Fabiana Galvão
Dois pesquisadores do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) farão visitas técnicas aos municípios de Montes Claros e Janaúba (MG) e a Petrolina (PE), para avaliar a adoção da cultura do pinhão-manso em áreas do Agreste e Sertão pernambucanos. A idéia é utilizar o óleo do pinhão-manso como insumo para a produção de biodiesel na Unidade Experimental de Produção de Biodiesel de Caetés (PE), que atualmente usa apenas o óleo de algodão.
Os pesquisadores Almir Monteiro e Marcelo Andrade irão observar campos experimentais de produção da planta e conversar com pesquisadores. Eles seguem, no próximo dia 25, para o norte de Minas Gerais, onde visitarão os campos experimentais de produção do pinhão-manso da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). No dia 29, eles estarão em Petrolina, em visita ao Centro Nacional de Pesquisa do Semi-Árido, vinculado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “A planta é altamente promissora para a produção de óleo para biodiesel”, afirmou Almir Monteiro. “A produtividade é muito boa e o teor do óleo também”. De acordo com ele, a oleaginosa em estudo tem demonstrado boa adaptação ao solo e clima do Nordeste, apresentando nos aspectos agronômicos resistência satisfatória à seca. Almir Monteiro disse que já foi desenvolvida pesquisa sobre a produção de biodiesel a partir do óleo de pinhão-manso em nível experimental de bancada no Laboratório de Combustíveis (LAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Há, ainda, uma empresa privada realizando experimentos de cultivo da planta em seis hectares irrigados e de sequeiro no município de Garanhuns (PE). A Unidade Experimental de Produção de Biodiesel de Caetés está localizada às margens da BR-424, que faz a ligação entre os municípios de Caetés e Garanhuns, no Agreste Meridional pernambucano. No momento, não processa as oleaginosas. Está capacitada para produzir o biodiesel a partir de óleo bruto de oleaginosas como o algodão, oiticica, soja, pinhão-manso, amendoim, girassol e mamona, ou a partir de gordura animal, material que é submetido ao processo de transesterificação. A capacidade de produção é de 2 a 4 mil litros/dia de biodiesel.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MCT
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