Reformulação da página na Internet melhora o atendimento aos usuários Marjorie Xavier
O monitoramento de queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), conta neste ano com dois novos reforços na detecção de focos de calor. São os satélites europeu MSG-02 (Meteosat Second Generation) e o norte-americano GOES-10, da NOAA, já utilizado antes, mas deslocado recentemente para uma nova órbita passando a oferecer melhor cobertura ao continente sul-americano. Para a função do GOES-10 em sua posição anterior, foi lançado o GOES-12, do qual o Inpe também extrai dados para o monitoramento de queimadas. A detecção sistemática de focos de calor, iniciada pelo Inpe em 1987, é pioneira e a mais completa desenvolvida no mundo, fazendo uso de maior número de satélites – atualmente 11 - que geram centenas de imagens diárias na detecção de focos de queimada. Além da atualização sete vezes ao dia dos focos de calor, a webpage fornece outros produtos como um sistema de risco de fogo da vegetação, estimativas de concentração e dispersão de fumaça, um sistema geográfico de informações específico para as unidades de conservação do país, entre outros.
O monitoramento auxilia o governo federal, em particular o Ibama, no acompanhamento a situações de risco de grandes incêndios florestais, como também os órgãos de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros no combate às queimadas. Entre os usuários regulares incluem-se ainda secretarias estaduais de meio ambiente, Organizações Não Governamentais, usuários individuais, além dos países vizinhos que têm livre acesso a este sistema, desenvolvido em parceria pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência e Tecnologia (MCT).
Segundo Alberto Setzer, do CPTEC/Inpe, pesquisador responsável pelo monitoramento, “o Inpe procura atender da melhor forma possível às necessidades de acompanhamento do uso indiscriminado e indevido do fogo, fazendo uso dos recursos científicos e tecnológicos à disposição. A queimada, apesar de proibida, ainda é uma prática muito comum, profundamente enraizada na cultura brasileira de manejo da terra.” O pesquisador afirma que mesmo nas unidades de conservação do país, como se pode observar na página http://www.cptec.inpe.br/queimadas/, do CPTEC/Inpe, os índices de queimadas são altos. “Todos os dias constatamos inúmeras unidades sendo afetadas pelo fogo”, ressalta. Em relação ao ano passado, 2007 apresenta até agora cerca de 23% a mais de focos detectados. Nos dois últimos meses, o sistema de monitoramento indica quase 6,5 mil casos em unidades de conservação federais e estaduais e reservas indígenas. Já entre os estados, o Mato Grosso lidera o ranking de números de focos de queimadas nos últimos anos.“Também chama a atenção o aumento do número de focos em São Paulo com o aumento da área de plantio da cana-de-açúcar”, lembra o pesquisador.
Página reformulada
Fonte: Assessoria de Imprensa do INPE
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