Especialistas de 17 países da Ásia, cujos 3 bilhões de habitantes representam a metade da população mundial, recomendaram hoje criar um centro regional para processar a informação e apoio logístico sobre a mudança climática e seus efeitos sobre a saúde.
A medida é uma das conclusões apresentadas no Seminário sobre Mudança Climática e Saúde nos Países do Sudeste e Leste da Ásia, organizado esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na capital da Malásia. O encontro reuniu mais de 40 representantes do setor de saúde dos 17 países. Kristie Ebi, diretor do Escritório sobre a Mudança Climática e Saúde da OMS, explicou durante a apresentação do relatório que os grupos de trabalho confirmaram que as ondas de calor, secas e inundações provocadas pelo aquecimento global estão afetando a saúde dos asiáticos. Ebi, quem participou da elaboração da última Comissão Intergovernamental sobre a Mudança Climática, disse que o fenômeno favorece a proliferação dos mosquitos que transmitem a malária e o dengue. Ele também destacou o aumento das doenças provocadas por águas contaminadas.
Além disso, o êxodo de centenas de pessoas às cidades devido à escassez de água na zona rural cria problemas psicológicos e sanitários devido à saturação nas metrópoles. O relatório destaca a necessidade de os países asiáticos compartilharem informação e terem acesso à tecnologia necessária para combater a mudança climática. Os especialistas também pediram uma maior colaboração dos governos com as ONGs e a sociedade civil. Os grupos de trabalho consideraram que a saúde deve ser um tema fundamental na negociação da Convenção para a Mudança Climática, em negociação com as Nações Unidas. Participaram do seminário delegados de Bangladesh, Birmânia (Mianmar), Brunei, Camboja, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Laos, Malásia, Maldivas, Mongólia, Nepal, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
Fonte: EFE
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