Thais Leitão
O Observatório Nacional comemora 180 anos de existência em 2007. Fundado por D. Pedro I, no Rio de Janeiro, cinco anos após a Independência do Brasil, é o órgão responsável pela hora oficial do país e o mais antigo observatório em funcionamento do hemisfério Sul.
Para garantir o bom funcionamento dos equipamentos, os relógios de césio 133, que garantem a precisão da contagem do tempo, ganharam há menos de um mês um novo prédio, mais amplo e seguro. A construção que abrigava as máquinas até meados de novembro foi erguida em 1917 e apresenta desgaste nas estruturas. O novo prédio, construído em 2003, tem instalações mais modernas, climatização permanente, acesso restrito e iluminação adequada.
De acordo com o chefe da divisão do serviço de hora da instituição, Ricardo José de Carvalho, a hora oficial é obtida por meio da média do conjunto de relógios que usam a freqüência do Césio 133. “Esse átomo, quando estimulado, gera uma freqüência muito estável. Para se ter uma idéia, com este elemento seriam necessários pelo menos 1,5 mil anos para se adiantar ou atrasar um segundo", conta. "Os relógios mantidos em funcionamento são comparados continuamente. Essa comparação gera um número que é processado através de um algoritmo e produz o relógio médio. Esse relógio é materializado e atualmente serve de base para a hora legal brasileira, que é mantida e rastreada pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas, com sede na França”. Carvalho disse, ainda, que cada relógio custa em média R$ 150 mil. O tubo de césio, que é a base de todo o funcionamento, pode ser adquirido por mais de R$ 50 mil e precisa ser substituído a cada cinco anos.
O Observatório Nacional oferece o serviço de sincronia de tempo que pode ser acessado pela internet, no endereço: http://pcsh01.on.br/ e ainda o serviço de hora falada, disponibilizada pelo telefone (21) 2580-6037.
Fonte: Agência Brasil
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