Consórcio Santo Antonio Energia é controlado pela construtora Odebrecht e a estatal Furnas |
Objetivo é implantar mais seis turbinas, às 44 já previstas, aumentando a capacidade total de geração de 3.300MW para 3.750MW, com investimento adicional de R$1 bilhão.
Mais de dois anos após o licenciamento das hidrelétricas do rio Madeira (RO), os consórcios construtores das usinas de Santo Antonio e Jirau entraram com pedido na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliar a capacidade de geração de energia.
Segundo informação do jornal O Globo, o consórcio Energia Sustentável do Brasil (composto pela construtora brasileira Camargo Correa e a franco-belga Suez) pretende implantar seis turbinas a mais em Jirau, que se somariam as 44 já previstas e aumentariam a capacidade total de geração de 3.300MW para 3.750MW. Para tanto, seria necessário investimento adicional de R$1 bilhão.
O consórcio Santo Antonio Energia, controlado pela construtora Odebrecht e a estatal Furnas, quer ampliar a geração da usina de Santo Antonio em 255MW, para isso construindo três casas de força a mais do que o inicialmente previsto, e incorporar mais quatro turbinas. O investimento a mais seria de R$1,15 bilhão a mais no projeto.
As mudanças dependem ainda da autorização da Aneel e do Ministério de Minas e Energia. O pedido de aumento de geração de Jirau foi feito formalmente à agência na última quinta-feira (12).
Pressa
O presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao visitar o canteiro de obras na sexta-feira, cobrou pressa na liberação das licenças. "Vai precisar da autorização da Aneel, do Ministério do Meio Ambiente e, obviamente, do presidente da República. Eles que sejam espertos, porque eu só tenho mais quatro meses e pouco de mandato", disse, referindo-se ao pedido de Jirau, segundo reporta o jornal O Globo.
Ao mesmo tempo em que procuram aumentar sua capacidade de produção, as duas usinas já anteciparam o início da geração. O interesse se justifica pela possibilidade de obter o retorno antecipado dos investimentos. A energia excedente será negociada no mercado livre de energia, destinado aos grandes consumidores, que pagam acima do negociado com as distribuidoras.
Fonte: Amazonia.org.br/Ecoagência
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