O trabalho de limpeza e remoção do óleo no golfo do México é realizado e autorizado somente por pessoas contratadas pela própria BP (British Petroleum), responsável pela plataforma "Deepwater Horizon", causadora do acidente no fim de abril. Segundo Leonardo Viana, integrante da ONG norte-americana Ocean Conservancy, o trabalho voluntário não é permitido pela lei americana em casos de derramamento de óleo.
“Embora muitos voluntários queiram ajudar, isso não é permitido pela lei. A responsável pelo desastre (BP) é quem contrata, treina e paga pessoas para fazerem esse trabalho”, afirmou. Segundo Viana, a única forma das ONGs e de voluntários participarem do processo de limpeza é na realização de um trabalho “pré-chegada do óleo nas praias”.
“Nós recrutamos voluntários e limpamos o lixo das praias que ainda podem ser atingidas pelo óleo. Com a remoção de plásticos, garrafas pet e outros tipos de objetos, nós evitamos que os materiais se tornem lixo tóxico com a chegada do óleo, o que complicaria ainda mais o processo de limpeza da região afetada”, disse.
Viana explica que em casos de desastres ambientais como o do golfo do México, os primeiros contratados para o trabalho de limpeza são as pessoas mais afetadas pelo acidente, como pescadores e desempregados, moradores da região atingida.
Segundo a “Times”, a BP contratou cerca de 4.000 pessoas nos quatro Estados do golfo do México afetados para realizar a limpeza.
O acidente com a plataforma da “Deepwater Horizon” é o pior vazamento de petróleo na história dos EUA, superando o acidente de 1989 com o navio Exxon Valdez no Alasca. Os milhões de litros de óleo já derramados estão causando graves prejuízos ambientais e econômicos.
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