Alana Gandra
Pinguelli se referia ao licenciamento ambiental das usinas Jirau e Santo Antonio, que deverá ser concedido ainda neste mês, conforme estimativa do diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luiz Felippe Kunz Júnior. Vários grupos ambientalistas nacionais e estrangeiros defendem como alternativa ao Complexo do Madeira que haja uma repotencialização das usinas já existentes, de forma a torná-las mais eficientes. Segundo Pinguelli Rosa, “no fundo está-se vendo só o lado da hidrelétrica – está-se esquecendo o panorama completo e esse é o erro: você impede a construção de uma hidrelétrica, mas os ambientalistas são condescendentes com as usinas a carvão e a diesel“. Pinguelli afirmou, inclusive, que há muitos interesses envolvidos, além dos ambientalistas. Na opinião do especialista, o Brasil não deve abandonar a hidreletricidade, cuja participação é predominante na matriz energética. O governo, sugeriu, deveria enfrentar as críticas dos ambientalistas, visando chegar a um acordo que viabilize a obra.
Ele destacou a importância de diálogo com o Movimento dos Atingidos por Barragens nesse processo: “Hoje, no Brasil, seria mais fácil fazer um reator nuclear porque a oposição a ele não é muito organizada. E alguns ambientalistas já consideram o reator nuclear mais aceitável, apesar do lixo radioativo. Os ambientalistas têm lá as suas visões. Nós não podemos dizer que tudo o que um ambientalista diz está certo. Isso é uma bobagem. Os ambientalistas acertam e erram”.
Fonte: Agência Brasil
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