Temperaturas na superfície do Pacífico mostram que fenômeno está enfraquecendo. Previsões a partir de maio, no entanto, são incertas
O fenômeno climático El Niño está enfraquecendo, porém o prognóstico após maio é incerto, de acordo com um relatório mensal divulgado pelo Centro de Previsões Climáticas (CPC) dos Estados Unidos nesta quinta-feira (08). O relatório do CPC, um departamento ligado à Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, sigla em inglês), anuncio que "as tendências nas temperaturas da superfície e subsuperfície do oceano indicam que o evento quente (El Niño) está enfraquecendo." O centro acrescentou que "há uma incerteza considerável nas previsões para os períodos após maio de 2007".
O El Niño ocorre com o aquecimento anormal das águas no oceano Pacífico equatorial. A anomalia foi batizada como El Niño por pescadores da América do Sul no século XIX, que foram os primeiros a perceber que o fenômeno geralmente se intensificava durante a época do Natal -- o nome é uma alusão ao menino Jesus. O El Niño altera padrões climáticos da África do Sul até a América Latina, podendo gerar fortes tempestades de neve na Califórnia, enchentes no Peru e Equador e secas na Austrália, Indonésia e Filipinas.
Neste ano, no entanto, ao El Niño foi parcialmente atribuída a temporada morna de furacões nos EUA. Ocorreram apenas nove tempestades e cinco furacões no ano passado, menos do que as 28 tempestades e 15 furacões registrados em 2005.
Muitos meteorologistas disseram que o El Niño permitiu que o vento debelasse tempestades nascentes ou as afastasse para o meio do Atlântico, longe de áreas populosas dos Estados Unidos.
No entanto, a dissipação do El Niño neste outono significa que a temporada de furacões será mais ativa no fim deste ano. De fato, diversos grupos de previsão climática estimam que entre 14 e 16 tempestades serão formadas no Atlântico. A temporada ocorre entre 1 de junho e 30 de novembro.
Fonte: Globo.com
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