sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Barra recebe a primeira etapa do programa de saneamento

Rio

O governo do Rio inaugura hoje, às 13h, na Avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca, a primeira etapa do Programa de Saneamento da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, realizado pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Os emissários terrestre e submarino e a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) da Barra entrarão em operação, junto com cinco estações elevatórias e 200 quilômetros de rede coletora – 100% assentada nesta primeira fase das obras, com capacidade para atender 700 mil habitantes.

As obras custaram até agora R$ 320 milhões e contam com a ETE Barra, situada na Avenida Ayrton Senna 1.791, e a estação elevatória de Jacarepaguá, que fica na Avenida Ayrton Senna esquina com a Avenida Isabel Domingues. A elevatória fará a retirada de resíduos sólidos do esgoto, em tratamento preliminar, antes de ser despejado no mar. Nesta primeira fase, o sistema despejará no mar uma média de 900 litros de esgotos por segundo (ou 77.760.000 litros/dia), o que efetivamente dará início à despoluição das lagoas, rios e canais da Baixada de Jacarepaguá. Os esgotos captados virão inicialmente dos seguintes bairros e localidades: Anil, Cidade de Deus, Freguesia (parte), Gardênia Azul, Novo Leblon, Rio das Pedras, Santa Mônica, Taquara (parte) e Vila Pan-Americana.As estações elevatórias de Jacarepaguá, Jardim Clarice, Rio das Pedras e Santa Mônica farão o bombeamento dos esgotos pelas linhas de recalque até a ETE Barra, de onde serão impulsionados pelos conjuntos motor-bombas de 550 cavalos-vapor (cada um) da estação elevatória final – quatro para operação rotineira e um de reserva – para a chaminé de equilíbrio da estação de tratamento.

O esgoto tratado preliminarmente – sem os resíduos sólidos – será enviado da ETE para os emissários terrestre e submarino, por onde chegará ao mar, a cerca de cinco mil metros de distância da praia.A primeira fase integra um sistema completo de esgotamento sanitário na região, que está sendo implantado com recursos próprios do estado, no valor total de R$ 520 milhões, e terá a capacidade para atender 1,5 milhão habitantes da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. A previsão é que se invistam cerca de R$ 200 milhões na complementação do projeto até 2008.A ETE Barra foi projetada para dar vazão a 5.300 litros de esgotos/segundo (ou 457.920.000 litros/dia) nos próximos 15 anos. A atual demanda, de 900 litros/segundo tratados preliminarmente, vai até julho, quando deverão estar instalados e testados os equipamentos de tratamento primário (desarenação e secagem de lodos), o que corresponde à segunda fase do PSBJ, já em execução. Isso elevará a capacidade da ETE para despejar no mar até 2.800 litros de esgoto por segundo (ou 241.920.000 litros/dia).O tratamento empregado (preliminar e primário) é completado pelo emissário submarino – um sistema de disposição oceânica a longa distância e à profundidade correta, qualificado comprovadamente como tratamento seguro de esgotos, como ocorre com o emissário submarino de Ipanema, na Zona Sul do Rio, e mais de 150 outros em todos os continentes.As construtoras Carioca Engenharia e Norberto Odebrecht, que formam o consórcio responsável pelo emissário submarino, colocaram um tubo de PEAD (polietileno de alta densidade), com 11 metros de comprimento e quatro polegadas de espessura, próximo à caixa de transição da Avenida Sernambetiba, junto ao píer, para marcar a grandiosidade dessa parte do PSBJ. Firmado em sentido longitudinal ao passeio por dois blocos de ancoragem de concreto armado, pesando sete toneladas, cada um, o monumento marca o local onde a tubulação avança mar adentro.

Fonte: Semadur

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