Roberto do Nascimento
As grandes empresas petrolíferas estão adotando toda forma de energia alternativa capaz de reduzir os efeitos da queima de combustíveis fósseis sobre o clima, num primeiro momento, e de substituição de sua cada vez mais escassa matéria-prima, o petróleo. Empresas como Petrobrás, Shell, Chevron, BP, Conoco e Exxon Mobil desenvolve como principais ações a eficiência energética, a redução de flaring (queima do gás resultante da extração de petróleo) e busca de energias alternativas, especialmente biocombustíveis, eólica e solar, informa a engenheira Angela Martins de Souza, coordenadora de emissão atmosférica e mudanças climáticas da gerência de meio ambiente de área executiva de segurança, saúde e meio ambiente da Petrobrás.
A estatal brasileira deve evitar até 2012 a emissão de 22,42 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros gases, com o uso de programas de eficiência energética e de energias renováveis. Embora a data seja coincidente com a primeira etapa do acordo mundial, o Protocolo de Quioto, para redução de emissões de gases de efeito estufa, apenas uma pequena parte das ações será inscrita no mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), com direito a créditos de carbono, que são vendidos a países desenvolvidos que têm metas de redução de poluição. Esse volume, se inteiramente aproveitado, renderia para a estatal, ao preço de hoje, algo em torno de R$ 90 milhões. Apenas a título de comparação, a segunda economia mundial, o Japão, terá de comprar, até 2012, 20 milhões de toneladas adicionais de redução certificada de emissões de gases-estufa, porque 18 de suas 55 usinas nucleares foram desligadas após um terremoto, aumentando o uso de usinas a carvão, mais poluentes.
Entre as grandes petrolíferas, eficiência energética e redução de flaring são comuns a todas elas, informa a coordenadora da Petrobrás. Na busca de energias alternativas, a estatal, por causa de sua privilegiada posição em biocombustíveis, está à frente. Energia eólica e solar são importantes alternativas para a Shell, Chevron e BP. A geração de energia é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no mundo. O objetivo da estatal brasileira é chegar em 2020 entre as cinco maiores empresas integradas de energia do mundo, com grande foco na questão ambiental, a partir do fornecimento de combustíveis renováveis, menos agressivos ao meio ambiente.
Fonte: DiárioNet
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