Juiz de Fora
Lidiane Souza
ganhou fôlego novo em janeiro, depois de discussões internacionais: o aquecimento global.
Preocupados com as conseqüências futuras que a falta de cuidado com a natureza já traz para esta geração, poder público, organizações não governamentais e pessoas da cidade já elaboram políticas e tomam atitudes que ajudam a amenizar os problemas climáticos.
O Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, elaborado pelas Nações Unidas e Organização Meteorológica Mundial, aponta que o aumento da temperatura no planeta é causado pelo efeito estufa. O fenômeno climático acontece devido à liberação de gases poluentes, em especial os originados do carbono. Eles formam uma camada de gases, absorvendo raios infravermelhos tanto da superfície da Terra quanto da atmosfera. Como esta camada não permite a saída da energia, o calor retorna à superfície em maior quantidade. Além disso, os gases ainda destroem a camada de ozônio, que é responsável por proteger a Terra dos raios solares. O aquecimento já é sentido em diversas partes do mundo, até mesmo nos pólos, onde as geleiras começam a derreter. De acordo com pesquisadores, somente a redução da liberação dos gases poluentes poderá reverter ou amenizar essa situação. Os cientistas apontam que os principais causadores dos fenômenos climáticos são as grandes indústrias.
Responsabilidade
Mas não são somente os responsáveis pelos países considerados industriais que devem se preocupar com o aquecimento global. Cada cidadão e os governos locais também devem fazer sua parte. Atitudes simples, como deixar de utilizar carros durante alguns dias no ano, já podem fazer a diferença na emissão de carbono para a atmosfera.
Também é preciso repensar o gasto excessivo de fontes energéticas naturais como a água, além da derrubada irregular de árvores. O Instituto Akatu, que defende o consumo consciente, explica, em seu site, que as pessoas devem diminuir a produção de lixo e reciclar o máximo possível, além de procurar produtos que sejam realmente necessários para o bem-estar. Eles alertam para que, ao comprar uma geladeira, por exemplo, as pessoas devem dar preferência às que contém o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica.
O proprietário de uma agência de publicidade, Sandro Abritta de Rezende, se mostra consciente. Há dois anos, passou a adotar somente o papel reciclado nos trabalhos de sua empresa. — No escritório, utilizamos todo material reciclado. Os funcionários têm a orientação de também oferecer este tipo de papel aos clientes. Além disso, separamos o que utilizamos aqui para a reciclagem — relata, lembrando que também prefere usar cartuchos remanufaturados em suas impressoras para evitar o descarte das embalagens. A educadora ambiental, Rachel Zacarias, explica, no entanto, que é preciso mais que atitudes localizadas para diminuir a poluição. Ela acredita que é necessário o desenvolvimento de políticas públicas sobre o assunto. — Não adianta só atitudes individuais. O Governo também tem que analisar os problemas da Terra de uma maneira séria, apresentando propostas consistentes. Não se deve banalizar o assunto — opina a especialista, exemplificando com a criação de um sistema de transporte público de qualidade, que substituiria os veículos particulares. A AgendaJF afirma que tem monitorado as “atividades potencialmente poluidoras”, verificando se a legislação ambiental está sendo seguida. O órgão ainda ressalta que todos os loteamentos da cidade são obrigados a ter um plano de arborização e de preservação da mata nativa.
Jornal Panorama
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