quarta-feira, 16 de maio de 2007

Nova York quer se tornar a Grande Maçã "verde"

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, apresentou nesta terça na Cúpula Mundial das Grandes Cidades para o Clima (C40) suas propostas para frear a mudança climática e transformar a cidade dos arranha-céus na Grande Maçã "verde". Ele apresentou uma série de objetivos em prol do meio ambiente, entre os quais se destaca uma redução de 30% nas emissões urbanas que geram o efeito estufa até 2030.

Bloomberg também propôs a implantação de um polêmico plano que obrigará os nova-iorquinos que desejarem usar seu veículo em determinados setores de Manhattan a pagar um pedágio urbano. "Trabalharemos para diminuir as emissões de dióxido de carbono ligadas ao transporte, por isto reduziremos o número de veículos que circulam em nossas ruas", declarou Bloomberg, que aproveitou para anunciar uma "ampliação do sistema de transporte público".
Diante da maioria dos 32 prefeitos e delegações de grandes cidades que até o dia 17 de maio participam desta cúpula, Bloomberg explicou que sua cidade colocará em prática, "em um período de teste de três anos", um plano de pedágio para o centro urbano similar ao que, segundo ele, funciona com sucesso em Londres, Estocolmo e Cingapura. "Seremos a primeira cidade dos Estados Unidos a experimentar uma medida como esta. Tomar a dianteira é sempre difícil, mas estou convencido de que acabará sendo uma realidade", afirmou.

O prefeito disse que a proposta, junto de outras 127 medidas, conta com um "amplo apoio" na cidade e no estado de Nova York. A iniciativa de Bloomberg recebeu o apoio imediato do prefeito de Londres, Ken Livingstone, que afirmou que a medida é "cheia de coragem", além de destacar que a redução do tráfego de veículos nas ruas da capital fez com que os londrinos "contem agora com uma maior qualidade de vida". Livingstone disse a Bloomberg que não deve ficar amedrontado pelas críticas a seu plano, já que é necessário tomar as medidas necessárias para lutar contra "o maior problema enfrentado pela humanidade: a mudança climática". O prefeito de Nova York também afirmou que a cidade realizará "grandes esforços" para promover o uso de energias "mais limpas", o que incentivará o "uso de aparelhos mais eficientes de calefação e refrigeração, e renovará as maquinarias das usinas elétricas que abastecem a cidade". "O uso de energias renováveis eliminará quase 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono do ar de Nova York até 2030", afirmou Bloomberg, que está convencido de que a cidade dos arranha-céus será "a mais respeitosa com o meio ambiente nos Estados Unidos".

A Cúpula Mundial de Grandes Cidades C40 fará com que as cidades mais povoadas do mundo compartilhem seus projetos para lutar contra a mudança climática. Os prefeitos de cidades como Los Angeles, Toronto, Cidade do México, Bogotá e Tóquio vão compartilhar nestes dias suas experiências em sessões que tratam do consumo elétrico, do uso de combustíveis, da calefação e do tratamento dos resíduos, entre outros assuntos. A cúpula conta com a participação do ex-presidente Bill Clinton e de dirigentes de grandes empresas como Siemens, Alcoa, Citigroup e Time Warner.

Fonte: Terra

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