estudo está na revista científica americana "PNAS".

Fonte: Globo.com

Apesar de ter cura, hanseníase ainda ocorre em formas graves

Bel Levy

A hanseníase tem cura – rápida, simples e barata. O tratamento gratuito, administrado por via oral, é disponível em unidades de saúde de todo o país e apresenta resultado desde a primeira a dose. Apesar disso, a doença ainda atinge mais de 200 mil pessoas em todo o mundo a cada ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Dia Mundial de Combate à Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro e que marca também a luta pelo fim do estigma envolvendo os portadores da doença, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz – que iniciou em 1927 os estudos sobre a doença – ressalta a importância do diagnóstico precoce e alerta a população para que esteja atenta aos sintomas da hanseníase.

A falta de informação quanto à gratuidade e eficácia da medicação e o preconceito que envolve a doença desde épocas remotas – referências mais antigas datam de 600 a.C – estão entre os principais obstáculos para a sua eliminação. Durante muito tempo, a hanseníase foi sinônimo da discriminação e do isolamento de seus portadores, em função da deformidade a que os casos mais avançados da doença podem levar. Até meados do século 20, pacientes eram submetidos a longos anos de exclusão do convívio social, já que a única forma de tratamento conhecida era o isolamento nos leprosários. Se tratada em fase inicial, porém, a doença não evolui de forma grave e não é transmitida.

Atenção à população

Centro colaborador nacional do Ministério da Saúde, o Laboratório de Hanseníase do IOC, situado no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro, oferece atendimento completo à população através de sua unidade assistencial, o Ambulatório Souza Araújo. “O acompanhamento por um centro de referência como o Souza Araújo possibilita o acesso a exames de alta complexidade e atendimento por especialistas”, garante a médica Maria Eugênia Noviski Gallo, chefe do Laboratório de Hanseníase. “A partir dos atendimentos feitos no ambulatório, fazemos pesquisas de caráter clínico, epidemiológico e laboratorial e procuramos conscientizar o paciente a respeito da doença. Assim, ele se torna um propagador desta informação”, completa. No ambulatório do IOC o paciente diagnosticado é encaminhado também para orientação por assistente social e para os cuidados de fisioterapia, com o objetivo de prevenir incapacidades físicas. “Além da orientação de educação em saúde, nosso trabalho se propõe a ajudar os pacientes e suas respectivas famílias a compreenderem melhor as questões culturais que envolvem a hanseníase, buscando minimizar o estigma histórico”, sintetiza a assistente social do Ambulatório Souza Araújo, Rita Maria de Oliveira Pereira. “Só a confirmação do diagnóstico não basta para convencer o paciente a fazer o tratamento, ele precisa de uma orientação específica, que varia de pessoa para pessoa. Por isso, é preciso escutar o silêncio do outro, enxergar nas expressões não-verbalizadas a necessidade da cada um, para então poder atendê-las”, explica.
Além do atendimento à população e da pesquisa científica, o Laboratório de Hanseníase investe na formação de recursos humanos e proporciona estágios para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem para toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), além de produzir um grande numero de teses e dissertações de doutorado e mestrado.

O ambulatório homenageia o médico Heraclides César de Souza Araújo, um dos pesquisadores pioneiros no estudo da hanseníase no país, que criou o Laboratório de Leprologia do IOC, em 1927. Autor de dois compêndios que se tornaram clássicos no estudo da história da doença – A história da lepra no Brasil e A lepra em 40 países –, Souza Araújo dedicava-se à pesquisa com intuito de cultivar o bacilo ao mesmo tempo em que atendia os pacientes infectados no então Hospital de Manguinhos.
A morte de Souza Araújo, em 1962, e o período da ditadura militar, quando o episódio conhecido como Massacre de Manguinhos foi responsável pela cassação de pesquisadores e pela descontinuidade de diversas atividades, fez com que o Instituto experimentasse, então, uma lacuna no estudo e atendimento à hanseníase. Em 1976, a revitalização teve início com a estruturação do Laboratório de Hanseníase por Lígia Madeira Maria Helena Saad. A pesquisadora Maria Eugênia testemunhou de perto esta história. “O IOC absorveu o Instituto de Leprologia, onde eu trabalhava prestando atendimento médico. O Instituto, que era um órgão do Ministério da Saúde, havia sido extinto por decreto ministerial. O acervo patrimonial, científico, os funcionários e pacientes que recebiam atendimento ambulatorial foram transferidos para o campus de Manguinhos”, conta. A pesquisadora que percorre diversos locais do país para prestar assessoria e informar profissionais de saúde sobre a doença, também dá um importante relato sobre a situação da hanseníase no país. “A partir da década de 1960, os leprosários foram finalmente extintos para serem transformados em hospitais gerais ou dermatológicos, que possam tratar os pacientes sem discriminá-los”, diz. “Essas e outras medidas empreendidas pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase – como a descentralização do tratamento, o atendimento pela rede básica de saúde, investimento em reabilitação, treinamentos e capacitação continuada – fizeram o país avançar no desafio de erradicar a doença, porém ainda há muito a ser feito.

Fatores não biológicos, como o preconceito, as desigualdades sociais e a falta de saneamento para grande parte da população são fatores que precisam ser corrigidos para que o Brasil consiga atingir e sustentar a meta de eliminação da hanseníase”, conclui.

Conheça a doença

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, conhecida como bacilo de Hansen, que pode ser transmitida por secreções nasais ou saliva de portadores que não receberam tratamento. Pacientes em tratamento regular e pessoas que já receberam alta não transmitem a doença. É importante ressaltar que a contaminação por contato social é pouco provável – por fatores genéticos de resistência e suscetibilidade, somente 5% das pessoas que entram em contato com um portador de hanseníase desenvolvem a doença.
O período de incubação (da infecção à manifestação de sintomas) tem duração média de três anos e a evolução do quadro clínico depende do sistema imunológico do paciente. Por essa característica, a hanseníase é mais comum entre populações de baixa renda, desprovidas de alimentação e condições de higiene adequadas. Os sintomas incluem manchas brancas ou avermelhadas sem sensibilidade para frio, calor, dor e tato; sensação de formigamento, dormência ou fisgadas; aparecimento de caroços e placas pelo corpo; dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; e diminuição da força muscular. A identificação da doença é essencialmente clínica, feita a partir da observação da pele, de nervos periféricos e da história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames laboratoriais complementares, como a baciloscopia ou biopsia cutâneas. A hanseníase pode ser paucibacilar (PB) – quando o paciente apresenta de uma a cinco manchas pelo corpo – ou multibacilar (MB) – quando são encontradas mais de cinco manchas. Quando são paucibacilares, os pacientes não transmitem a doença. Os multibacilares sem tratamento, porém, eliminam bacilos através das vias respiratórias e podem transmitir a doença.
A hanseníase tem cura e, quando tratada em fase inicial, não causa deformidades. O tratamento, denominado poliquimioterapia (PQT), é gratuito, administrado via oral e está disponível em unidades públicas de saúde de todo o Brasil. A PQT consiste na associação de duas ou três drogas (rifampicina, clofazimina e dapsona), definidas a partir do tipo de hanseníase desenvolvido – PB ou MB. Completado o tratamento com regularidade, o paciente recebe alta e é considerado curado.

Fonte: Fiocruz

BNDES estuda linha de crédito para distritos florestais e manejos sustentáveis

Luiz da Motta

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reuniu-se, na sexta-feira, com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, na sede da instituição, no Rio de Janeiro, para discutir a criação de duas linhas de crédito que financiem atividades nos distritos florestais sustentáveis e concessões de manejo florestal.

Tradicionalmente, o BNDES financia as cadeias produtivas de celulose e siderurgia que têm interface com o setor florestal. A novidade é a inserção do banco no apoio direto às atividades florestais sustentáveis. Os investimentos serão destinados para empreendimentos que envolvam reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, manejo florestal sustentável e concessões em áreas de florestas públicas - dentro da Lei de Gestão Florestal. Caso aprovada, será a maior linha de crédito específica para o setor da história do país. "A idéia é redirecionar o que não está sendo bem feito, em vez de apenas impedir", afirma o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, que também participou da reunião.

Carajás

Uma das propostas importantes a ser discutida no encontro é uma linha de financiamento para iniciativas dentro do futuro Distrito Florestal Sustentável do Pólo do Carajás, que será criado ainda no primeiro semestre deste ano, estendendo-se por uma área de 28 milhões de hectares nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins. A região do distrito é marcada por grave passivo ambiental. Ali, localiza-se o Pólo Siderúrgico do Carajás, que consome, por ano, 14 milhões de m³ de lenha para carvão vegetal - boa parte oriunda de desmatamento. Em 2005, o Ibama multou oito siderúrgicas locais em R$ 500 milhões. Outra questão a ser equacionada é a sustentabilidade dos assentamentos que se espalham por mais de 3 milhões de hectares do distrito. "O desafio é implementar ações para a conservação dos remanescentes florestais e promover o reflorestamento das áreas desmatadas, de forma que sejam produzidos, sustentavelmente, o carvão e a madeira de que as empresas necessitam", afirma Azevedo.

A proposta prevê ações para reflorestar 1 milhão de hectares dentro do distrito, sendo 60% de espécies nativas e com forte participação de pequenos produtores. "O financiamento do banco serviria para que grandes empresas consumidoras de produtos florestais comprassem, antecipadamente, a produção do pequeno produtor, por meio de pagamentos mensais, durante o período de crescimento da floresta (que varia de sete a 15 anos)" explica o diretor do Serviço Florestal Brasileiro. "Isso garantiria renda para esses pequenos produtores e evitaria mais destruição florestal", conclui. Segundo estudos do órgão, um produtor que cultive cinco hectares de floresta pode garantir uma renda mensal de R$ 300.

Na visão do presidente do BNDES, que gostou do projeto, seria possível repetir - no caso do financiamento para manejo florestal - a experiência do setor de energia, no qual o banco anuncia, antes do leilão de uma concessão, as condições para o financiamento, o que estimula empreendimentos de manejo sustentável e oferece mais transparência às ações, para que todos os que vão disputar a concessão tenham conhecimento igual dos parâmetros financeiros do banco.

Desenvolvimento e preservação

Distritos Florestais Sustentáveis são complexos geoeconômicos e sociais onde são implantadas políticas públicas que estimulem o desenvolvimento integrado, combinado à preservação dos recursos naturais. Bem administrados, garantem geração de emprego e renda, sem devastar a floresta. Trata-se de uma ótima oportunidade para o desenvolvimento regional em áreas carentes de investimento, incentivando a permanência das famílias, além de inibir a ocupação itinerante - prejudicial ao meio ambiente e à qualidade de vida.
O Governo Federal criou, em 2006, o Distrito Florestal Sustentável da BR-163, região do oeste do Pará. Seu potencial de renda bruta anual é de R$ 1 bilhão, podendo empregar cerca de 100 mil trabalhadores. Para 2007, a meta é criar outros dois distritos florestais sustentáveis também na região amazônica.

Setor Florestal

O Setor florestal compõe cerca de 4% do PIB e 7% das exportações brasileiras, gerando 6 milhões de empregos. Somando as áreas de florestas plantadas com as áreas de florestas naturais sobre manejo, encontraremos menos de 15 milhões de hectares (cerca de 2% do território e menos de 5% da área florestal do Brasil).
Para efeito de comparação, as exportações de produtos florestais são equivalentes as de produtos derivados da pecuária que ocupam, no entanto, cerca de 200 milhões de hectares do país (mais de 20% do território nacional).

Fonte: MMA

Novo remédio contra câncer de pulmão chega ao Brasil

O primeiro remédio de última geração para câncer de pulmão avançado chega hoje ao mercado brasileiro. O Tarceva, nome comercial do cloridrato de erlotinibe, fabricado pelo laboratório Roche, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril do ano passado, mas faltava a definição do preço: R$ 8 mil por mês de tratamento - o tempo de uso depende da resposta do paciente ao remédio.

O valor ficou em negociação durante seis meses na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo que controla o valor dos medicamentos no País.
O Tarceva pertence à categoria das drogas terapia-alvo, aquelas que combatem principalmente as células doentes, preservando durante um tempo as células sadias - ela inibe um dos receptores responsáveis pela multiplicação da célula tumoral. A indicação, como todos os remédios de terapia-alvo, é para pacientes com a doença em fase avançada. Ou seja, quando a doença não responde à quimioterapia.

A aprovação do Tarceva foi baseada em estudos que mostraram que pacientes tratados com o remédio tiveram um aumento na sobrevida média de 42% quando comparados com aqueles que receberam placebo. O tempo de sobrevida médio dos pacientes tratados com a droga é de dois meses, mas estudos mostraram que alguns viveram mais dois anos. Não é só o tempo de sobrevida que interessa aos médicos. “Todos os tratamentos para câncer, como a quimioterapia, começam a ser avaliados em pacientes terminais”, explica Bernardo Garicochea, diretor do serviço de oncologia da PUC do Rio Grande do Sul. “O Tarceva, assim como outras drogas de terapia-alvo, mostrou eficácia, e o próximo passo é estudar essas drogas no início da doença.”

O tratamento de terapia-alvo é a mais recente estratégia na luta contra o câncer. Até cinco anos atrás, existiam duas opções para quem tinha um tumor: retirá-lo em estágios iniciais numa cirurgia ou fazer quimioterapia e radioterapia.
Os outros remédios de última geração que já estão no mercado são o Sutent (câncer de rim), da Pfizer, e o Avastin (câncer colo-retal), da Roche. O Avastin ficou parado no CMED durante 1 ano e 8 meses. Já o Erbitux, para câncer de cabeça e pescoço, da Merck alemã, está em fase de negociação no órgão regulador de preços do governo.

Incidência

Cerca de 1 milhão de novos casos de câncer de pulmão surgem a cada ano no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o fim de 2006 o Brasil teria 27 mil novos casos diagnosticados. O câncer de pulmão tem um aumento de 2% na incidência mundial a cada ano. Em 90% dos casos a doença está associada ao consumo de derivados de tabaco, principalmente o cigarro.

Fonte: Agestado

Aquecimento deixará milhões famintos e sem água, diz estudo

O aquecimento global fará com que milhões de pessoas passem fome por volta de 2080 e causará grave falta de água na China, na Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos, segundo um novo estudo sobre o clima mundial. Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius, segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática.

O texto deve ser divulgado só em abril, mas o jornal australiano The Age teve acesso a seus dados. O estudo diz ainda que outros 200 a 600 milhões de pessoas enfrentarão falta de alimentos nos 70 anos seguintes, enquanto inundações litorâneas podem tragar outras 7 milhões de casas. "A mensagem é que cada região da Terra terá uma exposição ao aquecimento", disse Graeme Pearman, um dos responsáveis pelo relatório. "Se você olhar para a China, como a Austrália, ambas vão perder precipitações pluviométricas consideráveis em suas áreas agrícolas", disse Pearman, ex-diretor de clima da Organização da Comunidade Científica e de Pesquisa Industrial, principal órgão australiano do setor.
Países pobres, como os da África e Bangladesh, seriam os mais afetados, por serem os menos capazes de lidarem com secas e inundações litorâneas, segundo o especialista.

O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para orientar as políticas globais sobre o aquecimento. O grupo deve divulgar na sexta-feira em Paris um relatório prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará de 2 a 4,5 C acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3 C.
Esse relatório deve resumir a base científica das mudanças climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as consequências do aquecimento e as opções para se adaptar a ele.

Seca na Austrália

O relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a Austrália, que vive a pior seca da sua história, alertando que a Grande Barreira de Recifes se tornará 'funcionalmente extinta' devido à destruição dos corais. Além disso, a neve deve sumir dos montes no sudeste do país, e o fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área agrícola australiana, deve cair de 10 a 25 por cento até 2050. Na Europa, os glaciais vão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser muito atingidas pela elevação dos mares e intensificação da freqüência das tempestades tropicais.
Num tom mais otimista, Pearman disse que ainda há muito que se pode fazer para lidar com o aquecimento. "As projeções no relatório que sai nesta semana se baseiam na pressuposição de que somos lentos em reagir e que as coisas continuam mais ou menos como no passado", afirmou. Alguns cientistas dizem que a Austrália, o continente mais seco do mundo, sofre uma 'acelerada mudança climática' em comparação com outros países.

Fonte: Terra

ONU quer evento especial sobre aquecimento

Reunião aproveitaria mudança de postura de George W. Bush. Organização tentará marcar encontro para setembro

Um encontro de líderes mundiais sobre mudanças climáticas ajudaria a aproveitar o bom momento criado por notícias sobre a alteração de atitude em Washington em relação ao aquecimento global, disse nesta terça-feira (30) um porta-voz do setor ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro, possivelmente em setembro, teria como foco a busca por um sucessor ao Protocolo de Kyoto. O tratado prevê corte de emissões de gases causadores do efeito estufa -- ligados a previsões de ondas de calor, enchentes, secas e elevação dos níveis dos mares.

Nesta semana, o maior estudo científico feito até agora sobre a participarão do homem na mudança climática concluirá que há pelo menos 90 por cento de probabilidade de que atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis, sejam responsáveis pela maior parte do aquecimento nos últimos 50 anos. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, colocou a mudança climática no topo de suas prioridades e está reunido com autoridades do Programa Ambiental das Nações Unidas no Quênia. "A cúpula especial sobre mudança climática está na prioridade da agenda", disse Nick Nuttal, porta-voz do chefe do programa ambiental, Achim Steiner. "Este é um ano crítico e precisamos reunir países desenvolvidos e em desenvolvimento rumo a uma conclusão."

Sob o acordo de Kyoto, 35 países industrializados concordaram em cortar as emissões de dióxido de carbono para níveis 5 por cento abaixo dos índices de 1990 no período de 2008 a 2012. Os Estados Unidos retiraram-se do tratado em 2001, dizendo que Kyoto levaria a uma queda do emprego e que o acordo errou ao excluir países em desenvolvimento das metas para 2012. Mesmo assim, o presidente George W. Bush disse na semana passada que a mudança climática é um "grave desafio". A seriedade deste desafio será ressaltada na próxima sexta-feira, com a divulgação de um estudo feito por 2.500 cientistas de mais de 130 países para o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC). O relatório, segundo fontes do setor científico, prevê que as temperaturas médias globais subam entre 2 e 4,5 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais até 2100

Fonte: Globo.com

Agência Nacional de Saúde promove mostra 'Saúde e cultura'






Tatiana Guimarães

A Agência Nacional de Saúde (ANS) promove nesta quarta-feira (31/01), das 14h às 20h, no Museu da República, no Rio de Janeiro, a mostra Saúde e cultura. A mostra inclui debates sobre o papel da ANS e apresentações de trabalhos nos diversos segmentos de expressão artística: artes visuais, artes cênicas, áudiovisual e música.

Desse modo, será possível vislumbrar as relações entre as áreas da saúde e da cultura e sua expansão para a sociedade. O objetivo é estabelecer um canal entre a Agência e os futuros profissionais de saúde, para que estes conheçam a entidade, sua missão, objetivos e procedimentos e, também, promover diálogo e interação entre estudantes e profissionais da área de saúde.
Dois painéis comporão a mostra: Regulação - normas e aplicações: uma visão para a sociedade. Comporão a mesa representantes da ANS, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem); e A cultura nas práticas de saúde, do qual participarão a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas em Educação Popular em Saúde (Aneps), o Museu da Vida da Fiocruz, o Projeto Quilombo, pertencente ao Núcleo de Epidemiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, e do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil (IPHUB) da UFRJ.

Também será exibido um vídeo da TV Pinel e apresentada uma mostra de fotografias do bloco carnavalesco Discípulos de Oswaldo, da Fiocruz, além de fotos feitas pelo diretor do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, Miguel Hijjar. No intervalo entre as mesas será apresentado o esquete teatral O cemitério dos vivos/diário do hospício, de Lima Barreto, com o grupo teatral universitário Coxixo na Coxia. No final haverá apresentações da banda Entrelinhas, formada por estudantes de medicina, e o pocket-show Saúde dá samba, com o grupo Manga de Colete. Os participantes receberão certificado e a entrada é franca.

A mostra Saúde e cultura é um evento paralelo à 5ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE. Mais informações pelo telefone (21) 9428-9211, com Tatiana Guimarães. O Museu da República fica na Rua do Catete 153.

Fonte: Fiocruz

Consultas públicas definirão plano de desenvolvimento do Arquipélago de Marajó

Aida Feitosa

Começa no próximo dia 30 uma série de consultas públicas para validação do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável para o Arquipélogo do Marajó. A comunidade local poderá discutir os projetos apresentados no plano em cinco encontros, nos municípios de Salvaterra, São Sebastião, Breves, Anajás e Afuá.

Na ocasião a comunidade terá oportunidade de discutir temas como combate à malária, regularização fundiária e promoção de infra-estrutura. O plano a ser discutido abrange 16 municípios e busca integrar as ações do governo federal no sentido de promover atividades produtivas, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida da população sem destruir o meio ambiente. Sua versão preliminar, que será avaliada pelas consultas, foi realizada pelo Grupo Executivo Interministerial (GEI), instalado em julho de 2006. Composto por 13 ministérios, o GEI é coordenado pela Casa Civil da Presidência da República.

O ponto de partida para a iniciativa foi um surto de malária ocorrido na região, em 2006. O município de Anajás, por exemplo, foi o segundo com o maior número de casos da doença no Pará, a situação hoje está normalizada. As consultas que ocorrem até o dia 8 de fevereiro foram precedidas de pré-consultas feitas por comissões locais em 13 municípios.

A participação foi intensa, em uma delas em Anajás, foram reunidas 500 pessoas. Para a analista ambiental do Ministério do Meio ambiente, Leila Swerts, as consultas públicas são uma importante oportunidade de aproximar os agentes governamentais das populações locais.

Ações coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente e que estão em andamento na região serão objeto de avaliação pela população local. Entre essas ações destacam-se a criação e a realização de planos de manejo para reservas extrativistas e o apoio a projetos de agroextrativismo. Também atua no arquipélago o primeiro pólo pesqueiro que incentiva a prática coletiva da pesca sustentável (Proambiente) e o programa de desenvolvimento do ecoturismo ( Proecotur).

Durante as consultas, a comunidade expõe suas demandas e avalia as políticas em curso na região com os representantes dos governos federal, estadual e municipal. Posteriormente, é elaborado um cronograma de ações, que será sistematizado na versão final do plano. O prazo para a conclusão do documento é 31 de março.

Marajó

O Arquipélago de Marajó é formado por um conjunto de ilhas. Ele constitui a maior área fluvial do mundo, com 49.606 Km2. Integralmente situada no Pará, ela é uma das mais ricas regiões do País em termos de recursos hídricos e biológicos. Sua superfície é baixa e relativamente plana, onde se encontram os tesos (porções de terras altas que normalmente não são inundadas pelas cheias), as baixas, as várzeas e os igapós que quebram a extrema horizontalidade do terreno. O Rio Amazonas banha a maior parte da ilha. A área do Plano compreende os 16 municípios que compõem, segundo o IBGE, a mesorregião geográfica do Marajó, que, além do arquipélago, abrange alguns municípios do entorno e soma 104.140 Km2. A população total dos municípios que compõem a área do plano somava, de acordo com estimativa do IBGE para 2005, 418.160 habitantes, o equivalente a 6,15% da população

paraense.

Fonte: MMA

'Fila' no cérebro 'dificulta ações simultâneas'

Um em cada cinco britânicos admitem usar celular ao volante

Pesquisadores nos Estados Unidos descobriram uma razão plausível para a dificuldade que as pessoas têm de fazer duas coisas ao mesmo tempo. Um "engarrafamento" ocorre no cérebro quando as pessoas tentam realizar duas tarefas simultâneas, mostra uma pesquisa.

Segundo ela, a atividade cerebral fica mais lenta quando se tenta executar uma segunda tarefa menos de 300 milésimos de segundo depois da primeira. A descoberta, divulgada na publicação especializada Neuron, dá sustentação à exigência de proibição do uso de telefones celulares ao mesmo tempo em que o usuário dirige um veículo, disseram os pesquisadores.
Foi pedido aos participantes que apertassem uma determinada tecla ao usar um computador em resposta a um entre oito sons diferentes e a dizer uma sílaba em resposta a oito imagens diferentes.

Os pesquisadores da Universidade Vanderbilt usaram ressonância magnética para detectar mudanças na oxigenação do sangue do cérebro - uma forma de monitorar a atividade em diferentes regiões do cérebro. Eles constataram que diversas partes do córtex não puderam processar duas tarefas de uma vez, levando a um "engarrafamento". Mas quando as tarefas foram apresentadas com um segundo de intervalo, não houve atraso.
O líder do estudo, Paul Dux, disse que trabalhos científicos prévios haviam mostrado que as pessoas têm a limitação de fazer duas tarefas simples de uma vez - um fenômeno conhecido como "interferência da tarefa dupla". "Nós estávamos interessados em tentar enteder estas limitações e em encontrar onde no cérebro este 'engarrafamento' pode estar acontecendo", afirmou ele. "Nós determinamos que estas regiões do cérebro responderam a tarefas independentemente dos sentidos envolvidos, eles se engajaram na seleção da resposta apropriada, e, mais importante, eles mostraram que a atividade neurológica faz uma 'fila'." "A resposta neurológica à segunda tarefa foi um adiamento até que a resposta à primeira fosse completada", acrescentou.

Telefones celulares

Os pesquisadores disseram que o estudo foi especialmente relevante para tarefas que as pessoas têm que desempenhar em um ambiente complexo, tais como pilotar um avião.
Conversar em telefones celulares quando ao volante também é perigoso, dizem, porque os motoristas são bombardeados por informações visuais e muitas vezes e ainda conversam com passageiros. A pesquisa oferece evidências neurológicas de que o cérebro não pode, efetivamente, fazer duas coisas de uma vez. As pessoas acham seguro utilizar um fone de ouvido ao usar o telefone celular quando dirigem, mas na verdade estão desempenhando duas tarefas cognitivas de uma vez", disse o co-autor do estudo, Rene Marois.
Dux acrescentou: "O custo de tarefas duplas pode ser até um segundo e isto é um longo período quando você está dirijindo a 80 km por hora". A lei que proíbe o uso de telefones celulares ao volante na Grã-Bretanha deverá se tornar mais rigorosa a partir de 27 de fevereiro, quando motoristas britânicos flagrados terão três pontos adicionados na carteira de motorista e uma multa de cerca de US$ 250.

Fonte: BBC

Empresas pagam mais R$ 400 mil em multas a Sempma

Maceió

A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) multou três empresas da Capital flagradas com irregularidades quanto à legislação ambiental. Somadas as infrações, as três empresas pagarão juntas R$ 487,00 em multas. As empresas notificadas foram a Academia Quality, na Jatiúca; a Oficina Santo Antônio, no Poço; e o QG do Espeto, em Stella Maris.

As decisões publicadas na edição de sábado do Diário Oficial do Município classificaram as infrações como “leves”, punindo cada empresa a pagar uma multa no valor de R$ 162,25.
As multas são resultados das fiscalizações realizadas diariamente pela Sempma, que recebe denúncias da população e as investiga para saber se de fato elas têm procedência. Mas nem sempre as ações da Sempma partem de denúncias da população. No ano passado, a secretaria realizou uma ampla inspeção nas galerias de águas pluviais da região da orla marítima e constatou que parte da rede vinha sendo subutilizada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).

Multa

Constatadas as irregularidades, responsáveis pelas “línguas negras” nas praias urbanas de Maceió, a Casal foi multada pela Sempma em mais de R$ 1 milhão.

Fonte: Secom

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Brasileiro é mais consciente sobre clima

Os brasileiros e os chineses são os mais conscientes sobre o papel das atividades humanas no aquecimento global, mostrou uma pesquisa com 46 países divulgada na segunda-feira. Os norte-americanos são os menos conscientes.

Treze por cento nunca leram ou ouviram falar do assunto, embora os Estados Unidos sejam o maior emissor de gases-estufa do mundo. O levantamento, feito pela ACNielsen com mais de 25 mil usuários da Internet, mostrou que 57 por cento das pessoas no mundo todo consideram o aquecimento global "um problema muito grave" e outros 34 por cento consideram-no um "problema grave". "Foi necessário o aparecimento de padrões extremos e ameaçadores para finalmente transmitir o recado de que o aquecimento global está acontecendo e chegou para ficar, a menos que haja um esforço organizado e global para revertê-lo", disse Patrick Dodd, presidente da ACNielsen Europe.

Os latino-americanos foram os mais preocupados, e os norte-americanos os menos preocupados -- apenas 42 por cento das pessoas consideraram o aquecimento global "muito grave". Os Estados Unidos emitem cerca de um quarto de todos os gases-estufa, e são o maior poluidor do mundo, à frente de China, Rússia e Índia.
Há praticamente um consenso na comunidade científica de que as temperaturas do planeta estão aumentando por causa dos gases-estufa, liberados pela queima de combustíveis fósseis. O estudo também mostrou que 91 por cento das pessoas já tinham ouvido falar do aquecimento global, e 50 por cento imaginavam que ele fosse causado por atividades humanas.
Um relatório da ONU que deve ser divulgado na sexta-feira vai afirmar que há uma probabilidade de no mínimo 90 por cento de que as atividades humanas sejam a principal causa do aquecimento global nos últimos 50 anos.
A sondagem disse que as pessoas que vivem em regiões vulneráveis a desastres naturais foram as mais preocupadas -- desde os latino-americanos preocupados com os prejuízos às plantações de café ou banana aos moradores da República Tcheca, fortemente atingida por enchentes em 2002.

Na América Latina, 96 por cento dos entrevistados disseram que já ouviram falar do aquecimento global e 75 por cento o consideraram "muito grave". A maior parte das nações industrializadas assinou o Protocolo de Kyoto, que impôs limites às emissões de gases-estufa. O presidente George W. Bush tirou os Estados Unidos de Kyoto em 2001, mas disse semana passada que a mudança climática era um "sério desafio".

Fonte: Yahoo