Secretário regional do Movimento Nacional dos Direitos Humanos e coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO), Sebastião levava a causa em frente mesmo com constantes ameaças de morte. Até que elas se concretizaram. Coisa comum numa Amazônia em que a governança insiste em não dar as caras.
O Greenpeace esteve na região há pouco menos de uma década, seguindo os passos da soja, que começava a avançar pela região. “O Cerrado e a floresta estavam sendo destruídos, a concentração de terra aumentava cada vez mais e os relatos de trabalho escravo apareciam de todos os cantos”, recorda Nilo D’Ávila, que estava à frente da pesquisa de campo na época. Foi quando Sebastião cruzou nosso caminho. “Ele fez um relato preciso da movimentação da indústria da soja. E foi quem primeiro me alertou sobre a relação entre desmatamento e trabalho escravo”.
Era esse seu trabalho: alertar para tudo aquilo que estava fora da ordem na região. Acabou pagando o preço, 14 anos depois que Pe. Josimo Morais Tavares – outro precursor da defesa dos direitos humano por ali – também morreu pelos mesmos motivos. A roda continua viva. Até quando?
Fonte: Greenpeace
Fonte: Greenpeace
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