A difícil situação do município de Tailândia, no interior do Pará, é resultado da falta de apoio dos governos estaduais anteriores. A avaliação é do defensor público e conselheiro do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Paraguassú Élderes. De acordo com ele, a falta de apoio e de investimentos para resolver a situação da exploração irregular de madeira foi um dos motivos para que o problema se complicasse no município.Segundo Élderes, os moradores da região "se acostumaram a explorar a floresta sem dar satisfações ao estado”. No dia 11 de fevereiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrou a Operação Guardiões da Amazônia para recuperar madeira comercializada sem comprovação de origem e autuar madeireiras e transportadores que fazem tráfico ilegal na região.
A situação dos trabalhadores das serrarias preocupa o defensor público. “O Pará é uma colônia extrativista que não tem industrialização para oferecer emprego às pessoas que trabalham nas madeireiras e carvoarias.” Na última terça-feira (19), trabalhadores de serrarias e carvoarias e populares protestaram contra a apreensão de madeira e a demissão de cerca de 2 mil pessoas que trabalhavam no setor cercaram fiscais do governo estadual e do Ibama. Segundo o instituto, eles tentaram invadir uma das serrarias da cidade e atear fogo a um caminhão que retirava a madeira apreendida pelos fiscais. De acordo com Élderes, o atual governo do estado do Pará, é o que mais deu apoio e tenta acabar com o problema, mas, segundo ele, o estado não tem recursos para montar uma estrutura correta para enfrentar essa questão.
Fonte: Agência Brasil
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