Animais abrem buracos na rocha, facilitando erosão causada pela água do mar. Ilha perto de Hiroshima já fica submersa quando a maré sobe.
Uma ilha japonesa que já teve cerca de 120 metros de comprimento e picos de 22 metros acima do nível do mar está quase totalmente submersa graças à ação de pequenos crustáceos, afirmam pesquisadores da Universidade de Hiroshima. A situação impressionante foi revelada por Yuji Okimura, professor emérito da universidade. Ele comparou fotos dos anos 1950 e 1960 da ilha de Hoboro, que fica perto de Hiroshima, com imagens atuais. Acontece que a ilha também está abrigando imensas colônias de crustáceos do grupo dos isópodes. As criaturas costumam abrir buracos na rocha para se abrigar. "É muito raro, mesmo em escala global, observar uma erosão biológica que tenha caminhado de forma tão rápida e em tão larga escala", afirmou Okimura ao site japonês "Mainichi Daily News".
Hoje, o ponto mais alto da ilha mede só 6 m na vertical, e ela fica totalmente submersa quando a maré sobe. A rocha que compõe Hoboro é uma forma compactada e relativamente "fofa" de cinza vulcânica, o que, segundo os pesquisadores, facilita a escavação feita pelos crustáceos. A abundância de alimento para os bichos também favorece sua presença ali. Segundo os moradores do local, a passagem de vários tufões pela região tem deixado a ilha cada vez mais debaixo d'água. Para os cientistas, os buracos abertos pelos crustáceos facilitam a erosão causada naturalmente pelo mar.
Fonte: Globo.com
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