Daniela Mendes
Na conferência que reúne nesta segunda e terça-feira (3 e 4) ministros das Relações Exteriores e de Meio Ambiente de 22 países, no Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro, a ministra Marina Silva defendeu uma maior articulação entre os governos representados no encontro para que se avance nas propostas relacionadas ao meio ambiente e à governança ambiental.
O encontro dá seguimento a discussões que vêm sendo promovidas em diversos fóruns intergovernamentais internacionais, os quais visam responder à constatação de que, hoje - 35 anos após a primeira conferência internacional sobre o tema em Estocolmo, em 1972 - , o quadro institucional de governança para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável não tem sido capaz de acompanhar o agravamento dos problemas ambientais globais. Segundo Marina Silva, o Brasil espera com essa reunião contribuir para as iniciativas formais e informais já em curso no âmbito das Nações Unidas para avançar no entendimento dos problemas e alcançar novos níveis de consenso sobre a questão ambiental e o desenvolvimento econômico. "Temos um consenso quanto a necessidade e a urgência de que algo seja feito para o aperfeiçoamento das instituições existente: de algo que vá além da tão repetida e, ao mesmo tempo, tão vaga expressão 'fortalecimento do Pnuma' (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)", disse a ministra.
Marina apresentou como modelo bem-sucedido de governança ambiental a experiência brasileira que culminou na acentuada redução do desmatamento, após uma grande articulação interministerial e de governo para se ajustar ações e envolver de forma transversal diversos órgãos. "A experiência brasileira na questão da governança ambiental mostra que, por um lado, trabalhar de maneira transversal é muito mais complexo mas, por outro, as soluções encontradas se revestem de mais legitimidade e efetividade", destacou.
Governança global
Fonte: MMA
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