Diariamente, 450 toneladas de lixo são encaminhadas ao aterro sanitário de Juiz de Fora
No momento em que entidades ambientais, órgãos públicos e empresariado aquecem as discussões sobre posturas e políticas que vão ao encontro aosmecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), assim chamadas por serem ações que têm pilares no desenvolvimento sustentável e na redução de emissão de gases poluentes, aspectos do aterro sanitário de Juiz de Fora ainda preocupam especialistas.
Os olhos estão voltados, sobretudo, para o tratamento dado a chorume e gás liberado pela decomposição da matéria orgânica. Atualmente, 450 toneladas de lixo são encaminhadas ao aterro da cidade, todos os dias. O montante anual é superior a 164 mil toneladas. Como conseqüência da decomposição, estima-se que pelo menos 57 bilhões de metros cúbicos de gás metano sejam liberados. O agravante é que o atual aterro não recolhe esse gás. Isso significa prejuízo para o meio ambiente, além de perdas financeiras. No Brasil, desde o ano passado, empresas negociam no mercado externo projetos que diminuem a redução desses gases e, assim, atraem investimentos.
Falhas - De acordo com o presidente da Associação pelo Meio Ambiente (AMA-JF), Teodoro Guerra, a parte nova do aterro é impermeabilizada, com dutos para captação do chorume. A cobertura mais freqüente diminui o risco de contaminação de lençóis. Porém, as dimensões do tanque de coleta são inadequadas para o tamando do lixão de Juiz de Fora. — É preciso atenção constante, pois o tanque pode transbordar. Além disso, tem o problema do tratamento do chorume, que não precisa de cuidado e sim de solução. Hoje, o líquido coletado é levado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barbosa Lage, que ainda não funciona da forma como devia. Isto é muito sério, é uma grande quantidade de material extremamente contaminado — alerta, afirmando ainda que a reutilização do gás produzido e até mesmo sua comercialização devem ser vistos como questão de urgência.
Fonte: Jornal Panorama
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