quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cooperativas entram na luta antiaquecimento global

Roberto do Nascimento

No Brasil, os números são muito representativos, no mundo, mais ainda. Agora, esta grande força presente no agronegócio vai se engajar de forma sistemática em ações que possam contribuir para a redução das mudanças climáticas que provocam o aquecimento global.

Técnicos estão sendo formados pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), para identificar em todo o País oportunidades de adoção de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), forma pela qual os países em desenvolvimento podem contribuir com as metas de redução de gases de efeito estufa definidas no Protocolo de Quioto. "É um nicho de mercado que pretendemos capacitar, formar cultura. A partir do ano que vem, faremos diversas reuniões de trabalho em busca de parcerias para fazer MDL", informa o gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut. Na primeira etapa, a meta é formar 45 técnicos.
A importância dessa ação pode ser medida pelo peso das cooperativas na economia do País, com destaque para o agronegócio que, por sua proximidade com o desmatamento, principal fonte de poluição do Brasil, pode dar uma contribuição decisiva contra as mudanças climáticas. A OCB tem 7.603 cooperativas, 7,39 milhões de cooperados, que faturam R$ 68 bilhões e exportam US$ 2,8 bilhões. Respondem por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 35% do PIB agrícola.

Hoje, a Eletrorural é a única cooperativa no País a ter uma MDL registrado na Organização das Nações Unidas (ONU), que já rendeu R$ 6 milhões, com a venda para uma empresa de energia do Japão de 134 mil toneladas de dióxido de carbono cujas emissões foram evitadas a partir da geração de energia de uma pequena central hidrelétrica situada em Jaguariaíva, no Paraná. A cooperativa já tem novos créditos de carbono acumulados, disponíveis para venda (que ainda precisam ser validados pela ONU) correspondentes a 80 mil toneladas de dióxido de carbono.

Fonte: DiárioNet

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