sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Pesquisadores brasileiros participam do seqüenciamento da tricomoníase

Após vários anos de trabalho ficou pronto o primeiro rascunho do genoma das Trichomona vaginalis, revelando um número expressivo de genes e próximo ao número encontrado em humanos, fato recebido com surpresa pelos pesquisadores.

A revista Science, uma das mais respeitadas na área, deu destaque para o trabalho ao exibir em capa, no dia 12 de janeiro, foto do T. vaginalis feita pela pesquisadora Marlene Benchimol, bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e especialista em microscopia eletrônica, elaborada em conjunto com seu aluno Antonio Pereira_Neves. Vários grupos de pesquisa em todo o mundo se concentram no estudo do protozoário, visando gerar mais conhecimento e buscar medicamentos eficientes que não provoquem efeitos colaterais. No Brasil há vários grupos estudando o protozoário: no Rio de Janeiro (UFRJ, Fiocruz e Universidade Santa Úrsula), Rio Grande do Sul, Campinas e Bahia. No exterior há grupos norte-americanos, italianos, suíços, ingleses, suecos, alemães, chineses e franceses estudando intensamente as características bioquímicas, moleculares e morfológicas.

Parasita

As tricomonas são protozoários parasitas causadores da tricomoníase, infecção que atinge cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a doença não-viral sexualmente transmissível mais comum do planeta. A mulher é muito mais susceptível que o homem, sendo que eles geralmente são assintomáticos. As tricomonas também infectam o gado bovino, causando sérios prejuízos econômicos com abortos e esterilidade.

Fonte: CNPQ

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