A decisão sobre a possibilidade de implantação do Condomínio Parque Brasil, na Mata do Krambeck, foi mais uma vez adiada. Em reunião, realizada ontem, membros da Câmara de Infra-estrutura e Saneamento do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) decidiram protelar a votação sobre a concessão de licença prévia para o empreendimento.
A maioria dos conselheiros alegou que não houve tempo suficiente para a avaliação do processo, que só teria sido disponibilizado na última sexta-feira. O grupo questionou, ainda, a existência de opiniões contraditórias, emitidas por órgãos ligados ao Governo mineiro. Nova assembléia deve ser realizada em até 45 dias. Durante o encontro, ficou definido que o documento será encaminhado para avaliação da Câmara de Biodiversidade do Comdema. A situação também será levada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que deverá definir qual parecer deve ser levado em conta: o do Instituto Estadual de Florestas (IEF), favorável à criação do condomínio, ou o da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), contrário à construção.
Na próxima semana, os conselheiros farão uma visita ao Sítio Malícia, para conhecer a área da Mata do Krambeck onde o empreendimento pode ser instalado. Na mesma data, o grupo pretende fazer uma reunião de esclarecimentos com técnicos da Agência de Gestão de Meio Ambiente (Agenda JF), que entregou relatório, opinando pela concessão da licença ao condomínio. O presidente da Associação pelo Meio Ambiente (AMA-JF), Theodoro Guerra, comemorou o adiamento da votação. “Não acreditava que o pedido de tirar o assunto da pauta fosse aceito. Queremos todos os embasamentos jurídicos, porque o problema não é o projeto em si, mas o local onde querem instalá-lo. O Plano Diretor da cidade não permite construções naquela área, que é de preservação.”
A assessoria de comunicação do Condomínio Parque Brasil informou que o processo de licenciamento continua e que aguarda o andamento do processo, que precisa apenas de aprovação da Agenda JF. A assessoria ressalta, no entanto, que os responsáveis pelo empreendimento estão confiantes, porque a criação do condomínio segue todas as normas, já obteve diversas análises favoráveis, como a do Ministério Público, por exemplo.
Fonte: Tribuna de Minas
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