Este é o resumo do Informe do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC, em sua sigla em inglês), relatório que apresenta conclusões da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aquecimento global, antecipado na terça-feira pelo jornal espanhol "El País".
O aquecimento global foi analisado por 2.500 cientistas durante cinco anos. Os anos de 2005 e de 1998 foram os mais quentes desde que registros desse tipo começaram a ser feitos. A temperatura média da superfície vem aumentando desde 1850 e o número de noites muito frias diminuiu 76% e o de noites quentes aumentou cerca de 72%. Os cientistas acham altamente improvável que a recente mudança climática seja causada pela variabilidade natural do clima.
De acordo com o relatório, o nível do mar sobe por conta dos degelos glaciais e do aumento da temperatura. Desde 1961, o oceano subiu cerca de 0,8 milímetros por ano e o nível do mar continuará subindo durante mais de um século, mesmo se forem eliminadas as emissões de gases que geram o efeito estufa. Além disso, a temperatura do oceano em grandes profundidades também aumentou desde 1955. O Hemisfério Norte perdeu 5% de neve desde 1966. O Ártico - região que compreende o oceano Ártico e o Pólo Norte - perdeu, desde a década de 70, aproximadamente 7,4% de sua superfície gelada, no verão.
Causa
A concentração de gases que contribuem para o efeito estufa foi apontada como a principal causa do problema. Dióxido de carbono, metano e óxidos de nitrogênio que derivam da queima de carvão, petróleo e gás e que permanecem durante séculos na atmosfera. A sua concentração atual é a maior em 650 mil anos. O relatório é o quarto que será emitido pelo organismo, e aumenta o grau de precisão sobre a mudança climática e a influência do homem nesse processo. O grupo de estudiosos prepara ainda mais dois informes, um sobre o impacto do aquecimento na Terra e outro sobre a tecnologia que deve ser usada para minimizá-lo.
Fonte: IG
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