sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Brasil será menos afetado por aquecimento


Os mapas mostram os vários cenários possíveis do IPCC, designados pelas letras B1, A1B e A2; na escala embaixo deles, a correspondência entre cores e aumento de temperatura em graus Celsius

Temperatura do país não deve subir mais que 4 graus Celsius até o fim do século. Amazônia e Centro-Oeste serão os mais afetados; litoral e região Sul sofrem menos.

Os cenários revelados para o fim deste século pelo IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática) mostram que, em termos absolutos, o Brasil não estará entre os países mais atingidos pelo aquecimento global. A temperatura média em algumas regiões do país - principalmente na Amazônia e no Centro Oeste - vai subir no máximo 4 graus Celsius, contra uma projeção de 5,5 graus Celsius no interior dos Estados Unidos e em regiões da África.

Esse é o pior dos três cenários principais simulados pelo IPCC. No cenário mais ameno, o Centro-Oeste e a Amazônia teriam um aumento entre 1,5 grau e 2 graus Celsius. As áreas menos afetadas do Brasil seriam o litoral do Nordeste e do Sudeste e a região Sul - mesmo no pior cenário, elas não teriam um aumento de temperatura superior a 3 graus Celsius.O fato de as áreas menos populosas do Brasil serem as mais ameaçadas não é motivo para alívio, no entanto. Mais calor na Amazônia pode significar mais chance de a floresta úmida começar a se transformar em cerrado, com conseqüências devastadoras para o clima do resto do Brasil e do mundo.

Entre outros papéis geoclimáticos, a floresta é importante para o regime de chuvas em toda a América do Sul. No resto do mundo, as áreas mais afetadas são, previsivelmente, as regiões polares, em especial o Ártico, que poderia ficar até 7,5 graus Celsius mais quente do que a média atual. Outra região seriamente afetada é o Himalaia, com suas geleiras.

Fonte: Globo.com

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