quinta-feira, 28 de junho de 2007

Estudo: energia nuclear não combate aquecimento

O mundo precisaria começar a construir usinas nucleares imediatamente, ao ritmo inédito de quatro por mês, para que a energia nuclear tivesse uma participação significativa no combate ao aquecimento global, disse na quarta-feira o Grupo de Pesquisa de Oxford sobre o futuro desse tipo de energia.

Segundo os especialistas do grupo, além disso ser impossível, traz graves implicações para a segurança mundial, por causa da proliferação das armas nucleares. O estudo rebate o crescente movimento pelo investimento na energia nuclear como forma de energia "limpa". Hoje, a energia nuclear é responsável por cerca de 16% da demanda de eletricidade do mundo. De acordo com o documento, para que a energia nuclear ajudasse significativamente a reduzir as emissões de carbono, ela teria de responder por um terço da demanda de eletricidade até 2075. Para chegar a isso, de acordo com os autores, teriam de ser construídas quatro usinas nucleares ao mês pelos próximos 70 anos. "Um renascimento nuclear mundial está fora da capacidade da indústria nuclear, e sobrecarregaria a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica", disse o texto. "A menos que se demonstre com certeza que a energia nuclear pode fazer uma grande contribuição para a mitigação global do CO2, ela deve ser deixada de fora", afirmou o relatório.

Os defensores da energia nuclear dizem que ela emite muito pouco dióxido de carbono, o gás-estufa que está entre os responsáveis pelo aquecimento global. O levantamento afirmou que existem 429 reatores nucleares em operação e 25 estão em construção.

Fonte: Reuters

Nenhum comentário: