sábado, 27 de janeiro de 2007

Novas pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste abordam meio ambiente e vermífugos naturais

Jorge Reti

Algumas novidades e inovações estão previstas na programação da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) para 2007

Novos projetos de pesquisa serão iniciados, como sistemas silvipastoris, vermífugos naturais para controle de ovinos, redução da mortalidade embrionária em bovinos, além de trabalhos na área de sanidade, como mastite e a avaliação da ação de extratos vegetais sobre carrapatos em bovinos.

Uma das novidades é o sistema silvipastoril, com a utilização, no mesmo espaço, de gado e de espécies florestais nativas indicadas para a produção de madeira, visando o uso mais eficiente da terra, o aumento da renda do produtor e a criação de corredores ecológicos. Esse sistema tem tido grande repercussão diante das novas preocupações da produção pecuária no Brasil, com o bem-estar animal e com a proteção ambiental.
Outra pesquisa nova é a avaliação da eficiência de vermífugos naturais, à base de eucalipto, no controle de verminoses em ovinos, um dos segmentos da pecuária nacional com grande perspectiva de expansão. Os estudos têm como objetivo adaptar a formulação dos produtos à base de eucalipto, inicialmente dirigidos ao controle de parasitas.

Um grande problema da pecuária brasileira é a mortalidade de embriões, que, em alguns casos, chega a 40% das prenhezes. A Embrapa Pecuária Sudeste unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inicia este ano um projeto de pesquisa específico para analisar este fenômeno e reduzir esse índice.

Trabalhos em andamento crescem

Entre os projetos já em andamento e que serão ampliados, está o Projeto “Balde Cheio” (Viabilidade da produção leiteira em propriedades familiares), que visa promover o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira, com obtenção de lucro para o produtor, contribuindo para a permanência do pequeno produtor de leite no meio rural, de forma a reduzir o êxodo rural ou até mesmo promover o retorno ao campo de familiares que buscaram os centros urbanos para a sobrevivência. Em 2007 serão investidos mais R$ 157 mil no projeto, que tem como novidade a ampliação das atividades para o Estado de Minas Gerais. Até o ano passado, o “Balde Cheio” atuou em mais de mil propriedades em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Além disso, os mais de 60 projetos e ações, de pesquisa e de transferência de tecnologias, terão a continuidade prevista, nas áreas de biotecnologia, genética animal (raças e cruzamentos), genética vegetal (seleção e melhoramento de forrageiras), tecnologias e manejos com menores impactos ambientais, qualidade de carne, bem-estar animal (bom tratamento para bovinos e ovinos), sistemas silvipastoris, instrumentos e rastreabilidade, alimentação e nutrição animal, solos e adubação, produtividade e qualidade de carne e couro de ovelhas, irrigação e uso de água em pastagens, sementes de forrageiras, alfafa, aveia, manejo de animais, manejo de pastagens, entre outros.

Fonte: Embrapa

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