A cidade de São Paulo precisaria plantar 78.410.295 árvores por ano (ou 150 por minuto) para neutralizar as 15,7 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que emite na atmosfera anualmente
É o que afirma o inventário de Emissões de Gases Efeito Estufa no Município, feito pelo Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da UFRJ e publicado na edição deste domingo do jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo o estudo, a gasolina dos carros e o diesel utilizado por ônibus e caminhões respondem hoje pela metade de toda a emissão de CO2 da cidade. Em segundo lugar, vem o lixo orgânico despejado nos aterros da cidade e cuja decomposição também forma gases nocivos. Por último, o consumo de energia elétrica.
No ano passado, as 160 mil mudas plantadas na cidade não foram suficientes nem para neutralizar as emissões provocadas pelos órgãos municipais. De acordo com o jornal, uma portaria da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente exige que a partir de março, eventos em parques apresentem um cálculo de emissão de gases de efeito estufa e uma proposta para neutralizá-la com o plantio de árvores. “É preciso que a neutralização se torne política municipal”, diz o secretário Eduardo Jorge, que defende mais investimentos em transporte público para que paulistanos possam abrir mão do carro. “A manutenção de ônibus a diesel é mais barata para o proprietário, mas quem paga a conta é o sistema público de saúde”, diz Eduardo, que ainda tenta salvar da extinção os 150 trólebus da cidade. “Já tivemos 500, uma das maiores frotas do mundo.” Dois projetos da secretaria, que devem ser encaminhados à Câmara ainda este mês, prevêm o uso obrigatório de energia solar em novos prédios e a certificação de toda a madeira vendida na cidade, para evitar que o município contribua com o desmatamento em outras regiões do país.
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