Da Agência FAPESP
O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista, em Bauru (SP), realizará até o dia 1º de setembro experimentos sobre o impacto de queimadas na atmosfera, na unidade de Ourinhos (SP).
O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista, em Bauru (SP), realizará até o dia 1º de setembro experimentos sobre o impacto de queimadas na atmosfera, na unidade de Ourinhos (SP).
O trabalho, que teve início na última terça-feira (24/8), utiliza equipamentos do instituto, disponíveis nos campi de Bauru e Presidente Prudente (SP), e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da Universidade de São Paulo (USP). O grupo fará a varredura de uma área com raio de 450 quilômetros a partir da posição do Laboratório de Monitoramento Ambiental (Lapam).
O IPMet é uma unidade complementar da Unesp apoiada pela FAPESP desde seu início, na década de 1970. A partir de 1982, com auxílio da Fundação, o instituto passou a dispor de um sistema central de processamento para trabalhos de pesquisa, processamento e disseminação de dados e produtos de radar.
O novo estudo, que é coordenado pelo físico e meteorologista Gerhard Held, do IPMet, tem o objetivo de compreender os efeitos das queimadas da palha de cana, como as alterações nas propriedades químicas e físicas da atmosfera.
O experimento utilizará diversos aparelhos do laboratório, como o Light Detection and Ranging (Lidar) – que por meio de feixes de raios laser mede os aerossóis na atmosfera – e o Sonic Detection And Ranging (Sodar), que mede os perfis verticais do vento em três dimensões, por meio da emissão de ondas de som.
Serão utilizadas ainda radiossondas para obtenção de variáveis meteorológicas até 25 quilômetros de altitude, além de amostradores de gases e partículas para atmosfera e cinco estações meteorológicas automáticas.
As queimadas no interior do Estado de São Paulo têm como uma das principais causas a produção sucroalcooleira. Os meses do inverno são mais propícios para a realização dessa pesquisa, por causa da intensificação das queimadas pela colheita de cana-de-açúcar e pela ausência de chuvas que mantêm as partículas em suspensão no ar.
Mais informações: http://www.unesp.br/
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