O Hospital Público Agamenon Magalhães, que já desenvolve, na capital pernambucana, pesquisa com células-tronco em pacientes acometidos por infarto agudo do miocárdio, vai passar a beneficiar também, com a terapia celular, pessoas com miocardiopatia dilatada, doença que provoca crescimento anormal do coração, causando falta de ar e inchaço dos membros inferiores e palpitações. O convite para integrar o Programa Nacional de Pesquisa com Células-Tronco em Doenças do Coração, financiado pelo Ministério da Saúde e que envolve 1.200 pacientes em todo o pais, foi feito, no mês de dezembro, pelo Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Segundo o cardiologista João Moraes Júnior, coordenador do Laboratório de Terapia Ceular do Agamenon Magalhães, para se habilitar ao programa de tratamento com células-tronco os pacientes precisam ser portadores de insuficiência cardíaca há mais de um ano, e a doença não pode ter origem no mal de Chagas. “Os favorecidos pelo programa também não devem ter histórico de angina, hipertensão ou infarto, nem apresentar problemas renais”, explicou. Ele destacou que a intenção é elevar a qualidade de vida das pessoas acometidas pelo mal, que mesmo tomando cinco remédios por dia, correm risco de ter morte súbita. “A idéia é melhorarem 5% a função do coração enfraquecido. A gente espera que a terapia celular seja uma nova alternativa de tratamento tanto para pacientes agudos quanto crônicos. No entanto, a melhor saída para evitar qualquer doença ainda é a prevenção. Sabemos que 90% dos enfartos poderiam ter sido evitados com controle da pressão alta, colesterol, diabetes, exercícios físicos e alimentação saudável”, declarou o médico.
A seleção e os exames dos pacientes a serem beneficiados com o programa começam neste mês. Dados da Secretaria estadual de Saúde indicam que a cada ano 14.500 pernambucanos são vítimas fatais de doenças do coração.
Fonte: Agência Brasil
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