sexta-feira, 18 de maio de 2007

Rio Paraguai dá sinais de ter atingido nível máximo no Pantanal

Ana Maio

Levantamento da Embrapa Pantanal aponta que o rio Paraguai, na região de Ladário (MS), está atingindo seu nível máximo deste ano e o pico da cheia deverá ser menor que o de 2006, que chegou a 5,40 metros. Caso essa previsão se confirme, será surpresa, pois no princípio do ano o cenário era favorável à ocorrência de uma cheia de maior intensidade.Apesar dos indícios de que a cheia de 2007 no rio Paraguai não seja muito elevada, o grande volume de chuvas no final de 2006 e início deste ano inundou extensas áreas no interior do Pantanal sul-mato-grossense.

Essa inundação afetou grande número de famílias de colonos, ribeirinhos e produtores rurais, levando a Prefeitura de Corumbá (MS) a decretar estado de emergência. Essa inundação causou também prejuízos financeiros de aproximadamente R$ 120 milhões para a pecuária bovina, principal atividade sócio-econômica da região, segundo cálculos divulgados no mês passado pela Embrapa Pantanal (Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA).

Distribuição das chuvas

Análise dos registros de chuva na Fazenda Nhumirim – base de pesquisas da Embrapa Pantanal – localizada na região da Nhecolândia, sinaliza uma distribuição irregular das chuvas no Pantanal. Segundo estudos da climatologista Balbina Maria Araújo Soriano, as chuvas ficaram acima do normal na região pantaneira entre outubro de 2006 e fevereiro de 2007 e abaixo do normal em março e abril. Os dados pluviométricos colhidos indicam volume de chuvas 33% acima da média histórica para o período entre outubro de 2006 e fevereiro de 2007. Estes cinco meses analisados tiveram volume de chuvas de 1.000 milímetros , quantia acima do total esperado para o período, que é de 750 milímetros , considerando a média histórica de 29 anos.
“A última vez que fato semelhante ocorreu foi entre outubro de 1994 a fevereiro de 1995. Neste período o rio Paraguai registrou sua terceira maior marca histórica, que foi de 6,56 metros.”
Já em março o volume de chuva na Nhumirim foi de 31,8 milímetros, quando o esperado era de 148 milímetros , ou seja 78,5% abaixo do normal. O mesmo ocorreu em abril, com redução de 88% no volume de chuva. O volume esperado para este mês era de 87 milímetros e choveu apenas 10,4 milímetros .

Cheia do Paraguai

O 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil, por meio do Serviço de Sinalização Náutica d’Oeste, informou que o nível do rio Paraguai em Ladário no dia 16 de maio era de 5,09 metros. O nível máximo até então foi de 5,10 metros , ocorrido nos dias 14 e 15 de maio. Do dia 1º até o dia 15 de maio, a taxa de elevação média diária do nível foi inferior a um centímetro. De acordo com o método probabilístico desenvolvido pela Embrapa Pantanal, a chance atual de o pico da cheia ser igual ou superior 5,5 metros é de apenas 10%. Outra informação importante é que o nível do rio Paraguai vem baixando desde o mês passado em Porto São Francisco, localizado 150 km acima de Ladário. Assim, para o hidrólogo Sérgio Galdino, pesquisador da Embrapa Pantanal, tudo indica que a régua ladarense já atingiu ou está próxima de atingir seu nível máximo de 2007. No fim de janeiro, a Embrapa Pantanal alertou sobre a probabilidade de o nível máximo de 2007 ser superior ao de 1997, que foi de 5,69 metros , o que caracterizaria a cheia deste ano como a maior dos últimos 12 anos ( 1996 a 2007). Na oportunidade, o nível do rio Paraguai em Ladário encontrava-se quase um metro acima do normal e o volume de chuvas também era elevado na região. “Mas a redução do volume das chuvas no Pantanal a partir de março fez com que a cheia do rio Paraguai reduzisse sua intensidade”, explica Galdino. Esse fato foi detectado pelo método probabilístico, por meio da redução gradativa das chances de o pico da cheia ser igual ou superior a 5,5 metros . O hidrólogo também relata outro fato surpreendente da cheia de 2007, que tem sido a grande quantidade de vegetações flutuantes transportadas ao longo do rio Paraguai. Essas vegetações, conhecidas regionalmente por camalotes, baceiros ou batumes, estão entupindo a entrada do Canal do Tamengo, principal via de acesso da Bolívia à hidrovia Paraguai-Paraná, e prejudicando a captação de água para Corumbá. Essa vegetação também está obstruindo corixos e vazantes, que normalmente seriam drenos naturais, dificultando ou retardando o escoamento das águas de chuvas dos campos para o rio.

Fonte: Embrapa

Um comentário:

Anônimo disse...

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