segunda-feira, 21 de maio de 2007

Berlim: ONG expõe golfinhos mortos por humanos

A organização ecológica Greenpeace expôs nesta segunda-feira em Berlim os cadáveres de 15 golfinhos e pequenas baleias vítimas da atividade humana, por ocasião da celebração de uma reunião internacional que pode suspender a moratória da caça à baleia.
Os animais, conservados em gelo, foram alinhados na Pariser Platz, diante do Portão de Brandeburgo, no centro da capital alemã. Todos eles tinham certidão de óbito com explicações sobre a causa da morte: presos em redes de pesca, vítimas da colisão de um navio ou da poluição.

A bióloga marinha e membro do Greenpeace Stefanie Werner disse que o protesto tem como objetivo conscientizar a Alemanha, como presidente temporária da União Européia (UE), sobre os "perigos que cercam estes cetáceos". Segundo Stefanie, 300 mil baleias e golfinhos morrem a cada ano presos em redes de pesca, mas é impossível saber o número de vítimas da poluição da colisão de navios, sonares ou da mudança climática". A responsável do Greenpeace pediu a reforma da Comissão Baleeira Internacional (CBI), para que funcione como um "instrumento para a proteção dos cetáceos", e a criação de reservas marinhas, que abranjam pelo menos 40% da superfície dos oceanos, onde não seja permitida nem a pesca, em geral, nem a caça de baleias.

Além disso, Werner reivindicou que a União Européia estabeleça linhas de atuação conjuntas e de cumprimento obrigatório para a proteção dos cetáceos. "Os governos que participam na CBI devem se comprometer a defender as baleias e não a indústria baleeira", afirmou Stefanie.
A ação do Greenpeace foi realizada uma semana antes da conferência da CBI em Anchorage (Alasca), na qual os países que praticam a caça à baleia sob pretexto científico, como Japão, Islândia ou Noruega, solicitarão a retomada da pesca comercial, proibida desde 1986.

Fonte: Redação Terra com agências internacionais

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