Érica Santana e José Carlos Mattedi
Segundo ele, a maioria dos procedimentos já foi realizada. “A outorga dada pela Agência Nacional das Águas (ANA) só permite bombear mais de 26 metros cúbicos por segundo quando verter água em Sobradinho, que é, no caso agora, nas cheias. O impacto ambiental já foi analisado pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. O órgão já licenciou. Existe uma série de etapas que já foram superadas”, disse Laxe. Para Laxe, agora é preciso debater o projeto com a população. Ele lembrou que, com esse objetivo, alguns acordos foram firmados com representantes de movimentos sociais da região da bacia do São Francisco no período de 2005 a 2006.“Acredito que os canais de comunicação nos permitem ampliar cada vez mais o diálogo, não apenas sobre a transposição, mas também sobre diversas outras obras apontadas como possíveis de ser realizadas ou planejadas para serem realizadas na região do São Francisco”, afirmou.
Sobre possíveis impactos negativos da transposição, o coordenador do Programa de Revitalização do São Francisco disse que “qualquer obra tem impacto”, mas ressaltou que tudo já teria sido avaliado tecnicamente pelo Ibama. “Nós, o Ministério do Meio Ambiente, estamos focados na revitalização”, enfatizou. O Programa de Revitalização do Rio São Francisco, para o qual estão programados R$ 260 milhões em recursos federais, vai destinar 80% desse total a projetos de saneamento básico nos municípios integrantes da bacia hidrográfica, da nascente à foz. O plantio de 30 milhões de mudas de árvores é um dos principais projetos do programa. Atualmente, o programa conta com 4 milhões de mudas, dentro da meta de recuperar mais de 30 mil hectares por ano. Para isso, o governo também está investindo na criação de 15 centros de referência de recuperação florestal – quatro já estão iniciando suas atividades nas cidades de Paracatu e Lavras, em Minas Gerais, Petrolina, em Pernambuco, e Aracaju, capital de Sergipe.
Fonte: Agência Brasil
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