segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Clima une Schwarzenegger e Al Gore na ONU

O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore se uniram nesta segunda-feira a líderes mundiais num encontro da Organização das Nações Unidas, que tem por objetivo incentivar as negociações globais para combater o aquecimento global.

Ex-fisiculturista e astro de cinema que vem promovendo reformas ambientais na Califórnia, Schwarzenegger reconheceu que os países ricos e pobres têm responsabilidades diferentes com relação ao aquecimento, mas disse que é hora de parar de atribuir culpas. "É hora de pararmos de olhar para trás, para o Protocolo de Kyoto", disse ele. "As conseqüências das mudanças climáticas globais são tão urgentes que não importa quem foi responsável pelo passado." "Importa quem é responsável pelo futuro, e isso significa todos nós." De acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a reunião de um dia pretende transmitir uma "mensagem política contundente" sobre a urgência de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

É o primeiro de três eventos sobre mudanças climáticas marcados para os EUA esta semana e que devem destacar se Washington poderá cumprir sua promessa de assumir papel de liderança na redução das emissões que causam o aquecimento global. Mas não será uma sessão de negociações. Isso virá em dezembro em Bali, na Indonésia, onde especialistas procurarão redigir um tratado sucessor do Protocolo de Kyoto, cuja vigência chega ao fim em 2012. Ex-candidato presidencial e criador do documentário "Uma Verdade Inconveniente", sobre o aquecimento global, Gore também vai discursar na reunião da ONU. O presidente George W. Bush não falará no encontro, mas jantará com Ban depois da reunião. Bush rejeitou o Protocolo de Kyoto, um acordo internacional que prevê que 36 países industrializados reduzam suas emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 5 por cento até 2012, em relação aos níveis de 1990.

Segundo o presidente norte-americano, o pacto coloca um ônus injusto sobre os países ricos e isenta de responsabilidade países em desenvolvimento, como China e Índia, além de causar a perda de empregos nos EUA. Os países em desenvolvimento dizem que é injusto pedir a eles que reduzam suas emissões no momento em que suas economias estão em crescimento, enquanto os países industrializados vêm poluindo há décadas.

Fonte: Reuters

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