quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Clima favorece ocorrência de doenças da soja em regiões

Lebna Landgraf

Nas últimas quatro safras, não houve condições climáticas favoráveis para a ocorrência de ferrugem da soja no Maranhão. Este ano, ao contrário, no final de janeiro, devido a temperaturas baixas com pancadas de chuva durante o dia, os focos de ferrugem da soja na região dispararam para 48, conforme registro do Sistema de Alerta, atualizado diariamente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com informações de parceiros em diversas regiões do Brasil.“Estamos preocupados porque em função da falta de crédito e da descapitalização no início da safra, os produtores não se preparam para combater a ferrugem. Agora está difícil encontrar fungicidas para o controle da doença disponível no mercado”, afirma o pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer.

Além da ocorrência da ferrugem, o Maranhão, assim como Tocantins, Mato Grosso, estão sofrendo também com aumento de outras doenças fúngicas como a mela, a mancha alvo e as doenças de final de ciclo. A mela da soja,causada pelo fungo Rhizoctonia solani, pode ser tão agressiva quanto a ferrugem. A doença causa reduções de produtividade de até 30%. As condições ideais para o desenvolvimento da doença são temperaturas médias de 28°C.“Outro problema que também registramos, este ano, é o aumento de viroses transmitidas por mosca branca. Após a sua ocorrência, não há formas decontrole para as viroses. Com o uso de cultivares resistentes seria possível controlar o problema, mas ainda não existem muitas opções no mercado”, diz o pesquisador Maurício Meyer.

Fonte: Embrapa

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