Destruição do hábitat e comércio ilegal são as principais causas. Espécies invasoras também contribuem para o problema.
As autoridades cubanas advertiram sobre a perda de diversidade biológica em seu território como um dos principais problemas ambientais do país, informa nesta sexta-feira (3) a imprensa oficial. O diário Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, assinala que as causas para a perda de espécies de flora e fauna vão desde a destruição do habitat e ecossistemas ao comércio ilícito de espécies ameaçadas, embora não detalhe números sobre seu impacto. Além disso, cita elementos como a introdução de espécies exóticas que prejudicam as autóctones e a insuficiência de mecanismos de regulação e de controle para prevenir e sancionar a caça e pesca furtivas.
Todos estes problemas aparecem diagnosticados na Estratégia Ambiental Nacional para o período 2007-2010 do Ministério de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente (Citma), no qual também se mencionam outros fatores que influem na perda de biodiversidade. Entre eles, a degradação e contaminação dos solos e a exploração execessiva de recursos pesqueiros e florestais. Por outro lado, assinala que "o processo de avaliação de impacto ambiental e as decisões sobre planejamento territorial derivadas do mesmo nem sempre consideraram em sua justa medida os valores intrínsecos e de uso da diversidade biológica". Assinala que "se carece de indicadores efetivos e dos processos e instrumentos de monitoração necessários para seu desenvolvimento e implementação" e que "em muitos casos" não se dispõe de linhas base adequadas como pontos de partida para "a determinação das tendências da perda de diversidade".
No relatório, o Citma aponta outros problemas ambientais como a contaminação pela concentração de instalações industriais em áreas urbanas, contaminando os fluxos de água, trazendo investimento insuficiente neste terreno e a falta de práticas de "produção mais limpa".
Também aponta problemas relacionados com a degradação dos solos, derivados da falta de rotação de campos dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar, o mal uso das técnicas agrícolas e as medidas insuficientes de proteção da fertilidade. Segundo o Citma, os processos de erosão afetam 2,5 milhões de hectares no país, e assinala que cerca de 3,4 milhões de hectares têm altos níveis de acidez e há mais de um milhão com alto grau de salinidade. Estes problemas, junto a outros fatores, afetam cerca de 60% da superfície do país, que é de 110.922 quilômetros quadrados.
Fonte: Globo.com
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