segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

INB inicia produção de combustível nuclear para Angra 2

Helena Beltrão

As Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCT), iniciam este mês a reconversão - transformação do gás em pó - do urânio enriquecido em forma de gás para a fabricação das pastilhas de UO² . A produção se destina a sexta recarga de Angra 2, quando será produzido o milésimo Elemento Combustível na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ). O urânio enriquecido chegou ao País no final de 2007.

Para a sexta recarga de Angra 2 serão produzidos 56 Elementos Combustíveis, contendo mais de quatro milhões de pastilhas. No total serão utilizadas 34 toneladas de urânio, com grau de 4% de enriquecimento. Essa recarga significa 30% do núcleo da usina, que é formado por 193 elementos combustíveis. A fabricação das partes metálicas do elemento combustível (tubos, grades e bocais) começou em outubro último, mas a empresa trabalha nesta recarga há pelo menos dez meses, quando iniciou o processo de aquisição de matéria-prima e componentes.
"Nossa meta é manter a segurança no processo de fabricação, preservando a qualidade do meio ambiente, e, sempre que possível, antecipando os prazos de entrega. Assim, garantimos ao nosso cliente, a Eletronuclear, um produto de alta qualidade e performance, aliado ao acompanhamento com todo o suporte técnico", afirma o diretor de Produção da INB, Samuel Fayad Filho.

Além da fabricação do milésimo elemento combustível, outra novidade na produção da sexta recarga é a inclusão dos novos equipamentos adquiridos pela INB - um investimento de cerca de R$ 15 milhões - na linha de produção do combustível nuclear. São máquinas e laboratórios que eliminam gargalos na produção, melhoram a segurança operacional e reduzem os custos de produção. A INB é uma empresa de economia mista, vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da INB

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