sábado, 3 de fevereiro de 2007

Córrego tem alto grau de poluição

Juiz de Fora

Depois de um ano de monitoramento, com coleta mensal de água em cinco pontos, pesquisadores da UFJF comprovaram o alto índice de poluição do Córrego de São Pedro. De acordo com o estudo, coordenado pela pró-reitora de Pesquisa, professora Marta D’Agosto, não foi constatada interferência significativa de poluentes no trecho, de aproximadamente três quilômetros, entre a nascente, em área rural, e a Represa de São Pedro, que é responsável por 9% do abastecimento de água de Juiz de Fora. No entanto, a situação se complica cerca de um quilômetro depois, já em área urbana, onde o afluente do Rio Paraibuna recebe esgoto doméstico de bairros e condomínios localizados na Cidade Alta.

“Nessa área, o nível de poluição oscila entre médio e alto, o que implica em risco para crianças que se banham no córrego ou para qualquer pessoa que entre em contato com a água,” informa Marta. Segundo ela, a presença de coliformes fecais e parasitos pode desencadear doenças como diarréia, vômitos, problemas de pele e, até mesmo, hepatite. A pesquisadora defende a intervenção do poder público no sentido de promover a despoluição do afluente, cujo ecossistema já está alterado. “No ano passado, o córrego chegou a ser dragado. Depois disso, não houve novo teste de acompanhamento, mas, certamente, o nível de poluição segue alto, porque o esgoto continua sendo despejado nas águas.”

Protozoários

Outro aspecto importante do estudo desenvolvido pela UFJF, com participação de quatro professores e 11 acadêmicos da faculdade de ciências biológicas, é a utilização de protozoários ciliados (microorganismos unicelulares, que possuem cílios) para medir a qualidade da água. “Os protozoários são organismos que reagem às mudanças do meio e são capazes de dar respostas muito rápidas à poluição. Algumas espécies só proliferam em ambientes altamente poluídos”, explica Marta.
Ela avalia que, do ponto de vista acadêmico, a comprovação da eficiência dos protozoários ciliados como indicadores do nível de degradação da água representa um avanço. “Antes, os estudos eram baseados somente em fatores químicos e físicos, como temperatura e oxigênio dissolvido na água. Com os protozoários, conseguimos resultados mais rápidos e bastante confiáveis.”

Fonte: Tribuna de Minas

Um comentário:

Anônimo disse...

olá!!! eu tambem sou mineira e um projeto de jornalista (estudante), gosto muito da tematica ambiental, inclusive tenho um artigo q será publicado na àrea ambiental, gostei bastante de seu blog...vc já e especialista em jornalismo ambiental????