Cerca de 300 integrantes da Via Campesina - organização sem fins lucrativos que luta pelos direitos de camponeses no mundo inteiro, enfocando questões como a reforma agrária, agroecologia e o fim de pesquisas e comercialização de transgênicos - invadiram na manhã de hoje, por volta das 6h15, a sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que realizará, a partir das 10 horas, o leilão para a construção da primeira usina hidrelétrica no Rio Madeira. A Polícia Militar já está no local e afastou a imprensa para retirar os manifestantes. O protesto é contra o leilão e, segundo o movimento, faz parte da "jornada de lutas nacional contra a privatização das águas e a atuação das transnacionais no Brasil".
Entenda o leilão
O leilão da Usina de Santo Antônio será realizado pela Aneel pelo sistema eletrônico, na sede do órgão em Brasília. Ganha quem oferecer a menor tarifa para a venda da energia, cujo preço teto é definido pelo Ministério de Minas e Energia. O complexo hidrelétrico do Rio Madeira compreende, ainda, a construção de outras quatro usinas: a Usina Hidrelétrica de Jirau, também próxima a Porto Velho, capital do estado de Rondônia; uma usina binacional, chamada de Guajará-Mirim, na fronteira entre Brasil e Bolívia; e a usina Cachuela Esperanza, em território boliviano. O leilão da segunda usina brasileira, de Jirau, está previsto para o início de 2008, em data ainda não confirmada pelo Ministério de Minas e Energia.
Fonte: Agência Estado
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