sexta-feira, 25 de maio de 2007

Aquário do Museu Goeldi será reformado

Tiago Araújo

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) e a Mineração Rio do Norte (MRN) assinam nesta sexta-feira (25) um convênio para financiar a reforma do Aquário do Museu, um dos mais antigos recintos do Parque Zoobotânico. A MRN irá destinar a esta obra 150 mil reais. A recuperação do Aquário contará ainda com 250 mil do Ministério do Turismo, totalizando 400 mil reais.

As obras começam no segundo semestre deste ano. Muitos não sabem, mas o Aquário do Museu Paraense Emílio Goeldi é o Aquário público mais antigo do Brasil. Inaugurado em 1910, durante a gestão do botânico Jacques Huber na direção do Museu Goeldi, o Aquário se transformou em um dos principais pontos de visita do Parque. Reforma – O Aquário do Museu Goeldi foi projetado por Ernst Lohse, desenhista e litógrafo da instituição. Quando foi inaugurado no início do século passado, o propósito inicial do Aquário era mostrar peixes ornamentais, espécies de importância comercial e formas "exóticas" à cultura européia, como o pirarucu e o poraquê. No entanto, sua missão evoluiu para incluir a apresentação dos grupos de animais aquáticos mais representativos de toda a Bacia Amazônica – peixes, anfíbios e invertebrados. Com a reforma, algumas mudanças serão feitas na apresentação das várias espécies amazônicas.

Segundo Horácio Higuchi, Chefe da Coordenação de Museologia do MPEG, “o ambiente dos aquários será modificado. Faremos uma representação dos rios amazônicos na área interna dos aquários, para que o público tenha uma noção exata do habitat dos animais”. Se antes cada espécie era exibida em aquários individuais, a idéia agora do novo Aquário do Museu Goeldi é mostrar a diversidade marinha nos rios da Amazônia. Serão instalados novos aquários, maiores que os anteriores, de forma que possam abrigar várias espécies em um mesmo ambiente. “Ainda assim, permanecerão alguns aquários menores, onde ficarão filhotes e algumas espécies que precisam de cuidados específicos, como alguns camarões”, explica Higuchi. Para os visitantes que estranhavam a pouca iluminação interna do Aquário do Museu Goeldi, ela será mantida por uma boa razão: para respeitar o habitat original das espécies. Luz em excesso pode deixar os peixes “estressados”, causando até mesmo a morte de alguns deles. Uma novidade na estrutura do Aquário será a implantação de acesso para portadores de necessidades especiais, possibilitando que todos possam conhecer bem de perto a fauna marinha da Amazônia.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Museu Goeldi

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