Sem hibernar, animais da Romênia se mostram mais agressivos que de costume. Em fevereiro, foram registrados quatro ataques contra humanos
O aquecimento climático perturba o biorritmo dos ursos dos romenos, que não hibernaram e se mostram mais agressivos do que de costume neste inverno (no hemisfério norte). As autoridades locais afirmam que foram registrados ataques contra homens nesse mesmo período, quando habitualmente os ursos estão em cavernas, grutas, e a caça fica proibida. Apenas em fevereiro, foram registrados quatro ataques de ursos contra pessoas no distrito de Covasna, disse Laszlo Bela, presidente da associação local de caçadores e pescadores esportivos. A agressão mais grave foi sofrida por um caçador de 70 anos, atacado por uma ursa com três filhotes. O homem sobreviveu. "Os animais se tornaram agressivos por causa do calor que os levou a abandonar seus refúgios mais cedo", acredita Bela. Segundo ele, os ursos de três ou quatro anos nem sequer hibernam.
O chefe dos caçadores locais advertiu que o número dos ursos no distrito de Covasna -- quase 400 no fim de 2006 -- é superior ao ideal necessário para o equilíbrio ecológico e acrescentou que o total de animais autorizados a serem abatidos -- apenas 12 -- é muito pequeno. Bela explicou que, para manter os animais longe das cidades, a associação que dirige encontrou um método eficaz: os ursos recebem a cada dia uma ração com vários quilos de chocolate misturado com alimentos secos em lugares especialmente preparados nas áreas de caça. Com uma população estimada em entre 7 mil e 8 mil animais, a Romênia é o país com o maior número de ursos da União Européia.
Fonte: Efe
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