segunda-feira, 25 de junho de 2007

CE defende uma política climática mais ambiciosa

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, defendeu, durante uma visita de três dias à Groenlândia, uma política climática mundial mais ambiciosa e alertou para uma situação que considerou "dramática" no caso da região autônoma dinamarquesa.
"Devemos fazer mais, a situação é muito dramática. A Groenlândia é sem dúvida uma das áreas mais afetadas pela mudança climática", disse Barroso, segundo a agência dinamarquesa Ritzau.
O líder da União Européia viajou no domingo à Groenlândia para ver de perto os efeitos da mudança climática, acompanhado pelo primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen.

Os dois visitaram os fiordes de Ilulissat, Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), situado a noroeste da ilha e que envia ao mar 35 km³ de gelo ao ano em conseqüência do aquecimento global, segundo recentes estudos científicos. Barroso afirmou, no entanto, que os últimos compromissos em matéria do meio ambiente adquiridos pela União Européia durante a reunião do G8 (sete países mais industrializados e Rússia) na Alemanha eram um avanço. O presidente da CE também se mostrou otimista diante da possibilidade de conseguir um novo acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. "Se a conferência sobre o clima de Bali em dezembro também tiver êxito, podemos criar as condições necessárias para a cúpula climática de Copenhague em 2009. Assim poderemos fechar um acordo para substituir Kyoto, embora seja óbvio que sem compromissos globais não será possível", disse Barroso à Ritzau.

Barroso e Rasmussen foram recebidos pelo chefe do governo autônomo da Groenlândia, Hans Enoksen, e o prefeito da Ilulissat, Anthon Frederiksen, e se reuniram com grupos de pescadores e caçadores locais. A bordo do navio alemão "Maria S. Merian", com uma equipe internacional de 40 pesquisadores na região, os dirigentes tiveram acesso aos últimos resultados dos estudos sobre a mudança climática.

Fonte: EFE

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