domingo, 31 de dezembro de 2006

Espaço educativo sobre meio ambiente é inaugurado em Goiânia

Ana Paula Marra

Mais uma unidade do Projeto Sala Verde foi inaugurada no país. Desta vez em Goiânia, Agora, já são 390 unidades inauguradas. O projeto, coordenado pela Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, é um espaço que propicia à população acesso à informação, projetos, ações e programas educacionais relativos à questão ambiental.

Além de livros e material didático, a Sala Verde também oferece à comunidade oportunidades de formação e capacitação na área ambiental e promove eventos de caráter ecológico e cultural. Neste espaço, o público pode fazer leitura, ouvir, acessar e ver documentos, participar de atividades educacionais e outros eventos ligados à questão socioambiental. A Sala Verde da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em Goiânia, conta com um acervo de 450 livros e recursos audiovisuais modernos.

Ao lançar o Projeto Sala Verde, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente também lançou, na capital goiana, o Telefone Verde. Por meio do número 161, os cidadãos têm à disposição um disque-denúncia voltado especialmente para as questões ambientais. Ao ligar para o 161, o público pode, por exemplo, denunciar casos de poluição dos mananciais, lançamento de detritos em locais inapropriados, desmatamento e poluição, além de solicitar informações ou laudos técnicos sobre poda ou extirpação de árvores.O Telefone Verde, segundo informou a Secretaria de Comunicação de Goiânia, vai funcionar 24 horas, com vinte operadores capacitados para esclarecer as dúvidas dos cidadãos.

Fonte: Agência Brasil

Observatório Nacional faz 180 anos com novo prédio para relógios atômicos

Thais Leitão

O Observatório Nacional comemora 180 anos de existência em 2007. Fundado por D. Pedro I, no Rio de Janeiro, cinco anos após a Independência do Brasil, é o órgão responsável pela hora oficial do país e o mais antigo observatório em funcionamento do hemisfério Sul.

Para garantir o bom funcionamento dos equipamentos, os relógios de césio 133, que garantem a precisão da contagem do tempo, ganharam há menos de um mês um novo prédio, mais amplo e seguro. A construção que abrigava as máquinas até meados de novembro foi erguida em 1917 e apresenta desgaste nas estruturas. O novo prédio, construído em 2003, tem instalações mais modernas, climatização permanente, acesso restrito e iluminação adequada.

De acordo com o chefe da divisão do serviço de hora da instituição, Ricardo José de Carvalho, a hora oficial é obtida por meio da média do conjunto de relógios que usam a freqüência do Césio 133. “Esse átomo, quando estimulado, gera uma freqüência muito estável. Para se ter uma idéia, com este elemento seriam necessários pelo menos 1,5 mil anos para se adiantar ou atrasar um segundo", conta. "Os relógios mantidos em funcionamento são comparados continuamente. Essa comparação gera um número que é processado através de um algoritmo e produz o relógio médio. Esse relógio é materializado e atualmente serve de base para a hora legal brasileira, que é mantida e rastreada pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas, com sede na França”. Carvalho disse, ainda, que cada relógio custa em média R$ 150 mil. O tubo de césio, que é a base de todo o funcionamento, pode ser adquirido por mais de R$ 50 mil e precisa ser substituído a cada cinco anos.

O Observatório Nacional oferece o serviço de sincronia de tempo que pode ser acessado pela internet, no endereço: http://pcsh01.on.br/ e ainda o serviço de hora falada, disponibilizada pelo telefone (21) 2580-6037.

Fonte: Agência Brasil

Poeira africana fertiliza a Amazônia brasileira

Mais da metade do pó necessário para fertilizar a floresta tropical brasileira vem do leito seco de lagos africanos. É o que mostram imagens feitas por satélite, analisadas por um grupo de cientistas do Weizmann Institute of Science, de Israel. Cerca de 56% da poeira vem da Depressão de Bodele, no Chade, ao sul do deserto do Saara, dizem os cientistas.

Fonte:NYT

Todos podem contribuiur para neutralização de carbono

Pequenas e grandes companhias nacionais estudam como incorporar a neutralização em suas práticas ambientais, com efeitos sentidos pelos clientes
Cristina Amorim

O que o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore tem em comum com o estatístico brasileiro Antônio Marcos de Almeida? Consciência ambiental. Cada um a seu modo aderiu à neutralização de carbono.

Gore vestiu a camisa, ganha para falar sobre o tema em todo o mundo e compensa a emissão envolvida com seu trabalho ao incentivar projetos florestais. Sua recente viagem ao Brasil, por exemplo, e a edição brasileira de seu livro A Verdade Inconveniente foram neutralizados. Almeida foi o primeiro cliente da concessionária Primo Rossi, em São Paulo, a adquirir o selo "Carro Limpo": o comprador paga por três árvores e a empresa, por outras três. Elas equivalem a uma média de quanto carbono é emitido por ano por um carro movido à gasolina numa cidade grande como São Paulo. “Compete a nós fazermos o esforço necessário para cuidar do que temos, e em algum momento é preciso começar”, diz o estatístico. As árvores serão plantadas pela ONG SOS Mata Atlântica, dentro do projeto Florestas do Futuro, que visa à recuperação de mananciais pelo reflorestamento de espécies nativas. "Não vamos bancar 100% da neutralização porque o cidadão tem de ter consciência da responsabilidade dele", diz Vitorinho Rossi, presidente do grupo. "Pretendemos vender mais carro com isso? Também. Mas espero mesmo é ser copiado por outras concessionárias."

Para cada tonelada de carbono lançado na atmosfera, aplica-se um equivalente em projetos que retirem o gás da atmosfera ou que emitam muito menos do que normalmente. A iniciativa começou alguns anos atrás em países ricos que trabalham sob políticas poluidoras mais restritivas e uma consciência ambiental afinada. No Brasil, ele deu seus primeiros passos em 2005, avançou timidamente em 2006 e promete surpresas no ano que se inicia, de forma consolidada e com projetos com o potencial de sacudir o mercado. Pequenas e grandes companhias nacionais estudam discretamente como incorporar a neutralização em suas práticas ambientais, com efeitos sentidos pelos clientes.

O cidadão que deseja neutralizar suas emissões tem dois caminhos. Um é pressionar empresas a fazerem seus inventários e preferir aquelas já comprometidas. Outro é usar calculadoras online (como a da Key Associados ou a da Green Initiative para saber quanto emite e investir em projetos florestais, como o Click Árvore. Na Europa, a adesão de empresas e dos consumidores leva ao fortalecimento de iniciativas às vezes até inusitadas. É possível comprar de passagens aéreas a trajetos urbanos em táxis "livres de carbono". A organização da Copa do Mundo na Alemanha calculou quanto carbono seria emitido em transporte de delegações e espectadores, mais o gasto do evento em si (da iluminação dos jogos ao lixo produzido) e investiu em projetos de desenvolvimento limpo num país em desenvolvimento. No Brasil, esse nível de consciência está muito longe de se tornar realidade. É ainda difícil achar quem neutralize carbono - de fato, ainda é raro encontrar alguém que pense nisso. São poucos os casos, porém crescentes. As consultorias ambientais estão confiantes. A Conferência da ONU sobre Biodiversidade, que aconteceu em Curitiba em 2006, foi neutralizada, assim como alguns shows - médios, como o do Rappa em São Paulo; festivais, como o Pop Rock Brasil; e apoteóticos, como o dos Rolling Stones. Para 2007, os pagodeiros do Jeito Moleque são os próximos.

Fonte: Agência Estado

Setur e Abevila assinam acordo de cooperação

Maceió

A Secretaria Executiva de Turismo de Alagoas (Setur) e a Associação Comunitária e Beneficente Vila Ana Maria (Abevila) assinaram, ontem, acordo de cooperação visando desenvolver programas de interesse recíproco na preservação do Parque Marinho Municipal de Paripueira, distante 30 quilômetros de Maceió. O acordo de cooperação objetiva, ainda, desenvolver trabalhos conjuntos tendo como foco a conscientização, comunicação e educação para o melhor uso dos recursos que sustentam a atividade turística local, através da capacitação de mães de família em designer artesanal, quituteiras e jovens guias de turismo, entre 12 e 16 anos, matriculados na rede estadual e municipal.

Fundada há 16 anos, a Abevila é uma entidade não-governamental, de utilidade pública estadual e municipal, que tem prestado relevantes serviços à comunidade de baixa renda de Paripueira e alguns municípios alagoanos, promovendo cursos profissionalizantes para garçons, baristas, artesãos, bem como eventos culturais. Presidida pelo empresário Juan Maurer, a Abevila, como balcão de direitos humanos, fornece também documentação básica às famílias carentes, como carteira de identidade, CPF, certidões de nascimento, casamento, alistamento militar, atestado de óbito, mediante convênio assinado com o Ministério da Justiça.
Recentemente a entidade prestou esse importante serviço em Paripueira, Barra de Santo Antônio e em Jequiá da Praia.

Fonte: Alagoas 24 horas

Ouvir música faz bem à saúde, apontam médicos

Rio

André Bernardo

Cantar pode até não espantar os males, como apregoa a sabedoria popular, mas a utilização de sons, ritmos e melodias ajuda a restabelecer a saúde de alguns pacientes. É o que garantem médicos das mais diferentes especialidades, que utilizam a musicoterapia como recurso terapêutico no tratamento multidisciplinar de inúmeras doenças, como hipertensão, enfermidades cardiovasculares e até câncer. “A musicoterapia é um excelente complemento ao tratamento convencional. A técnica não consiste em tocar uma música para o paciente ficar alegre. A proposta é fortalecê-lo emocionalmente para melhor lidar com os sintomas da doença. Isoladamente, a musicoterapia pode até não curar ninguém, mas promove melhoras no quadro clínico”, salienta a psicóloga e musicoterapeuta Cristiane Ferraz Prade, que utiliza a técnica no tratamento de crianças portadoras de câncer.

O efeito terapêutico da música, porém, vai muito além do aspecto tranqüilizante de uma sonata de Bach ou uma sinfonia de Beethoven. Estudos garantem que a música potencializa a reabilitação de pacientes em casos de doenças degenerativas do cérebro, como Parkinson e Alzheimer, melhora a coordenação motora de deficientes físicos e induz a liberação de certas substâncias, como dopamina e serotonina, que proporcionam sensação de prazer e bem-estar.

Durante sete anos, o psiquiatra Daniel Chutorianscy coordenou o projeto “Conto com Você – Magia e Encantamento” no Hospital Infantil Getúlio Vargas Filho, em Niterói. Segundo ele, a iniciativa proporcionou a redução de 30% no tempo de internação das crianças. Atualmente, ele está à frente do projeto “A Arte de Ver Nascer”, em parceria com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal Fluminense (UFF), na Maternidade Municipal Alzira Reis Vieira Ferreira, em Niterói. “A enfermaria de um hospital não tem por que ser um lugar triste e depressivo. Não há nada pior para a recuperação de um paciente do que ficar imobilizado em cima de uma cama olhando para o teto. Música é um grande aliado terapêutico porque estimula imunologicamente o indivíduo. Hospital não deve ser visto como um lugar onde se tratam doenças e, sim, onde se promove a saúde. E, para a saúde, não há nada melhor do que boa música”, garante Daniel Chutorianscy.

Música faz bem ao coração
A cardiologista Thamine Hatem é outra entusiasta da utilização terapêutica da música no pós-operatório de patologias cardíacas. Este ano, ela submeteu 84 crianças, entre 1 e 16 anos, a sessões de 30 minutos de musicoterapia. O trabalho mostrou que a música ajuda a regularizar a pressão arterial e a freqüência cardiorrespiratória dos pacientes. “Normalmente, a música clássica e as canções de ninar são as mais indicadas porque a freqüência cardiorespiratória do paciente tende a acompanhar o ritmo da música que ele está ouvindo. Algumas, em vez de diminuir, até aumentam. A técnica é tão eficiente que, ao reduzir a dor e a ansiedade, reduz-se também o consumo de analgésicos e sedativos”, afirma a cardiologista.

Melodia embala pacientes
A musicoterapia faz parte do tratamento multidisciplinar da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Jardim Botânico, há 42 anos. Atualmente, a unidade realiza uma média de 750 atendimentos por mês, a uma centena de crianças, jovens e adultos. Segundo a musicoterapeuta Therezinha Jardim, a técnica estimula a reabilitação não só física, mas emocional dos pacientes. “A música ajuda os pacientes a se expressarem melhor emocionalmente. Isso alivia as tensões e favorece o convívio social. Em alguns casos, a técnica consegue desviar o foco de atenção do indivíduo da dor e do sofrimento para a alegria e o prazer”, afirma Therezinha. O aposentado Wagner Gaspar Toneloto, 55 anos, é um dos mais animados nas sessões de musicoterapia da ABBR. Ele se recupera de um derrame cerebral sofrido há dois meses com a ajuda de chocalhos, pandeiros e tamborins. A princípio, imaginava que ficaria deitado numa sala ouvindo CDs de música. Mas se enganou. “Quando você sofre um derrame, precisa reaprender a fazer praticamente tudo. Se me tornei mais confiante e equilibrado, só tenho a agradecer à musicoterapia. E, quando falo em equilíbrio, me refiro ao sentido literal da palavra. Até pouco tempo atrás, não conseguia tomar banho ou me barbear sozinho. Hoje, já tenho até vontade de dançar quando ouço ‘Carinhoso’ ou ‘A Volta do Boêmio’”, brinca. Os pais do pequeno Cauê Bezerra de Figueiredo, de apenas 1 ano e meio, também só têm elogios a fazer à técnica. O menino sofre de Síndrome de West, um tipo raro de epilepsia que afeta geralmente crianças menores de 1 ano. “Meu filho sempre fica mais calmo e atento quando ouve música. Por mais que não tenha coordenação motora, ele presta atenção e tenta bater palmas”, derrama-se o pai do garoto, o vendedor Eduardo Bezerra, 31 anos.

Atualmente, a ABBR tenta angariar doadores para aumentar em 30% o número de pacientes, todos de baixa renda e deficientes físicos, e manter o atendimento àqueles que não têm condições de pagar o preço simbólico de R$ 5 por sessão.

Herbert é padrinho de campanha
A campanha “Entre Nessa Sintonia”, promovida pela ABBR, tem um padrinho famoso: o vocalista dos Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, que ficou paraplégico depois de sofrer um acidente de ultraleve em 2001. Durante a recuperação, foi submetido a sessões de musicoterapia no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. “Quando estava no hospital, pedia que meus filhos me levassem discos e violão. Com a música, eu canalizava a atenção para outras coisas que não fossem a dor que sentia. A música é o remédio mais elevado que existe”, disse, no lançamento da campanha, em setembro.

Fonte: O Dia online

Comunidades raras de ursos panda são encontradas na China

Cientistas chineses acabaram de descobrir comunidades de entre 10 e 20 ursos panda, animais solitários que só se encontram com outros na época do acasalamento, vivendo juntos em cavernas nas montanhas, informou hoje a imprensa oficial.

A descoberta de sete comunidades de pandas nas montanhas Qinling, na província de Shaanxi (norte da China), pode mudar as idéias estabelecidas sobre este animal, que é símbolo da nação chinesa e corre risco de extinção. Os grupos descobertos quase não se relacionam entre si, salvo quando se encontram por acaso na floresta enquanto procuram comida. Também é surpreendente o fato de as "famílias", para evitar a endogamia, expulsarem as fêmeas da comunidade quando elas completam dois anos e conservarem os filhotes machos, que, no futuro, "aceitarão" na comunidade ursas expulsas de outras cavernas.

As comunidades de pandas sabem reconhecer se um indivíduo pertence a sua "família" ou não pelo cheiro de seus excrementos, disse Yong Yange, diretor do instituto de pesquisa da reserva natural de Foping, onde vivem os animais. Outro tipo de interação social destes pandas, muito raro na espécie, são as brigas entre ursos jovens da mesma comunidade por uma fêmea estrangeira ou o fato de as mães, às vezes, cederem sua casa a ursas "visitantes". As tocas dos pandas nestes "povoados" costumam ter duas cavidades por cada família - uma serve como dormitório - e estar voltadas para o sul, o lado mais ensolarado (exatamente como as casas humanas tradicionais na China).

Os pesquisadores continuam investigando os grupos de pandas para analisar que soluções estes animais procuram quando há um número excessivo de fêmeas e como constroem suas tocas. Yong acredita que, sabendo o suficiente sobre os costumes desta subespécie de pandas, será possível ajudar os animais a construírem novas "casas" e "povoados" que sirvam para aumentar sua reprodução. Atualmente, existem cerca de 1.600 ursos pandas em liberdade, dos quais 300 pertencem à subespécie de Qinling. Os demais vivem mais ao sul, nas florestas de bambu de Sichuan (sudoeste da China). Os problemas de reprodução deste animal, causados pela endogamia, pela destruição das florestas em que os espécimes vivem e pela caça ilegal, condenaram o panda ao lento desaparecimento, embora os cientistas chineses estudem formas de evitar que isso aconteça.

Fonte: Terra online

Governos federal e estadual prometem recuperar Lagoa de Piratininga

Anderson Carvalho

A Lagoa de Piratininga terminará o ano de 2007 com água totalmente renovada. Este é o compromisso assumido pelos governos estadual e federal junto à população da Região Oceânica de Niterói.

Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, as obras de recuperação, que consistem na construção de um túnel de 987 metros de comprimento, que levará a água da Praia de Piratininga para a lagoa – iniciadas há dois anos, tem término previsto para 30 de outubro de 2007. "A obra é fundamental para a despoluição do sistema lagunar Piratininga-Itaipu e a retomada da atividade pesqueira", observou o deputado estadual eleito Rodrigo Neves (PT), que junto com os também vereadores André Diniz (PT) e Felipe Peixoto (PDT), está acompanhando os trabalhos. "Tivemos duas reuniões com o vice-governador e atual secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde, a última, no início do mês. Também estava presente o presidente da Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas), Ícaro Moreno.

Faltam R$ 1,7 milhão para terminar a obra, que iremos pleitear, junto ao governo estadual, nos ministérios do Meio Ambiente e de Integração Nacional. O custo total da segunda fase é de R$ 8.412.703", calcula Rodrigo. Na reunião, de acordo com o petista, foi divulgado um estudo feito pela Coope/UFRJ, informando que após a obra, são necessários cinco dias para a renovação da água no entorno da região do Tibau. Com a construção do túnel, a renovação de toda a água da lagoa demoraria 90 dias. "A renovação tem que ser gradual para garantir a sobrevivência das espécies.

A entrada da água do mar para a lagoa foi a melhor saída encontrada pelos técnicos da Serla e ambientalistas", explica o parlamentar. De acordo com Rodrigo Neves, pelo projeto da obra, o túnel começa na Ilha do Tibau, dentro da lagoa, e termina na Ilha do Veado, já na costa da Praia de Piratininga. "Na primeira fase, foi feito o Estudo de Impacto Ambiental e o começo da construção do túnel. Foram gastos R$ 2.971.924. O governo estadual contribuiu com R$ 500 mil e o governo federal, com o restante. Contudo, a segunda fase começou atrasada. O atraso deveu-se à falhas geológicas do terreno, que obrigou os técnicos a mudarem o percurso do túnel, e à demora no repasse por parte do governo estadual", lembrou Neves, acrescentando que já vem conversando com o governador eleito, Sérgio Cabral Filho, e o futuro secretário estadual de Meio Ambiente, o deputado estadual reeleito Carlos Minc (PT), para garantir a prioridade no repasse de recursos do Estado, segundo ele, já previstos no orçamento para 2007. "Em janeiro, junto com o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jefferson Martins, irei procurar os ministérios do Meio Ambiente e de Integração Nacional em busca dos recursos que faltam para a continuidade da segunda fase das obras. Também me reunirei com Cabral", informa Rodrigo.

Nesta segunda fase, já foi feita a dragagem do túnel e ligação dele às comportas do Tibau e Camboinhas. As obras foram feitas com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam), composto por dinheiro dos royalties do petróleo. As obras estão sendo executadas pela empresa Delta Construtora, vencedora de licitação feita pelo governo estadual em 2004.
Liceu – A reforma do Liceu Nilo Peçanha, no Centro de Niterói, também estará na pauta da reunião que Rodrigo Neves terá com Cabral em janeiro. "Vou pedir a ele a liberação de R$ 2,9 milhões, que já estão no orçamento do Estado, para 2007. Será o suficiente para as obras", calcula o deputado estadual eleito.

Fonte: O Fluminense

Bicho em cativeiro

Se o ideal seria que todo animal nunca saísse de seu habitat, como justificar a existência dos zoológicos? Há quem os defenda e a razão não é mostrar espécies silvestres às crianças

Cláudia Zucare Boscoli

Na animação Madagascar, da Dreamworks, uma zebra do zoológico de Nova York convence seus colegas leão, hipopótamo e girafa que a vida em cativeiro é enfadonha e que a verdadeira felicidade está na selva. Fogem e, depois de muitos percalços até a ilha africana que dá nome ao filme, encaram a dura realidade: eles não sabem mais brigar pela própria comida, nem se defender dos predadores. A conclusão, a la O Mágico de Oz, é que o melhor lugar do mundo é aquele em que se aprendeu a viver. Na vida real, o tema é delicado. Profissionais dos zoológicos e defensores dos direitos dos animais de todo o mundo vêm travando discussões sobre a necessidade da manutenção de animais em cativeiro. E como não se pode contar com a opinião dos principais interessados, a polêmica prossegue.

Diretores de zoológicos dos EUA, por exemplo, estudam a viabilidade de pôr fim à exibição de animais de grande porte, principalmente ursos e elefantes. A justificativa é mais do que válida: esses bichos têm demonstrado grande variação de comportamento, em alguns casos até neuroses, e problemas físicos, como artrite, decorrentes da falta de espaço nos cativeiros. Por aqui, Ibama e sociedades de zoológicos têm uma convicção: o cativeiro é necessário. Não para poder mostrar animais silvestres às crianças como muitos acreditam.

Apesar de ser cobrado de todos os zôos que desenvolvam atividades de educação ambiental, há outras duas razões de maior urgência para os próprios animais. A primeira delas diz respeito à pesquisa, que garante a reprodução em cativeiroe a conseqüente manutenção da espécie. “Até uns anos atrás, quase não haviamais micos-leões-dourados no Rio de Janeiro. Graças ao trabalho dos zoológicos, eles voltaram. Foi feita a reprodução em cativeiro e, pouco a pouco, eles foram reintegrados à natureza. O pessoal os treinou a buscar comida, a se defender”, exemplifica o coordenador geral de fauna do Ibama, Ricardo Soavinski. O diretor técnico científico do Parque Zoológico de São Paulo, José Luiz Catão Dias cita também o caso dos gorilas provenientes da África equatorial. “Lá, eles estão em constante ameaça, por conta da caça, de doenças transmitidas pelo ecoturismo, pela devastação que diminui seu habitat. O que garantiria a continuação da espécie se não a reprodução em cativeiro? Os zoológicos sobrevivem, sem dúvida, sem gorilas, tanto que só há um em todo o Brasil que mantém esses animais em exposição. Mas será que os gorilas sobreviveriam sem a pesquisa desenvolvida nos zoológicos?”, questiona.
O segundo ponto levantado por quem defende a manutenção dos animais em cativeiro é, justamente, a dificuldade para eles se reintegrarem à natureza. Além de desaprenderem a se virar na mata, ao sair de seu habitat, eles passam a carregar bactérias, protozoários e vírus que, se levados aos demais animais dessa e de outras espécies, podem causar verdadeiros desastres ecológicos. Legalmente, é proibido retirar animais da natureza, seja para a exibição em zoológicos ou qualquer outro fim. No entanto, há os animais que estão nos zôos desde antes da promulgação da lei, e que não se readaptariam, e também os provenientes do tráfico. “O ideal seria mesmo que os animais nunca saíssem do seu habitat”, confessa Catão. “Mas há uma retirada absurda de bichos da natureza e isso quem faz não são os zoológicos. Os que podem ser repatriados são, mas muitos não podem e a própria União Internacional para a Conservação da Natureza (órgão da ONU) recomenda que sejam mantidos em cativeiro”, explica. Algumas estatísticas falam de 12 milhões de animais silvestres capturados pelo tráfico anualmente. Outras calculam que passe dos 38 milhões.

Contrária à existência de zoológicos, Ila Franco, presidente da União Internacional do Animal (Aila), duvida da função educativa dos mesmos. “O homem mantém o animal em cativeiro como fazia com os escravos. Diz que ele não tem alma, então pode acorrentar, pôr em jaula. As crianças aprendem uma coisa que não é verdade, porque não é assim que eles vivem”, condena. No entanto, ela considera aceitável a iniciativa de manter nos zôos os animais que não podem ser repatriados. “Mas tem que atender às necessidades do bicho. Os elefantes, por exemplo, caminham 30 km por dia na natureza e usam a lama para proteger a pele dos insetos. Se forem construídos santuários que ofereçam isso a eles, aí sim, se estará realmente pensando no bem-estar animal”, conclui.

Condições mínimas

Não existe um padrão mundial que determine as condições em que os animais devem ser mantidos em cativeiro. No Brasil, a lei de zoológicos é de 1983 e foi elaborada por técnicos com base em experiências nacionais e internacionais de sucesso em reprodução e bem-estar. Há também uma instrução normativa que determina tamanhos e condições mínimas dos cativeiros, alimentação e segurança de acordo com a espécie e a obrigatoriedade de se manter pessoal capacitado, sendo um veterinário e um biólogo, além de programas de educação ambiental e pesquisa. O órgão responsável por fiscalizar o cumprimento da lei é o Ibama. Em sua vistoria mais recente, foram avaliados os zoológicos do Sudeste, onde estão 70 dos 140 do País. Os resultados foram os seguintes: 42,85% estão adequados, 11,4% foram fechados e os demais receberam um termo de ajuste de conduta, com a ameaça de serem também fechados caso não façam as adaptações necessárias. “Muitas vezes a população apela para não fecharmos o zoológico, porque cria-se um vínculo, ele faz parte da atividade social, do lazer dessa localidade. Mas não podemos fazer nada. A prioridade é o bem-estar do bicho”, diz Soavinski, do Ibama. Ele conta que em 80% dos casos são governos municipais e estaduais que abrem e mantêm os zoológicos e que os problemas decorrem basicamente da falta de investimentos: “Principalmente em cidades pequenas em que o turismo é irrelevante, eles não conseguem bilheteria suficiente para complementar a verba. Chegam até a alegar que, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal não puderam investir o que deveriam”. Se há animais submetidos a maus-tratos, garante, é por falta de espaços adequados, de funcionários treinados e de dinheiro para alimentá-los como manda a lei. Castigo é coisa de circo. “São pessoas sérias, dedicadas. Só o fato de trabalharem com animal demonstra isso”, avalia. Indagado se os interesses econômicos não seriam o real motivo da existência dos zôos, Soavinski é taxativo: “Imagine quanto custa fazer um recinto correto para felinos de grande porte, com fosso, sem grade, sem jaula, e ainda alimentá-los com quilos e quilos de carne diariamente? Zoológico não dá lucro. Tanto que a maioria é pública”, defende.
Fonte: Revista Isto é

sábado, 30 de dezembro de 2006

Governo fixa metas contra destruição de florestas

A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), ligada ao Ministério do Meio Ambiente, definiu metas para serem atingidas até 2010. O trabalho, inédito no País, chama a atenção pela ousadia das propostas, como reduzir até 2010 em 100% a taxa do desmatamento na mata atlântica, em 75% a destruição da região amazônica e em 50% o desmatamento dos biomas restantes. Como valores de referência, são usados números de 2002/2003 - quando, na Amazônia, 25.151 quilômetros quadrados foram derrubados, o terceiro maior índice registrado no Brasil.

As metas para criação de unidades de conservação mantêm o padrão de exigência. Integrantes da Conabio defendem que até 2010 a área da Amazônia protegida por unidades de conservação passe de 20% para 30%. Para os demais biomas, a porcentagem é menor. A comissão considera ideal que até 2010 pelo menos 10% da área dos demais biomas esteja protegida em unidades de conservação. Formada por integrantes da sociedade e do governo, a Conabio fixou metas para sete áreas, como pesquisa, conservação de ecossistemas e espécies ameaçadas e uso sustentável dos recursos. Elas foram definidas ontem, depois de um longo processo que incluiu estudos prévios - como a área atualmente preservada e o impacto de espécies invasoras - e debates com especialistas em diversas áreas.

O gerente de Conservação de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, afirmou que em 2007 uma nova etapa de discussão deve ser iniciada, para estabelecer mecanismos práticos para que tais metas sejam atingidas até 2010. Dias nega que as propostas sejam genéricas. 'É justamente o contrário. Partimos do zero. Fizemos um diagnóstico da situação, quais são as metas importantes para garantir a preservação da biodiversidade', afirma. A partir de agora, as fórmulas para alcançar tais objetivos serão discutidas e criadas, garante. Entre as propostas que serão avaliadas, afirma ele, estão políticas de incentivo para que o setor produtivo adote as medidas que beneficiam a proteção ambiental.

Fonte: Agência Estado

Intercom Sudeste já tem três nomes confirmados

Juiz de Fora

O Intercom Sudeste 2007, XII Congresso de Ciências da Comunicação , a ser sediado pela Facom/UFJF, de 16 a 18 de maio, já tem três convidados com presença confirmada: os professores André Lemos (UFBA), Elizabeth Saad (USP) e Sônia Virgínia Moreira (UERJ).

Além de conferência e painéis, as atividades do evento incluem os Grupos de Trabalho (GTs) e a Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), coordenados, respectivamente, pelos professores da Facom, Paulo Roberto Figueira Leal e Iluska Coutinho. Também estão programadas oficinas e atrações culturais.

Informações: http://www.intercom.org.br/congresso/regionais/intercomsudeste.htm

Fonte: Ascom Facom/UFJF

Semana de Relações Públicas - Uerj

Rio

Os alunos do 7º período, disciplina Projetos Experimentais, do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social (FCS/UERJ) promovem a Semana de Comunicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) - XXIX Semana de Relações Públicas.

O tema desta edição é esporte e abordará o Jornalismo e o Marketing Esportivos e a Comunicação do Pan 2007. A Semana contará também com a participação de Décio Lopes, ex-editor chefe do Esporte Espetacular; Beto, editor multimídia do jornal Lance; e da Assessoria de Imprensa e de Marketing do Pan 2007, entre outros.

O encontro será entre os dias 16 e 18 de janeiro de 2007, no 10º andar, bloco F do Pavilhão Reitor João Lyra Filho. Informações: 2587-7624.

Fonte: Ascom

Ufes oferece curso de especialização em área ambiental

Vitória/ES

Estão abertas as inscrições para o curso de especialização em Conservação e manejo da diversidade vegetal, oferecido pelo Departamento de Ciências Biológicas, do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O curso começará em março e terá duração de 16 meses.As aulas serão realizadas às segundas, terças e quintas-feiras, das 19h às 22h, além de encontros quinzenais, totalizando 360 horas. O objetivo do curso é capacitar profissionais para identificar e avaliar os problemas ambientais das formações econômicas e sociais, e proporcionar a atualização de conhecimento em diversidade, estrutura, dinâmica e manejo da vegetação do Espírito Santo, e suas interações com o ambiente.As inscrições estão sendo realizadas na secretaria do programa de pós-graduação do CCHN. As aulas terão início em março de 2007. Mais informações pelos telefones 4009-2524 e 4009-7651.

Fonte: Secretaria de Comunicação e Divulgação / Ufes

Embrapa identifica cidade mais chuvosa do Brasil

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) identificaram a cidade mais chuvosa do Brasil: o município de Calçoene, no Amapá, com uma precipitação média anual de 4.165 milímetros.

O pesquisador Daniel Pereira Guimarães, da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas (MG), analisou séries históricas de chuvas em mais de 400 estações na Amazônia, elaborando um novo mapa da precipitação na região, informou a Agência Fapesp.
"Em Calçoene, entre janeiro e junho, todos os meses são registrados mais de 25 dias de chuva, ou seja, chove quase todos os dias", disse Guimarães. Ele afirmou que a falta de dados de registros históricos consistentes e de longa duração limitou os estudos anteriores. "A caracterização climática de uma região deve se basear em dados consistentes e coletados por, pelo menos, 30 anos", disse. Com a criação da Agência Nacional das Águas (Ana), em 2000, foram organizados bancos de dados contendo milhares de séries históricas em todos os Estados, segundo Guimarães. De acordo com o pesquisador, dados anteriores indicavam a região da Serra do Mar, entre Paranapiacaba e Itapanhaú, em São Paulo, como o local mais chuvoso do País, com uma precipitação média anual de 3,6 mil milímetros. O município amapaense, no entanto, já chegou a sete mil milímetros, em 2000. A precipitação é três vezes maior que na cidade de São Paulo, por exemplo.

Sítio arqueológico

O município amapaense, de sete mil habitantes, situa-se na microrregião do Oiapoque e é conhecido por abrigar um sítio arqueológico pré-colombiano formado por 127 granitos megalíticos alinhados de forma circular. A construção, conhecida popularmente como o stonehenge amazônico, ainda não foi datada pelos arqueólogos. Acredita-se que pode se tratar de um local de observação astronômica ou rituais.

Fonte: Terra online

Estudo associa gene a saúde cerebral na velhice

Apenas uma em dez mil pessoas chega aos 100 anos

Uma variação genética associada à longevidade também parece estar ligada à preservação da memória e da capacidade intelectual em idosos, sugere um estudo feito nos Estados Unidos e publicado na revista científica Neurology.

Os cientistas envolvidos no estudo concluíram que o gene aumenta o tamanho das partículas de colesterol no sangue, o que impede o acúmulo de gorduras nas artérias ao qual são associados problemas como perda de funções cerebrais, ataques cardíacos e derrames. Foram analisados 300 idosos com idades entre 70 e cento e poucos anos. Os que estavam na faixa dos 90 anos e tinham o "gene da longevidade" tiveram um desempenho muito melhor nos testes de memória e concentração do que os do grupo que tinha a mesma idade, mas não tinha o gene. Com base nos resultados, os cientistas concluíram que os indivíduos que tinham o gene tinham duas vezes mais chances de ter uma boa saúde cerebral do que os outros.

Centenários

Os pesquisadores também observaram que os que chegaram aos 100 anos tinham três vezes mais chances de ter o gene da longevidade do que o grupo de 70 anos. O cientista que liderou o estudo, Nir Barzilia, disse que a mesma variação genética pode proteger contra o mal de Alzheimer. "Estudando esses centenários, nós esperamos aprender quais fatores reduzem o risco de doenças que afetam a população geral em um idade muito mais jovem", disse Barzilia, que é diretor do Instituto para Estudos do Envelhecimento da Universidade de Medicina de Nova York. Segundo o pesquisador, além de ter um efeito positivo na integridade dos vasos sanguíneos no cérebro em envelhecimento, o gene também pode exercer uma ação favorável no tecido do cérebro.

O cérebro precisa de um bom suprimento de sangue para manter as suas funções e processos em ordem. A cada grupo de 10 mil pessoas, apenas uma chega aos 100 anos de idade. Os cientistas sempre acreditaram que os genes desempenham um papel na longevidade porque geralmente se trata de uma característica familiar.

Fonte: BBC Brasil

Saúde para dar e vender: como festejar sem cometer excessos

Raquel Aguiar

Para virar o ano sem dor de cabeça, nem de estômago ou ressaca, a dica é simples: não exagerar, seja na comida, no álcool ou na empolgação.

Segundo os médicos, nada melhor para entrar 2007 com a saúde novinha em folha."Nas festas de fim de ano adotamos um cardápio que não costuma ser compatível com nosso clima. Além disso, os alimentos preparados para a ceia geralmente não são refrigerados, o que amplia o risco de contaminação", alerta o endocrinologista William Waissmann, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp). As nutricionistas Patrícia Henriques e Luciana Sales sugerem uma ceia tropical, com frutas e salada verde em vez de frituras e maionese. Luciana lembra que as frutas e os vegetais devem ser bem lavados e chama atenção para as carnes. "Muitas vezes, os assados não são cozidos o suficiente na região próxima ao osso, o que pode causar gastroenterites", alerta. Também é preciso cuidado com as sobras, que costumam não ter espaço na geladeira. "A recomendação é não deixar de comer o que se tem vontade", pondera William, "exceto, é claro, no caso de diabéticos, hipertensos e pessoas que têm restrições alimentares. É bom lembrar que, mesmo que a comida não esteja deteriorada, é possível desenvolver problemas gastrointestinais somente pela alimentação exagerada".

No caso do álcool, o exagero pode levar a uma colite alcoólica. "O álcool causa uma sensação de euforia que dá espaço à redução dos reflexos e à perda da noção do que é perigoso", avalia o médico Antônio Sérgio da Fonseca. "O álcool é a droga psicoativa mais comum nos festejos de final de ano, e também a maior responsável por acidentes de trânsito, brigas e afogamentos. Sem contar o dia seguinte", completa. Para curar a ressaca, é aconselhável dormir bastante, comer alimentos leves, evitar o calor e beber muita água. O médico só alerta que aspirina e remédios efervescentes podem irritar ainda mais o estômago. "Vale lembrar que quando eventos em multidão são combinados à ingestão de álcool podem acontecer acidentes. Nestes casos, o melhor é evitar o pânico e redobrar a atenção com crianças e idosos", aconselha.

A otorrinolaringologista Andréa Pires de Mello alerta para os fogos de artifício. "Não há problemas em assistir à queima de fogos, mas estar próximo à explosão de um morteiro, por exemplo, que tem um estrondo intenso, traz o risco de um trauma acústico, podendo provocar perda de audição súbita e irreversível, sem contar o risco de queimaduras."
A fórmula para começar o ano novo cheio de saúde também passa pelo sexo seguro.

Trabalhando há mais de 20 anos com jovens, a ginecologista Denise Monteiro sabe que o fim de ano é prato cheio para esquecer a prevenção. "O sexo seguro não tem feriado", sintetiza. "No réveillon e no carnaval muita gente cai na folia e esquece de usar preservativo. Assim, deixa de se proteger não só contra Aids e gravidez, mas contra hepatite B, papilomavírus humano (HPV) e chlamydia, doenças comuns que costumam ser esquecidas."

E, para quem decidir emagrecer ou parar de fumar no ano novo, Antônio Sérgio tem uma sugestão. "Qualquer desejo de ter uma vida mais saudável é bem-vindo, mas não deve estar ligado a uma data. O importante é assumir um compromisso com si mesmo".

Fonte: Agência Fiocruz

Destaques da Nature de Dezembro/2006

Pesquisadores sugerem que composição da flora intestinal pode favorecer tendência à obesidade. Em outro estudo, cientistas mostram que o dragão de Komodo pode se reproduzir sem sexo, por partenogênese

Fêmea virgem de dragão de Komodo gera filhotes de forma assexuada

Apesar de nunca ter tido contato com um macho de sua espécie, Flora, uma fêmea de dragão de Komodo (o maior lagarto do mundo) que vive no Zoológico de Chester, Reino Unido, espera o nascimento de oito filhotes. Exames de DNA feitos em três filhotes que morreram comprovaram que as crias foram produzidas por partenogênese, processo muito raro em vertebrados em que a fêmea gera descendentes sem que seus óvulos tenham sido fertilizados. A história de Flora não é a única do gênero. A vida íntima de outra fêmea desse réptil, Sugai, mantida em cativeiro no Zoológico de Londres, sugere que esses animais, hoje ameaçados de extinção, são capazes de alternar as duas formas de reprodução, sexuada e assexuada, dependendo da presença de machos em seu ambiente. Depois de ter mantido as últimas relações sexuais com um parceiro há dois anos, Sugai foi capaz de gerar quatro filhotes por partenogênese no zoológico londrino. A descoberta tem implicações na criação em cativeiro do dragão de Komodo, lagarto endêmico da Indonésia que pode passar dos 100 quilos e medir mais de 3 metros. Normalmente, os zoológicos mantêm apenas fêmeas em exibição, enquanto os machos, sem residência fixa, passeiam de um criadouro a outro a fim de fecundar várias parceiras. Segundo os autores do trabalho, manter machos e fêmeas da espécie juntos poderia evitar a partenogênese e contribuir para aumentar a diversidade genética da espécie.

Bactérias favorecem obesidade. Gordos têm maior quantidade de microorganismos que estimulam ganho de peso

As causas da epidemia global de obesidade podem ir além dos maus hábitos alimentares. Segundo estudo de cientistas da Universidade de Washington (EUA), a composição da flora intestinal dos gordos é distinta da dos magros e essa diferença pode favorecer o acúmulo de gordura.

A equipe de cientistas liderada por Jeffrey Gordon observou que, em relação a indivíduos magros, as pessoas obesas têm 20% a mais de bactérias do filo Bacteroidetes e 90% a menos do filo Firmicutes. Esses são os dois grupos principais de microorganismos encontrados nos intestinos que ajudam no processo de digestão dos alimentos. Os pesquisadores, que estudaram 12 pessoas submetidas a um regime de baixa caloria, também perceberam que a população de bactérias num mesmo indivíduo se altera à medida que ele perde ou ganha peso. Ou seja, a flora intestinal varia conforme a quantidade de gordura presente no corpo. Mas essa comunicação do organismo com as bactérias é de mão dupla. Quando se muda a composição das populações de bactérias no intestino, e isso foi demonstrado até agora em camundongos, pode se favorecer ou dificultar o ganho de peso.

Fonte: Nature online

Museu Goeldi e Inpa compartilham bancos de dados sobre a Amazônia

O primeiro passo foi nivelar as equipes técnicas e a arquitetura computacional do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ambos vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O planejamento e a execução das tarefas levaram um ano e ficaram a cargo das equipes do Núcleo de Biogeoinformática (NBGI) do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio-Amazônia) e da Comissão Mista de Informática (CMI) da Rede CTPetro. O trabalho resultou na implantação de um ambiente computacional robusto e seguro para as duas instituições parceiras. O novo ambiente já está em pleno funcionamento, interligando e atualizando, em tempo real, os sistemas e os bancos de dados da Rede CT Petro Amazônia e do PPBio Amazônia, projetos de pesquisa realizados, na região amazônica, em parceria pelas duas instituições.

A estratégia adotada na implantação da nova plataforma priorizou a capacidade de gestão e de integração de dados entre os parceiros. “O nosso objetivo foi criar um ambiente flexível, mas com segurança, que atendesse as demandas de cada instituição”, afirma Laurindo Campos, coordenador do Núcleo de Biogeoinformática do PPBio, no Inpa, e membro da Comissão Mista de Informática do CT Petro.Segundo Laurindo, cada instituição gerencia suas ferramentas, sistemas e banco de dados.

O novo ambiente possui ainda mecanismos que garantem a integridade e a replicação automática dos dados produzidos pelas duas instituições. “No advento de falhas de comunicação, uma das instituições assume o controle dos sistemas de forma transparente para os usuários, não permitindo perda de informações entre os sistemas. Após o restabelecimento da conexão, os sistemas são automaticamente sincronizados, mantendo a mesma integridade anterior à falha”, explica Laurindo.Os servidores dos dois projetos, localizados no Museu Goeldi, em Belém (PA), e no Inpa, em Manaus (AM), já estão interligados pelo novo sistema e a meta é manter os bancos de dados das duas instituições atualizados em tempo real. “É uma ferramenta que visa colaborar na gestão desses dois projetos”, afirma. Criado em 2004, o PPBio Amazônia desenvolve ações de pesquisa voltadas para políticas de conservação e uso sustentável da biodiversidade na região.

O programa apóia a implantação, manutenção e informatização de redes de inventário da biota amazônica e de acervos e coleções científicas biológicas sobre a região.Já a Rede CTPetro Amazônia reúne várias instituições de pesquisas da região com o objetivo de desenvolver tecnologias voltadas para a recuperação de áreas degradadas na floresta, resultantes da exploração de recursos minerais, como o petróleo e o gás natural. As novas tecnologias desenvolvidas pela Rede são empregadas principalmente na bacia de Urucu, no município de Coari, a 600 km de Manaus, mas também podem servir de modelo para a recuperação de outras regiões impactadas pelas atividades agropecuárias.

Fonte: Mct

Meningite meningocócica: tratamento mais eficiente e barato

Rio

Cientistas criam técnica nova para identificar bactéria e melhorar socorro

O tratamento contra a meningite meningocócica, a mais freqüente no País, vai se tornar mais eficaz e barato. O avanço no combate à doença se deve à equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), coordenada pelo médico David Eduardo Barroso, responsável por uma técnica capaz de identificar a bactéria causadora da meningite meningocócica, como noticiou quinta-feira o colunista Ricardo Boechat, de O DIA.

Ao contrário dos métodos convencionais de diagnóstico, que chegam a falhar em até 70% dos casos, a técnica PCR — abreviatura em inglês para Reação da Polimerase em Cadeia — conseguiu identificar a bactéria ‘Neisseria Meningitidis’ em 96% das amostras fornecidas pelo Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, no Caju. “A identificação da bactéria permite ao médico receitar o melhor antibiótico para o paciente. Com isso, reduz-se a toxicidade no organismo e o custo do tratamento. Além disso, é possível também definir as estratégias mais adequadas para evitar a disseminação da doença”, afirma Barroso.

Estima-se que uma em cada 10 pessoas seja portadora da ‘Neisseria Meningitidis’ em algum momento da vida. Somente um em cada mil, porém, desenvolve a doença. Essa proporção pode chegar a um em cada cem durante grandes epidemias. “O ideal é que a técnica seja utilizada rotineiramente pelo Ministério da Saúde, mas a implantação ainda depende das autoridades”, diz.

Doença perigosa

A meningite é uma doença infecciosa que atinge as membranas que envolvem o cérebro e é provocada por vírus ou bactéria. A meningite viral é mais branda e facilmente curável. Já a bacteriana, bem mais grave, é provocada principalmente por três bactérias: meningococo, pneumococo e hemófilo. A transmissão da bactéria se dá por via respiratória. Os surtos ocorrem mais no inverno, quando a aglomeração de pessoas em ambientes fechados facilita a transmissão da bactéria. O microorganismo fica incubado de dois a 10 dias. Nessa fase, os sintomas não são evidentes e a doença pode ser confundida com gripe. A evolução é rápida e o quadro pode agravar-se em 12 horas. Sem tratamento, pode ocorrer insuficiência renal, cardíaca e pulmonar.

Fonte: O Dia online

Ministério da Saúde realiza campanha de vacinação contra rubéola

Postos de saúde de todo o Brasil estão em alerta para realizar a vacinação contra rubéola e evitar o surto da doença, que já foi detectada no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. As capitais dos dois estados foram as que apresentaram maior número de casos, juntamente com as cidades de Niterói (RJ) e Contagem (MG). No total, foram confirmados 739 casos em 23 municípios fluminenses e 33 mineiros.

De acordo com o coordenador geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Ricardo Marins, a principal suspeita é que a doença tenha sido trazida por algum estrangeiro assintomático, ou seja, que tinha a doença, mas sem manifestar nenhum sintoma. “Esse vírus circula na Europa, e muitos países não realizam a vacinação”. Marins disse que o fato de o vírus não se manifestar em alguns indivíduos é o que mais dificulta o combate à doença. Segundo ele, estima-se que 25% dos indivíduos são assintomáticos. “Essas pessoas podem disseminar o vírus sem saber. Por isso, a nossa preocupação, porque, como são estados que recebem muitos turistas, especialmente, o Rio de Janeiro, as pessoas podem voltar para suas cidades e começar outro surto”, disse.

Os primeiros casos de rubéola foram detectados em julho deste ano. Além da campanha de vacinação, cartazes foram espalhados nos aeroportos, portos e rodoviárias com informações sobre a doença. No entanto, com as festas de fim de ano e férias, as medidas foram ampliadas.
“A recomendação é a vacinação adequada. As crianças devem estar vacinadas. A criança, no seu primeiro ano de vida, deve tomar uma dose e depois na idade pré-escolar. Os adultos e adolescentes, que não tomaram essas vacinas, também devem tomar uma dose para poder se proteger”, afirmou. Marins lembrou que a vacina só passa a proteger depois de 20 a 30 dias. Segundo ele, quem vai para a região afetada, mesmo que tenha tomado a vacina recentemente, corre o risco de ter a doença.

A rubéola é transmitida pelo ar, e os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas pelo corpo e inchaço nos gânglios. A doença não apresenta grandes riscos para um indivíduo adulto ou uma criança. No entanto, o quadro se inverte quando uma mulher grávida se infecta: o vírus ataca o feto e pode causar danos de má-formação como surdez, cegueira e retardo mental.

Fonte: Agência Brasil

China usa cobra para prever terremoto

Cientistas chineses dizem que o monitoramento do comportamento de cobras é uma maneira de prever os terremotos dias antes que eles ocorram, afirma uma reportagem do "Independent".

O serviço sismológico de Nanning desenvolveu um sistema de previsão que combina observação de cobras e alta tecnologia. Especialistas monitoram répteis em criatórios locais usando câmeras de vídeo ligadas à internet 24 horas por dia."De todas as criaturas, talvez as cobras sejam as mais sensíveis a terremotos", conta Jiang Weisong, diretor do serviço sismológico de Nanning, na Região Autônoma de Guangxi, no sul do país.

As serpentes pressentem um terremoto a uma distância de 120 km até cinco dias antes de o abalo acontecer, reagindo de uma forma diferente da costumeira. "Quando um abalo está para acontecer, as cobras saem do ninho, mesmo durante o inverno. Se for um terremoto grande, elas podem até bater a cabeça num muro tentando escapar", afirmou Jiang. O município possui um centro de monitoramento de terremotos com cinco estações secundárias remotas, três estações de alerta e 143 unidades de monitoramento animal."Instalando câmeras nos ninhos das cobras, aprimoramos nossa habilidade de prever terremotos. O sistema pode ser estendido para outras partes do país para fazer nossas previsões de terremotos mais precisas", diz Jiang.

"Os agricultores receberam bem as câmeras e a banda larga. Eles podem acessar informações na internet, como técnicas para criar cobras e números da demanda do mercado de cobras", diz.Os sistemas de monitoramento por cobras se provaram populares entre fazendeiros locais e Jiang escreveu uma carta ao governo pedindo verbas para construir mais estações. A maior parte do acesso à internet na China ainda está comprometida após o terremoto. Os tremores revelaram as fragilidades de todo um sistema de cabos no leito marinho na Ásia, que formaram o sistema de informação necessário à explosão da economia local.Em Taiwan, na última terça-feira, duas pessoas morreram quando três prédios caíram devido à série de abalos que atingiu a ilha. Nanning é uma das doze cidades ao longo do país monitoradas por equipamento de alta tecnologia.

Fonte: Folha online

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

A Honda vai produzir em massa carros movidos à pilha até 2018

A fabricante japonesa de automóveis Honda pretende produzir em massa carros ecológicos movidos à pilha até 2018, segundo um comunicado à imprensa divulgado nesta sexta-feira.
A Honda Motor Co., terceira maior montadora de carros do Japão, planeja iniciar em 2008 no Japão e Estados Unidos a produção de um carro popular movido a hidrogênio.
"Desenvolvendo um novo modelo deste modo (movido à pilha), acredito que esta tecnologia se tornará muito próxima da produção em massa de veículos comuns em 10 anos ou menos", disse o presidente da Honda, Takeo Fukui, em uma entrevista à agência Kyodo News. "Em 2018, acredito que o desenvolvimento (de um carro movido à pilha) estará muito avançado", acrescentou. "Esta será uma possibilidade real em larga escala."

O carro desenvolvido pela montadora líder do mercado representa um grande corte nas emissões de CO2, mas o alto preço de carros como este, estimado em 100 milhões de iens (840.000 dólares) cada, representa uma grande barreira à comercialização de carros movidos à hidrogênio. Os carros movidos à pilha produzem eletricidade através de uma reação química entre o hidrogênio e o oxigênio, resultando em apenas água como produto final. Fukui disse que espera uma grande procura dos consumidores pelo carro movido à pilha da Honda se este for vendido por 10 milhões de iens.
A Honda apresentou anteriormente um modelo batizado de FCX, um carro do tipo sedan conceitual movido àahidrogênio, mas antes que a próxima geração de carros se torne mais comum, Fukui disse que terá que enfrentar alguns desafios tecnológicos. Segundo o presidente da montadora, os desafios incluem como reduzir a quantidade de metais nobres usada nas pilhas, como melhorar o armazenamento de hidrogênio e como produzir hidrogênio a menor custo.

Fonte: IG

Relações Exteriores aprova acordo para preservação de aves

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou na semana passada o texto do Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis (Acap), em vigor desde fevereiro de 2004. O acordo tem o objetivo de ajudar na proteção de 21 espécies de albatrozes e 7 de petréis - aves que se alimentam de peixe nos oceanos - e recebeu parecer favorável do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

Firmado em decorrência de ações formuladas na Convenção sobre Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (Convenção de Bonn), o Acap já foi ratificado por 9 países, entre os 11 que já o assinaram. Segundo o governo brasileiro, a ratificação do acordo reforçará o engajamento do País na proteção de espécies sob ameaça e evitará sanções por parte de importadores de pescado.

Os importadores aplicam sanções aos países que não adotam medidas para combater a captura não intencional de aves marinhas durante a pesca comercial. O relator destacou que, anualmente, mais de 300 mil dessas aves são mortas por barcos que pescam com espinhel (longa linha com inúmeros anzóis) e usam seus alimentos (lula e peixes) como isca. "A mortalidade dessas aves nas embarcações espinheleiras tem sido apontada como a principal causa do declínio de suas populações", reiterou Gabeira.

Espécies ameaçadas

Fernando Gabeira lembrou que estudos revelaram que a situação de conservação dos albatrozes e petréis pode ser afetada negativamente por fatores como a degradação de seus hábitats, a poluição e a redução de recursos alimentares, além da mortandade acidental resultante da pesca comercial. No Brasil, das 19 espécies que interagem com espinhéis, 6 albatrozes e 5 petréis estão na lista de espécies ameaçadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).O Acap prevê a adoção de medidas pelos países participantes que incluem o controle de espécies não nativas prejudiciais às aves; o apoio a pesquisas sobre a conservação dos animais; o desenvolvimento de programas de conscientização; e a troca de informações sobre os programas de conservação já realizados, entre outras ações.

Tramitação

O texto será analisado, na forma de projeto de decreto legislativo, pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado pelo Plenário.

Fonte: Agência Camara

Operação do Ibama aplicou R$ 12,8 milhões em multas por desmatamento ilegal

Operação Acauã de combate ao desmatamento no Amazonas, desencadeada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aplicou R$ 12,8 milhões em multas por desmatamento ilegal. As ações de fiscalização ocorreram em 130 dias de atuação no sul do estado - de 20 de junho a 31 de outubro, período correspondente à seca, historicamente a época com maior desmatamento e queimada.

Segundo informações do Ibama, os fiscais apreenderam mais de 230 m³ de madeira e autuaram mais de 9,3 mil hectares de áreas desmatadas ou queimadas ilegalmente. A operação atuou nos municípios do sul do estado do Amazonas, região que apresenta elevados índices de destruição da floresta e está incluída no chamado arco do desflorestamento.

Em nota, o Ibama informa que participaram da operação ao todo 56 agentes do Amazonas e Acre e das instituições como Polícia Militar, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Exército, além do apoio de veículos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e equipamentos do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para a localização via satélite das áreas desmatadas.

Fonte: Agência Brasil

Plano energético da União Européia prevê redução radical de emissões de poluentes

A Comissão Européia desenvolveu um plano de política energética para os próximos anos. Entre os seus pontos principais estão ambiciosas metas referentes à proteção climática, à promoção de maior concorrência nos mercados de energia e a uma possível reabilitação da energia nuclear, que não emite gases poluentes.

O documento produzido pela Comissão Européia traz o título direto: "Uma Política de Energia para a Europa". A palavra "Confidencial" está estampada em cada uma das suas 25 páginas. Existem bons motivos para isso. Um pequeno grupo de especialistas na sede da União Européia, em Bruxelas, passou meses desenvolvendo aquilo que é um verdadeiro plano mestre para a futura política energética da Europa. O documento preconiza medidas bastante específicas no que diz respeito à política de proteção climática, à segurança energética e à criação de um sistema competitivo e funcional nos mercados de eletricidade e gás natural do continente.

Por mais discreto que esse documento possa parecer, ele poderá modificar fundamentalmente o suprimento de energia para a Europa. A comissão chegou ao ponto de caracterizar o seu plano como o marco do alvorecer de uma "nova revolução industrial". Um "Grupo de Alto Nível" ainda está trabalhando febrilmente nos ajustes dos últimos detalhes do conceito abrangente que o presidente da comissão, José Manuel Barroso, pretende divulgar em 10 de janeiro de 2007. Mas, deixando de lado os detalhes, já está claro que as companhias européias de energia podem esperar mudanças que estão vindo em sua direção em uma escala sem precedentes. Especialmente o mercado alemão e as suas quatro empresas dominantes do setor energético enfrentarão desafios imensos com sérias conseqüências para os investimentos, os preços da energia e a confiabilidade do suprimento de energia.

Especificamente, a Comissão Européia pretende:

a. Expandir drasticamente as metas de proteção climática. Superando os níveis superiores estabelecidos pelos atuais acordos, o plano prevê uma redução de 35% das emissões na União Européia até 2035, e de 50% até 2050.
b. Promover as energias renováveis, que responderiam por até 20% do consumo primário de energia na União Européia até 2020, com um aumento de 10% do consumo dos biocombustíveis.
c. Implementar um sistema de mercado aberto de comércio de eletricidade e gás, que possibilitaria que os consumidores individuais selecionassem os seus próprios fornecedores no âmbito da União Européia.
d. Encorajar as grandes companhias distribuidoras de energia a vender as suas amplas redes de eletricidade e gás natural, garantindo dessa maneira uma competição efetiva.

A data para ratificação final desse conceito é março de 2007, durante o encontro de cúpula dos chefes de Estado da União Européia - sob a liderança da chanceler alemã Angela Merkel, depois que a Alemanha assumir a rotação da presidência da União Européia. Isso coloca Merkel em uma posição difícil. Por um lado, ela deixou claro que a proteção climática será uma das metas da sua presidência da União Européia. Por outro, as propostas da comissão de Barroso terão um impacto especialmente forte sobre a indústria alemã.

Práticas dúbias
De acordo com documento interno de 1º de dezembro, grandes companhias distribuidoras como as alemãs RWE e E.on e a sueca Vattenfall teriam que vender as suas redes de eletricidade e gás natural, que valem bilhões de euros. Neelie Kroes, o Comissário Europeu para Questões de Competição, acredita que os novos atores no mercado só serão capazes de se estabelecer caso haja uma separação nítida entre a produção e a distribuição de energia através da malha energética. A fim de embasar a sua teoria, Kroes passou meses coletando evidências de práticas competitivas questionáveis por parte dos gigantes de energia da Europa. A comissão pretende ainda eliminar gargalos artificiais no suprimento de energia entre os respectivos Estados membros, investindo pesadamente em redes que atravessam fronteiras internacionais. No passado, empresas monopolistas foram capazes de restringir o comércio de eletricidade e gás entre diferentes países ao manter diminuta dimensão das linhas de produção de energia elétrica e de gás, impedindo efetivamente que os competidores estrangeiros tivessem acesso aos mercados domésticos.

Uma agência reguladora da União Européia com poderes extensos monitoraria o novo sistema, garantindo que os preços da energia se baseassem na oferta e na demanda, e que os governos nacionais fossem impedidos de intervir. As conseqüências desta parte do plano energético da União Européia seriam vastas, especialmente para a Alemanha. Enquanto a maior parte dos outros países da União Européia, tais como o Reino Unido, separaram as redes de distribuição das usinas de produção há muitos anos, as grandes companhias de energia ainda controlam as dispendiosas redes de distribuição de eletricidade da Alemanha. Na Alemanha, a Agência da Rede Federal, com sede em Bonn, atualmente garante que os oligopólios não se aproveitem de suas posições de poder para lançarem mão de práticas competitivas injustas. Mas se o novo plano da União Européia se materializar, todo o sistema da Alemanha terá que ser modificado.

Partindo para a briga
Já está claro que as principais empresas de energia elétrica não aceitarão tais mudanças radicais sem partir para a briga. Faz semanas que elas vêm advertindo o governo alemão que uma ordem governamental no sentido de venderem o seu patrimônio na área de distribuição beiraria à inconstitucionalidade. A indústria deixou bem claro que combaterá tais medidas com "todos os meios" à sua disposição. Merkel sentiu um gosto da ira das companhias energéticas na semana passada, quando elas e outras empresas alemãs bombardearam a chancelaria com cartas de linguagem dura protestando contra os planos de Bruxelas no sentido de exigir que a economia alemã reduza a sua meta anual de emissão de CO2 em 12 milhões de toneladas. A comissão determinou que as emissões da Alemanha no período 2008-2012 não poderão exceder 453 milhões de toneladas por ano, contra a proposta de Berlim de um máximo de 465 milhões de toneladas. A despeito da indignação da indústria, essa redução é ridiculamente pequena quando comparada às metas da Comissão Européia para os anos vindouros, segundo o novo plano de energia. De acordo com o documento interno, a União Européia assumiria "um papel de liderança global na proteção climática" e no "desenvolvimento e uso de tecnologias energéticas eficientes". Em termos concretos, isso possibilita uma redução de 35% das reduções de CO2 em relação aos níveis de 1990 até 2035, e de 50% até 2050. Isso excede em muito os patamares solicitados segundo os atuais acordos, e tais números seriam praticamente impossíveis de serem alcançados sem uma intervenção maciça no sistema existente - e sem aumentos de preços.

Uma ameaça à recuperação econômica?
Em uma carta dirigida ao presidente da comissão no final de novembro, Günter Verheugen, o comissário alemão de Indústrias e Negócios na União Européia, advertiu que as metas do novo plano poderiam ser muito ambiciosas, porque poderiam provocar um aumento de até 10% do preço da eletricidade na União Européia, com efeitos potencialmente adversos para a incipiente recuperação econômica do continente. Muita coisa está em jogo, especialmente para os segmentos industriais que usam muita energia e para as companhias de eletricidade da Europa. Caso a vontade da comissão prevalecer, o preço cada vez maior dos certificados de CO2, segundo o esquema de comércio de direitos de emissão na União Européia, obrigariam as empresas de fornecimento de eletricidade a atualizar as suas antigas usinas de produção de energia elétrica movidas a carvão. Além disso, o plano prevê que só se concedam aprovações para a construção de novas usinas àquelas empresas com emissões zero do CO2, o gás que prejudica o clima global. A regulamentação se aplicaria até mesmo a usinas à base de gás e de carvão. As metas do plano não são menos ambiciosas quando se trata da expansão das unidades baseadas em fontes de energias renováveis, como, por exemplo, a solar, a eólica e a biomassa, preconizando um aumento da fatia dessas fontes no mercado de consumo de energia primária do nível atual, que é de 7%, para 20% até 2020. Exigir-se-ia até mesmo que as companhias de eletricidade incrementassem o seu quociente de energia renovável para 34%. Como comparação, a comissão calcula que atualmente a Alemanha, com as suas várias turbinas eólicas, mal consegue atingir um quociente de 6% de energia renovável, o que já coloca o país entre os líderes europeus no uso de energias que não agridem o meio-ambiente.

Uma oportunidade econômica?
De acordo com o documento da comissão, o custo anual de uma mudança do sistema para atender às especificações seria de cerca de 18 bilhões de euros. Por mais impressionante que seja essa cifra, as autoridades da União Européia em Bruxelas estão convencidas de que esse seria um dinheiro bem empregado. Uma expansão em grande escala das unidades baseadas em energias renováveis possibilitaria à indústria européia reduzir a sua dependência das cada vez mais caras importações de petróleo. Ao mesmo tempo, os manufatores europeus de equipamentos dessa área poderiam enxergar oportunidades crescentes para vender com sucesso as suas novas tecnologias no mercado global. Mas até mesmo essas medidas não seriam suficientes para que se alcançassem as metas climáticas estabelecidas para si própria, admite a comissão. Para compensar essa deficiência, o plano promoverá a economia de energia e a expansão da energia nuclear. Segundo o documento da comissão, a energia nuclear é um meio relativamente barato e pouco poluente de geração de energia elétrica, e por esse motivo seria difícil abrir mão das usinas nucleares, especialmente ao se ter em mente a meta de proteção do clima. Embora a comissão pretenda deixar a cargo de cada Estado membro a decisão quanto a abandonar ou não essa fonte polêmica de energia, os países teriam que garantir que quando desativassem as suas usinas nucleares estas seriam substituídas por alternativas que não emitissem gases poluentes. As companhias elétricas alemãs já se prepararam para esse cenário. Seguindo a iniciativa precursora da E.on na Grã-Bretanha, no futuro elas pretendem investir mais pesadamente em usinas nucleares no exterior. Essas empresas acreditam que tão logo o mercado energético da União Européia se torne totalmente desregulamentado, elas serão capazes de vender a eletricidade gerada por usinas nucleares no exterior aos seus clientes alemães. Como este é um cenário que não colide com a decisão do governo alemão de abandonar completamente a energia nuclear, nos próximos meses e semanas provavelmente haverá intensa discussões sobre o plano Barroso. Em uma reunião dos chefes de Estado europeus duas semanas atrás, a chanceler Merkel indicou que não está disposta a aceitar na sua totalidade o conceito energético da União Européia. "Essas são questões delicadas, que giram em torno de fortes representações de interesses - também para a Alemanha", declarou Merkel.

Brasil cria tecnologia mais barata e segura para detecção de doenças

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma tecnologia para detecção do vírus da aids e da hepatite C. O método reduz o tempo da chamada janela imunológica, período que o organismo leva para produzir, depois da infecção, uma certa quantidade de anticorpos que possam ser detectados pelos exames de sangue específicos.

A informação foi dada pelo presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), João Paulo Araújo, em entrevista ao programa Revista Brasil.
Araújo explicou que a metodologia já é conhecida, mas o Brasil tinha dificuldade de implantação pelo alto custo das duas produtoras mundiais. A partir de 2004, os pesquisadores optaram por desenvolver um produto nacional. “Esses exames já são realizados em todos hemocentros, mas eles buscam pesquisar anticorpos e, com isso, se perde tempo. Com a nova metodologia, em que se trabalha com o genoma do vírus, é possível reduzir o tempo da janela imunológica detectando assim a contaminação pelos exames. Isso assegura mais qualidade ao sangue [coletado nos hemocentros]”, disse Araújo.

Segundo o presidente da Hemobrás, a tecnologia é vantajosa também pelo preço, mais baixo que o de dois produtos similares vendidos por multinacionais. O nacional, que está sendo desenvolvido, deve ficar com custo final entre US$ 3 e US$ 4, cerca de R$ 8 para cada reação, enquanto os vendidos no mercado mundial custam em torno de US$ 15 ou R$ 30. O desenvolvimento da metodologia teve a parceria do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz–Biomanguinhos, Universidade Rederal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). De acordo com João Paulo Araújo, ela deve ser implantada em 2008, mas os testes de validação dos equipamentos têm início no ano que vem. Além disso, será feita a atualização dos exames e registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A tecnologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros vem demonstrar a importância dos organismos públicos estarem unidos forças em busca de melhorar cada vez mais a saúde coletiva”, finalizou

Fonte: Agência Brasil

Diretor do Ibama rebate críticas do presidente da Eletrobrás

Causou estranheza no Ibama as declarações do presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, publicadas hoje pelo jornal Valor Econômico, de que a oportunidade de concluir a Hidrelétrica de Simplício seis meses antes do previsto foi perdida devido ao “incompreensível ritual de licenciamento”.

A realidade é outra. A Hidrelétrica Simplício, a ser construída no rio Paraíba do Sul pelo empreendedor Furnas, uma subsidiária da Eletrobrás, recebeu a licença prévia do Ibama, em setembro de 2005. Somente um ano e dois meses após a primeira licença, Furnas entregou o Projeto Básico Ambiental e solicitou licença de instalação que autoriza o início das obras. Junto com tais documentos, pediu também uma licença de instalação parcial para a construção do Túnel 3, em função do cronograma de obras do projeto. A legislação garante ao Ibama prazo de seis meses para analisar licenças de instalação. Mesmo assim, dirigentes do Ibama comprometeram-se a entregar até 15 de janeiro de 2007 a resposta ao pedido de licença parcial para o Túnel 3. A data foi fixada em reunião, na semana passada, com representantes de Furnas, quando só então demonstraram a necessidade de iniciar essa etapa da obra ainda em janeiro.

O Ibama prometeu reforçar a equipe de técnicos destacada para avaliar o projeto e concluir a análise em tempo recorde. “Estamos fazendo um esforço concentrado para atender as necessidades de Furnas e da sociedade brasileira. Daí, a nossa estranheza com as declarações do presidente da Eletrobrás”, afirmou o diretor substituto de Licenciamento do Ibama, Valter Muchagata.

Fonte: Ibama/Sede

Barra recebe a primeira etapa do programa de saneamento

Rio

O governo do Rio inaugura hoje, às 13h, na Avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca, a primeira etapa do Programa de Saneamento da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, realizado pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Os emissários terrestre e submarino e a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) da Barra entrarão em operação, junto com cinco estações elevatórias e 200 quilômetros de rede coletora – 100% assentada nesta primeira fase das obras, com capacidade para atender 700 mil habitantes.

As obras custaram até agora R$ 320 milhões e contam com a ETE Barra, situada na Avenida Ayrton Senna 1.791, e a estação elevatória de Jacarepaguá, que fica na Avenida Ayrton Senna esquina com a Avenida Isabel Domingues. A elevatória fará a retirada de resíduos sólidos do esgoto, em tratamento preliminar, antes de ser despejado no mar. Nesta primeira fase, o sistema despejará no mar uma média de 900 litros de esgotos por segundo (ou 77.760.000 litros/dia), o que efetivamente dará início à despoluição das lagoas, rios e canais da Baixada de Jacarepaguá. Os esgotos captados virão inicialmente dos seguintes bairros e localidades: Anil, Cidade de Deus, Freguesia (parte), Gardênia Azul, Novo Leblon, Rio das Pedras, Santa Mônica, Taquara (parte) e Vila Pan-Americana.As estações elevatórias de Jacarepaguá, Jardim Clarice, Rio das Pedras e Santa Mônica farão o bombeamento dos esgotos pelas linhas de recalque até a ETE Barra, de onde serão impulsionados pelos conjuntos motor-bombas de 550 cavalos-vapor (cada um) da estação elevatória final – quatro para operação rotineira e um de reserva – para a chaminé de equilíbrio da estação de tratamento.

O esgoto tratado preliminarmente – sem os resíduos sólidos – será enviado da ETE para os emissários terrestre e submarino, por onde chegará ao mar, a cerca de cinco mil metros de distância da praia.A primeira fase integra um sistema completo de esgotamento sanitário na região, que está sendo implantado com recursos próprios do estado, no valor total de R$ 520 milhões, e terá a capacidade para atender 1,5 milhão habitantes da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. A previsão é que se invistam cerca de R$ 200 milhões na complementação do projeto até 2008.A ETE Barra foi projetada para dar vazão a 5.300 litros de esgotos/segundo (ou 457.920.000 litros/dia) nos próximos 15 anos. A atual demanda, de 900 litros/segundo tratados preliminarmente, vai até julho, quando deverão estar instalados e testados os equipamentos de tratamento primário (desarenação e secagem de lodos), o que corresponde à segunda fase do PSBJ, já em execução. Isso elevará a capacidade da ETE para despejar no mar até 2.800 litros de esgoto por segundo (ou 241.920.000 litros/dia).O tratamento empregado (preliminar e primário) é completado pelo emissário submarino – um sistema de disposição oceânica a longa distância e à profundidade correta, qualificado comprovadamente como tratamento seguro de esgotos, como ocorre com o emissário submarino de Ipanema, na Zona Sul do Rio, e mais de 150 outros em todos os continentes.As construtoras Carioca Engenharia e Norberto Odebrecht, que formam o consórcio responsável pelo emissário submarino, colocaram um tubo de PEAD (polietileno de alta densidade), com 11 metros de comprimento e quatro polegadas de espessura, próximo à caixa de transição da Avenida Sernambetiba, junto ao píer, para marcar a grandiosidade dessa parte do PSBJ. Firmado em sentido longitudinal ao passeio por dois blocos de ancoragem de concreto armado, pesando sete toneladas, cada um, o monumento marca o local onde a tubulação avança mar adentro.

Fonte: Semadur

MMA prepara publicações detalhadas sobre parentes silvestres

Marluza Mattos

O Ministério do Meio Ambiente lançará em 2007 uma publicação para cada um dos sete gêneros de parentes silvestres brasileiros de espécies cultivadas já estudados: algodão, amendoim, arroz, o grupo das morangas, milho, mandioca e pupunha.

Fundamentais para as pesquisas de melhoria da capacidade de produção das espécies cultivadas, os parentes silvestres são espécies nativas do Brasil, que não têm potencial para o cultivo. O que importa nos parentes silvestres é a variabilidade genética. Sua conservação é imprescindível para o país enfrentar problemas de abastecimento de alimentação que podem surgir a partir do crescimento da população ou dos efeitos das mudanças do clima.

A partir dos genes dos parentes silvestres, os pesquisadores conseguem criar condições para que as espécies cultivadas enfrentem obstáculos, como pragas ou acidez do solo. "Não podemos buscar caminhos alternativos apenas nos transgênicos. Temos os parentes silvestres e devemos usá-los", explica o coordenador da área de recursos genéticos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Lídio Coradin. O arroz não é brasileiro. É da Ásia, mas o Brasil possui quatro parentes silvestres dele. "Com o milho acontece o mesmo. Com a pesquisa genética podemos melhorar a inclinação da folha da planta e aumentar o processo de fotossíntese", acrescenta. Segundo Coradin, no Brasil existem 81 espécies de amendoim. Apenas duas delas são cultivadas: uma corresponde ao amendoim popular, que consumimos, outra foi domesticada pelos índios. "As outras 79 espécies são parentes silvestres. Precisamos conhecê-las, cada uma delas deve ter um nome específico, precisamos saber onde elas estão", defende.

As publicações que o MMA pretende lançar em 2007 devem suprir essas lacunas, em se tratando dos sete gêneros estudados. Devem ainda indicar as medidas necessárias para a conservação desses recursos. Além de informações detalhadas sobre as espécies, elas devem apresentar mapas de localização. Esses mapas serão importantes para compará-los com o mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação do país e de Áreas Protegidas. "Os parentes silvestres devem influenciar também na criação de unidades de conservação. Algumas áreas devem ser protegidas justamente por terem sido encontradas nelas espécies de parentes silvestres", acrescenta.
Segundo Coradin, o Brasil tem potencial para melhorar geneticamente as espécies cultivadas não apenas para a produção interna, mas para a exportação. O país tem recursos naturais para se tornar um grande exportador de espécies cultivadas de alta produtividade, a partir dos seus parentes silvestres. Além disso, o país pode se beneficiar com a transferência de parentes silvestres com outros países. Inúmeros parentes silvestres da soja, como exemplo, são encontrados na China. Com essas publicações, o país avança no cumprimento de uma das metas aprovadas recentemente pela Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) para reduzir a perda da diversidade biológica até 2010: o Brasil deverá ter 60% da variabilidade genética de dez gêneros de parentes silvestres de espécies cultivadas conservados na natureza e fora dela (em laboratório ou em propriedades privadas).

Fonte: MMA

Serviço Florestal Brasileiro lança concurso para elaborar logomarca

Luiz da Motta

O Serviço Florestal Brasileiro, órgão autônomo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, está recebendo propostas para definir sua identidade visual e logomarca.

As três melhores idéias serão premiadas da seguinte forma: o primeiro lugar receberá um prêmio de R$ 15 mil e o segundo e o terceiro vão levar um certificado de menção honrosa pela originalidade das idéias.
A inscrição no concurso deverá ser feita diretamente enviando as peças para a caixa postal Nº 08503, CEP: 70.312-970, Brasília- DF, com a identificação CONCURSO DA LOGOMARCA DO SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. Os trabalhos serão aceitos até o dia 12 de fevereiro de 2007, valendo a data da postagem. Um comissão julgadora formada por especialistas e membros da área florestal do Ministério do Meio Ambiente ficará responsável pela seleção das propostas.
O edital completo do concurso (elaborado dentro das normas da Lei 8.666/93) e o briefing para desenvolvimento das idéias, assim como todas as informações sobre o órgão, estão disponíveis na página eletrônica do Serviço Florestal Brasileiro.
Confira os detalhes em:

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Município define regras para contratar ONGs

Rio

A partir de agora, a Prefeitura somente contratará, firmará convênio ou parceria com as organizações não governamentais (ONGs) que se adequarem às características estabelecidas em decreto publicado no Diário Oficial do Município.

Uma comissão formada por representantes de várias secretarias municipais foi criada para analisar as contratações de ONGs.De acordo com o decreto, as ONGs deverão ter objetivo social e normas estatutárias focadas, sem funcionar por subcontratação em qualquer de suas atividades-fins, o que as caracterizaria como empresas meramente prestadoras de serviços. Além disso, seus dirigentes permanentes deverão comprovar capacidade técnica e experiência nas atividades exercidas pela organização.

Fonte: Secom

Parques municipais e Quinta da Boa Vista têm esquema para o Ano-Novo

Rio

Os Parques Naturais Municipais e a Quinta da Boa Vista, administrados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vão funcionar em dias e horários diferentes nos fins de semana prolongados do Natal e do Ano-Novo.Em todos os dias, das 8h às 17h, estarão abertos ao público o Parque da Cidade (Estrada de Santa Marinha, 505 – Gávea) e os parques naturais do Grumari e Prainha (Estrada da Guanabara s/nº), Dois Irmãos (Rua Aperana – Leblon) e Fazenda do Viegas (Rua Marmiari, 221 – Senador Camará). Já a Quinta da Boa Vista vai funcionar normalmente nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, das 5h às 19h.

Fonte: Secom

Natal 2006 - Demlurb recolhe 35% a mais de lixo

Juiz de Fora

O Demlurb concluiu, nesta quinta-feira, dia 28, o balanço geral da coleta de lixo do Natal. Após análise de todas as planilhas de pesagem dos caminhões coletores no aterro sanitário foi constatado um crescimento de 35% de lixo, se comparado com os dias normais. Na coleta domiciliar, o maior volume de lixo ocorre no período das festas de fim de ano.

O chefe do setor de coleta de lixo, Geraldo Carminate, informou que o pico deste crescimento foi registrado nesta quarta-feira, dia 27, ocasião em que a pesagem demonstrou um aumento de mais de 100% no lixo domiciliar. Ele relata que, em dias normais, são recolhidas cerca de 400 toneladas/dia de lixo e que, nesta quarta, foram cerca de 900 toneladas de resíduos sólidos, conforme demonstrou o quadro comparativo de pesagem dos caminhões no aterro sanitário.

Carminate acompanhou todo o serviço de coleta de lixo nesta quarta-feira e verificou grande quantidade de garrafas de vinho, PET (garrafas plásticas de refrigerantes), caixas de brinquedos e eletrodomésticos, além de restos de alimentos, que acabaram contribuindo para que animais destruíssem os sacos, com conseqüente espalhamento do lixo pelas ruas da cidade. “Para a passagem do ano o volume deve ser menor, já que muita gente viaja, mas mesmo assim, foi montado um esquema especial de limpeza para a próxima quarta-feira, dia 3 de janeiro, visando a deixar a cidade limpa, dentro dos padrões estabelecidos pelo nosso departamento”, disse ele.

No setor de varrição, o Demlurb chegou a colocar, nas ruas centrais, 200 servidores divididos em seis turmas na semana que antecedeu o Natal. O lixo da varrição, que normalmente fica em 25 toneladas/dia, aumentou em média 30%, chegando a ser recolhidas mais de 30 toneladas/dia, principalmente no último sábado, dia 23, e no domingo, 24.

O Demlurb solicita que as pessoas evitem jogar lixo nas vias públicas, para não obstruir as bocas-de-lobo e provocar a proliferação de ratos e insetos, propiciando que a coleta de lixo ocorra de forma mais rápida e eficiente. As denúncias podem ser feitas diretamente no departamento, no telefone 3690-3502, ou no JF Informação, através do 156.
*Outras informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.

Fonte: DEMLURB

Atafona inaugura Casa da Ciência com participação da UFF

O professor Gilberto Pessanha Ribeiro, do Departamento de Análise Geoambiental da UFF, participou da solenidade de inauguração da Casa da Ciência em Atafona, RJ, dia 27 de dezembro, representando a universidade.

A Casa da Ciência consiste em um oceanário, três aquários, experimentos de física e química, telescópio para observações astronômicas, microscópios para observação de microbiologia da água do mar e das lagunas de Grussaí, Iquipari, Açu e do Salgado, além de pôsteres sobre aspectos da erosão no Pontal de Atafona. O projeto da Estação Ciência é uma inicativa da Secretaria de Meio Ambiente do município, e tem apoio direto da Uenf e do Cieerj.

A Uerj e a UFF já têm espaço reservado para exposição de material de divulgação das pesquisas sobre a erosão em Atafona, como atividade formal extensionista (produção e intercâmbio de informações). Em 2007 há novas frentes de trabalho que envolverão levantamentos geodésicos com tecnologia GPS no campo de dunas e também destinados ao monitoramento da erosão marinha na praia do Açu.

Fonte: UFF

Mato Grosso vê desmatamento cair em 2006, diz estudo

O ano de 2006, quem diria, termina com uma boa notícia para o Estado campeão de desmatamento na Amazônia. Medições feitas por um grupo de pesquisadores de Belém e publicadas hoje mostram que a derrubada de árvores em Mato Grosso caiu no segundo semestre, período mais crítico de devastação, e deve continuar caindo em 2007.

Os dados são do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), ferramenta criada pela ONG de pesquisas Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) para monitorar a cobertura florestal em tempo real. Eles indicam que, em outubro, o desmate caiu 59% em Mato Grosso em relação a setembro. Numa comparação com outubro de 2004 e 2005, a queda foi de 45% e 73%, respectivamente.

O trimestre agosto-setembro-outubro teve também uma média de remoção de floresta na Amazônia mato-grossense menor do que nos dois outros anos para os quais existem dados do SAD. Isso é importante, afirmam os pesquisadores, porque é justamente esse o trimestre crítico para o desmatamento.

Com as chuvas, que começam a cair no fim do ano, o ritmo da destruição arrefece até abril do ano seguinte. Se a tendência for seguida, o "ano fiscal" do desmatamento que vai de agosto de 2006 a julho de 2007 terá queda na taxa."Pode ser, no entanto, que após abril [a derrubada] cresça muito mais rápido", acautela-se Adalberto Veríssimo, co-autor do estudo.Ele diz não ser possível ainda determinar as razões da queda --que podem passar pela crise do agronegócio em 2006, por ações de fiscalização do governo e pela relativa moralização da Sema, o órgão ambiental estadual, reformado após a Operação Curupira, em 2005."É simplista achar que é só ação do governo de um lado e o mercado do outro", diz Veríssimo. "A verdade é que temos muito pouca informação ainda", continua, citando como exemplo o fato de que o SAD não monitora as áreas de cerrado. "Não sabemos se a pressão sobre o cerrado aumentou."Apesar da queda na taxa, 92% do desmatamento visto em Mato Grosso em outubro foi ilegal.

Quase um quarto dessa derrubada clandestina foi feita em assentamentos rurais.Usando dados do Inpe, o grupo do Imazon também montou um mapa das regiões críticas de desmate no Estado (veja quadro à esq.). A análise mostrou que em meros 17% da área analisada há mais de 80% de florestas em pé. Os dados estão na internet (www.imazon.org.br).

Fonte: Folha de São Paulo

Região Oceânica sofre com infestação por caracóis africanos

Niterói

Isabel de Araújo

A infestação de caracóis africanos (Achatina Fulica) continua a trazer transtornos para os moradores de Niterói. De acordo com informações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) este tipo de molusco já foi identificado em todos os bairros da cidade, inclusive nos canteiros da Avenida Jornalista Alberto Francisco Torres (Praia de Icaraí), na Zona Sul de Niterói. Mas entre os pontos mais críticos, estão as ruas da Região Oceânica.

Em Camboinhas, Piratininga e Itaipu, bairros que possuem muitos terrenos baldios, a rotina dos moradores já sofre os impactos das infestações. Toda semana, dezenas destes animais são recolhidos em baldes. O casal Luiz e Maria Marins Antônio contou que semanalmente saem pelas ruas de Camboinhas munidos de luvas, pá e balde para catar os moluscos. Na tarde da última terça-feira, eles incineraram o equivalente a um balde de oito litros em frente de casa.
"Isso aqui é uma praga. Todo dia que saio para caminhar na Praia encontro dezenas deles passando saindo dos terrenos baldios", lembrou Luiz. Ainda segundo ele, em sua rua há uma casa que está vazia, e para conter a proliferação dos caracóis, Luiz e sua esposa entraram em contato o dono do imóvel e pediram a chave para poder matar os bichos que estão se reproduzindo no quintal.
A Sociedade Pró Preservação Urbanística e Ecológica de Camboinhas (Soprecam) tem alertado aos moradores sobre os riscos que estes caracóis representam e pedido que entrem em contato com a sede em caso de identificação da espécie, para que funcionários os recolham de maneira adequada.

Contaminação
Segundo o CCZ, o caracol africano pode transmitir duas doenças: a angiostrongilíase mengioencefálica humana e angiostrangilíase abdominal. No primeiro caso, são provocadas fortes dores na cabeça e constante rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso, e no segundo, perfuração intestinal e hemorragia abdominal, cujos sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos.
A ingestão ou a simples manipulação dos caracóis pode causar a contaminação, pois os vermes transmissores das doenças são encontrados na secreção do molusco. E ao se instalar em hortas e pomares, podem contaminar frutas e verduras. No entanto, o chefe do CCZ, Francisco Faria, enfatizou que embora a reprodução destes moluscos tenha saído do controle na cidade, não foram identificados ainda caracóis portadores dos vermes responsáveis por estas doenças. Faria ainda esclareceu que a cada dois meses é coletado material para amostra e enviados para a Fundação Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Desde 2002 fazemos uma coleta de material para teste na Fiocruz. Somos pioneiros neste tipo de teste e até hoje não foi localizado um caso de foco de doença na cidade", garantiu Faria, destacando que muitos acham que esta espécie se trata erroneamente de caramujo, mas que, por se reproduzirem em terra seca, são caracóis. Francisco esclareceu ainda que o CCZ não tem um programa para combater este animal, e afirmou que a forma mais eficaz de matá-los é queimando ou armazenando e jogando sal grosso, para desidratá-los até a morte.
"Para exterminar grandes quantidades a melhor forma é jogar álcool ou gasolina e atear fogo. No caso de matar com sal grosso, o custo do extermínio fica mais caro", comentou Faria.

Infestação
A praga dos caracóis gigantes chegou a Niterói no início de 2005. Segundo relatos dos moradores da Região Oceânica, os moluscos apareceram no início de janeiro, logo após as chuvas e, segundo eles, começaram a se reproduzir com muita rapidez. O CCZ esclareceu que esta espécie por ter sido trazida para o Brasil na década de 80, por pessoas que pretendiam comercializar o caracol para o ramo alimentício em substituição ao escargot, mas como não teve boa aceitação no mercado, foi solto no meio ambiente. "Além de não possuir predadores naturais, o molusco é hermafrodita, o que facilita a reprodução. Um caracol pode produzir cerca de 400 ovos", contou Faria. Esses animais, ainda segundo ele, têm preferência por locais secos e saem para comer somente no entardecer por não gostarem de sol. Os africanos medem de 10 a 20 centímetros e pesam cerca de 200 gramas. Essa espécie de caracol é nativa do leste e nordeste da África.
Em outubro do mesmo ano, as infestações começaram a aparecer no Centro da cidade. O ponto de maior incidência foi a Praça do Rink, e a quantidade de animais que habitavam o entorno preocuparam os usuários do espaço.

Fonte: O Fluminense

Reserva ecológica da Juatinga ganha lancha para fiscalização

Rio

A Reserva Ecológica da Juatinga, em Paraty, administrada pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, apresentou, no Porto Real, a lancha que fará a fiscalização da fauna e da flora do local, prevenindo atividades lesivas ao meio ambiente. A lancha foi adquirida através de medida compensatória com a UTE Norte Fluminense e proporcionará reforço nas ações do IEF em toda a Costa Verde.

A lancha, com 28 pés e capacidade para onze passageiros, é um reforço para a outra embarcação, que já faz a fiscalização no Parque Estadual da Ilha Grande. Os investimentos do IEF esse ano para o apoio marí­timo à fiscalização foram grandes. Além das duas lanchas, houve a aquisição de dois barcos de alumí­nio e um bote inflável.

A Reserva Ecológica da Juatinga possui 8 mil hectares de remanescentes florestais de Mata Atlântica, com aproximadamente 10 mil espécies de plantas, restingas, manguezais e costões rochosos. Essa região abriga 12 núcleos de ocupação de populações tradicionais, que se distribuem em trechos ao longo do litoral e vivem de pesca artesanal, agricultura de subsistência e do turismo.

A sede da reserva fica na rua Antônio de França, s/n, Chácara da Saudade, Paraty/RJ e conta com núcleo em Paraty Mirim recentemente reformado.

Fonte: IEF

Curso superior de Agroecologia para indígenas do MS começa em 2007

Começam no primeiro trimestre de 2007 as aulas do curso universitário de agroecologia para as comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Idealizado pelas próprias comunidades, o projeto está sendo estruturado pelos governos federal e estadual, em parceria com a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). No seu primeiro ano, o curso atenderá 40 indígenas das tribos Terena e Kadiwéu. E para 2008, está prevista a participação de povos guarani.

As aulas visam a formação de profissionais indígenas para a gestão socioambiental nas aldeias da Bacia do Alto Paraguai no Mato Grosso do Sul, utilizando conceitos da antropologia, agroecologia e do etnodesenvolvimento, de acordo com os saberes tradicionais. Para sua implementação, o Ministério do Meio Ambiente firmou parcerias com os Ministérios da Educação, da Justiça, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, além do Instituto de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Idaterra), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Populações Indígenas da UCDB.
O curso terá duração de três anos e meio. As aulas serão ministradas em regime de alternância, associando teoria e prática, a partir das experiências cotidianas dos estudantes em suas aldeias. Os recursos para a realização do curso são de R$ 3 milhões. Parte da verba será investida no custeio pedagógico e na logística do projeto, que prevê que os indígenas passem 15 dias por mês na universidade e outros 15 na aldeia acompanhados de professores. Dessa forma, eles não deverão se desarticular das comunidades e poderão manter e resgatar conhecimentos tradicionais de seus povos, valorizando sua cultura, suas práticas econômicas e seus laços sociais.

O estado do Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do País, formada principalmente pelos povos Kaiowá, Guarani, Terena, Kadiwéu, Guató e Ofaiér. A maior parte dessa população vive confinada em terras superpovoadas, comprometendo seus recursos naturais e a qualidade de vida. As atividades econômicas implantadas nos últimos anos vêm desarticulando as formas tradicionais de produção, além de não suprir as necessidades básicas das aldeias e facilitar a perda de seus territórios. A idéia do curso é construir novas alternativas de sustentabilidade e ser referencial para uma política pública de formação superior indígena.

Fonte: MMA