De acordo com o coordenador geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Ricardo Marins, a principal suspeita é que a doença tenha sido trazida por algum estrangeiro assintomático, ou seja, que tinha a doença, mas sem manifestar nenhum sintoma. “Esse vírus circula na Europa, e muitos países não realizam a vacinação”. Marins disse que o fato de o vírus não se manifestar em alguns indivíduos é o que mais dificulta o combate à doença. Segundo ele, estima-se que 25% dos indivíduos são assintomáticos. “Essas pessoas podem disseminar o vírus sem saber. Por isso, a nossa preocupação, porque, como são estados que recebem muitos turistas, especialmente, o Rio de Janeiro, as pessoas podem voltar para suas cidades e começar outro surto”, disse.
Os primeiros casos de rubéola foram detectados em julho deste ano. Além da campanha de vacinação, cartazes foram espalhados nos aeroportos, portos e rodoviárias com informações sobre a doença. No entanto, com as festas de fim de ano e férias, as medidas foram ampliadas.
“A recomendação é a vacinação adequada. As crianças devem estar vacinadas. A criança, no seu primeiro ano de vida, deve tomar uma dose e depois na idade pré-escolar. Os adultos e adolescentes, que não tomaram essas vacinas, também devem tomar uma dose para poder se proteger”, afirmou. Marins lembrou que a vacina só passa a proteger depois de 20 a 30 dias. Segundo ele, quem vai para a região afetada, mesmo que tenha tomado a vacina recentemente, corre o risco de ter a doença.
A rubéola é transmitida pelo ar, e os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas pelo corpo e inchaço nos gânglios. A doença não apresenta grandes riscos para um indivíduo adulto ou uma criança. No entanto, o quadro se inverte quando uma mulher grávida se infecta: o vírus ataca o feto e pode causar danos de má-formação como surdez, cegueira e retardo mental.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário