terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Estudo mostra grande contraste de perda de ozônio nos pólos Norte e Sul

Um estudo divulgado nesta segunda-feira mostra que a perda da camada de ozônio sobre a Antártica nos últimos 20 anos foi muito superior à registrada no Ártico. O estudo encontrou uma redução forte e "generalizada" da camada de ozônio sobre o pólo Antártico --com início no final dos anos 70 e se agravando nas décadas de 1980 e 1990.

Pingüins-de-adélia se equilibram sobre gelo na AntártidaPesquisadores do governo dos Estados Unidos realizaram um estudo que identificou uma forte queda do nível de ozônio em alguns testes atmosféricos realizados após 1980 na Antártica, comparado a décadas anteriores. No Ártico, as quedas no nível de ozônio são esporádicas e mesmo os índices mais baixos não se aproximam das perdas regulares na Antártica, destacaram os pesquisadores. "A perda no Ártico e muito menor que a perda na Antártica", disse Robert Portmann, pesquisador da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), em Boulder, Colorado. Os cientistas têm controlado o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica nos últimos 20 anos. A Agência Espacial Européia (ESA) informou em outubro passado que a Antártica sofreu em 2006 uma das maiores perdas anuais de sua camada de ozônio, com o buraco chegando a 28 milhões de km2, quase tanto como no ano 2000.

Na Antártica, a redução da camada de ozônio em algumas latitudes excede freqüentemente os 90%, e o fenômeno tem se agravado desde 1980, destacaram os pesquisadores.No Ártico, a redução ocasionalmente chega a 70% e, em meados dos anos 90, foi de 50%, mas a escala e o alcance do problema é muito menor do que na Antártica. O estudo, divulgado no "Proceedings of the National Academy of Sciences", foi baseado em mais de 40 anos de medições da camada de ozônio. O ozônio filtra os raios ultravioleta, que provocam danos na vegetação e câncer de pele em humanos. A camada de ozônio é destruída por produtos químicos como o cloro flúor carbono (CFC), emitido por sprays e refrigeradores.

Fonte: Folha online

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