O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou nesta segunda-feira "a concepção do desenvolvimento que não pensa no amanhã, apenas no agora, para acumular riqueza com a maior velocidade possível". "Não se importam com o dano que se provocam, apenas com a acumulação de riquezas para desfrutar delas em outro lugar", disse Ortega, durante o encerramento de uma reunião de ministros de Recursos Naturais e do Meio Ambiente da América Central, em León, 90 quilômetros a oeste de Manágua.
O governante, que retornava de uma viagem por Venezuela, Líbia, Argélia, Irã e Cuba, criticou o uso de pesticidas que causam grandes danos ao meio ambiente para produzir algodão, banana, etanol e outros produtos na América Latina. Ele destacou que os fabricantes de alguns pesticidas proíbem seu uso em suas nações, mas empregam as substâncias em outros países, onde causam doenças crônicas, como no caso dos camponeses que trabalham na produção de banana. Atualmente, acrescentou, camponeses do Equador, Costa Rica, Honduras, Panamá, Nicarágua e outros países lutam na justiça por um serviço de saúde, já que os agroquímicos danificaram seu estado físico e envenenaram as terras. "É preciso lutar esta batalha. Mas querem que ela seja travada nos Estados Unidos. Se for assim, não haverá justiça a favor dos trabalhadores, a vitória será dos poderosos", denunciou o presidente Ortega.
O presidente chamou os EUA de "o maior poluidor do meio ambiente, por se negae a cumprir o Protocolo de Kyoto". "Os europeus, que também são grandes poluidores, estão assustados, porque se deram conta de que não só vão destruir os países em vias de desenvolvimento mas também aqueles onde estão os grandes capitais e as grandes indústrias", disse Ortega.
Fonte: EFE
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