Equipes de conservação que trabalham na República Democrática do Congo descobriram os restos de um quinto gorila de uma espécie rara da montanha, semanas depois que foram encontrados quatro primatas ameaçados mortos a tiros, disseram autoridades das Nações Unidas.
O filhote de quatro meses da gorila também deve estar morto, o que coloca em meia dúzia o número de machos sobreviventes sem fêmeas para reprodução, acrescentaram representantes da organização cultural da ONU, a UNESCO. O ataque misterioso do último mês, em que as carcaças foram deixadas dentro do Parque Nacional Virunga e não levados para alimentação ou para a venda da carne, foi um golpe nos esforços para evitar a extinção da espécie.
Existem menos de 700 gorilas da montanha, todos na África central, perto da intersecção entre Congo, Uganda, Ruanda e Burundi - região atingida por muitos anos de guerra e onde milícias armadas ainda rondam pelas florestas depois da guerra do Congo, entre 1998 e 2000, o que levou seis exércitos estrangeiros para o país.
Uma equipe de investigadores da ONU estava no posto de Bukima, a 30 quilômetros ao norte da capital da província, Goma, na quinta-feira quando um guarda florestal encontrou os restos. "O bebê que estava com ela não tem idade suficiente para viver sem a mãe", disse Yvette Kaboza, especialista da Unesco. As equipes resgataram outro bebê órfão, uma fêmea, dias depois do ataque. Ela foi levada para uma reserva em Goma porque ainda não havia desmamado e era muito nova para viver na natureza sem a mãe.
Fonte: Reuters
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