sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fundos devem injetar R$ 500 mi em produção limpa

Roberto do Nascimento

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES) anuncia até terça-feira os nomes dos gestores dos fundos de investimento em participações que devem aplicar um valor estimado em R$ 500 milhões em empresas que tenham ou possam adotar mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) previstos no Protocolo de Quioto. O banco vai entrar com no máximo 40% em cada fundo, devendo investir no máximo R$ 200 milhões nesta fase inicial, resultando daí a estimativa total. Mas a expectativa é que outros interessados (fundos estrangeiros, entre outros) elevem o capital inicial para além dos R$ 500 milhões. "O BNDES foi surpreendido positivamente em todos os sentidos", afirma o gerente de área de mercado de capitais do banco, Otávio Lobão Vianna.

O número de projetos, de interessados e o volume de recursos investidos devem superar as previsões iniciais. Os fundos devem trabalhar com debêntures conversíveis ou ações de empresas com potencial de adotar projetos de MDL, rendendo IPCA mais 6% ao ano. A rentabilidade complementar deve advir da atividade fim da empresa e dos créditos de carbono resultantes das reduções certificadas de emissão de gases que provocam o aquecimento global. As reduções certificadas serão vendidas em leilão ou pelo melhor preço de mercado no momento da negociação.

O Brasil é o terceiro no mundo em projetos de MDL, atrás da China e da Índia, com mais de 200 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou o equivalente em outros gases-estufa que deixaram de ser lançados na atmosfera em 234 programas, a partir da instalação de mecanismos limpos de produção.

Fonte: DiárioNet

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