Jorge Reti
Algumas novidades e inovações estão previstas na programação da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) para 2007
Uma das novidades é o sistema silvipastoril, com a utilização, no mesmo espaço, de gado e de espécies florestais nativas indicadas para a produção de madeira, visando o uso mais eficiente da terra, o aumento da renda do produtor e a criação de corredores ecológicos. Esse sistema tem tido grande repercussão diante das novas preocupações da produção pecuária no Brasil, com o bem-estar animal e com a proteção ambiental.
Outra pesquisa nova é a avaliação da eficiência de vermífugos naturais, à base de eucalipto, no controle de verminoses em ovinos, um dos segmentos da pecuária nacional com grande perspectiva de expansão. Os estudos têm como objetivo adaptar a formulação dos produtos à base de eucalipto, inicialmente dirigidos ao controle de parasitas.
Um grande problema da pecuária brasileira é a mortalidade de embriões, que, em alguns casos, chega a 40% das prenhezes. A Embrapa Pecuária Sudeste unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inicia este ano um projeto de pesquisa específico para analisar este fenômeno e reduzir esse índice.
Trabalhos em andamento crescem
Entre os projetos já em andamento e que serão ampliados, está o Projeto “Balde Cheio” (Viabilidade da produção leiteira em propriedades familiares), que visa promover o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira, com obtenção de lucro para o produtor, contribuindo para a permanência do pequeno produtor de leite no meio rural, de forma a reduzir o êxodo rural ou até mesmo promover o retorno ao campo de familiares que buscaram os centros urbanos para a sobrevivência. Em 2007 serão investidos mais R$ 157 mil no projeto, que tem como novidade a ampliação das atividades para o Estado de Minas Gerais. Até o ano passado, o “Balde Cheio” atuou em mais de mil propriedades em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Além disso, os mais de 60 projetos e ações, de pesquisa e de transferência de tecnologias, terão a continuidade prevista, nas áreas de biotecnologia, genética animal (raças e cruzamentos), genética vegetal (seleção e melhoramento de forrageiras), tecnologias e manejos com menores impactos ambientais, qualidade de carne, bem-estar animal (bom tratamento para bovinos e ovinos), sistemas silvipastoris, instrumentos e rastreabilidade, alimentação e nutrição animal, solos e adubação, produtividade e qualidade de carne e couro de ovelhas, irrigação e uso de água em pastagens, sementes de forrageiras, alfafa, aveia, manejo de animais, manejo de pastagens, entre outros.
Fonte: Embrapa
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