terça-feira, 30 de outubro de 2007

Praia de Icaraí amanhece com sujeira espalhada na areia

Tamara Ferreira

A sujeira em toda extensão da orla de Icaraí incomodou quem pretendia curtir a praia na manhã de ontem. Quem passava pelo calçadão também alertou para os perigos dos materiais encontrados na areia. A moradora Patrícia Damasceno, de 29 anos, pratica esporte na praia diariamente, mas disse não correr mais na areia por causa da sujeira. "Sempre gostei de correr na areia, mas hoje eu só corro no calçadão. Já vi muitas seringas entre os dejetos que cercam a praia. Tenho medo de espetar o pé em uma delas", indignou-se.

A Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin), informou que a coleta de lixo na praia é feita durante 24 horas e que o motivo da sujeira, encontrada ontem pela manhã, seria o lixo flutuante que vem com a maré.

Afogamentos

O final de semana em Niterói e Maricá foi de praias lotadas e muito trabalho para o Corpo de Bombeiros. Em Itaipu, uma pessoa morreu afogada por volta das 18h30min de domingo. Mário César Moratório, de 37 anos, foi socorrido por um helicóptero e levado para a Unidade Municipal Mário Monteiro, em Piratininga, mas não resistiu. Ao todo foram 10 salvamentos, e as principais vítimas são jovens. Mário Moratório foi a única vítima fatal que, segundo o Corpo de Bombeiros, se afogou depois de entrar no mar após ingerir bebidas alcoólicas. O major Aurélio, responsável pelo 4º GMar de Itaipu, informou que a boa condição do mar contribuiu para o baixo número de socorros. Ele disse que os banhistas que abusam do mar, em sua maioria, sabem nadar. "Eles não respeitam as placas que informam sobre correntezas e, por saberem nadar, acabam indo para o fundo". Ainda segundo o major, freqüentar praia não é só lazer, também requer cuidados. O horário de maior incidência de afogamentos é entre 11h e 15h. As causas são diversas, mas se destacam ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, choque térmico devido à exposição ao sol e à água gelada e a falta de precaução, como procurar o salva-vidas para saber das condições marítimas. Segundo o Corpo de Bombeiros, os 31 postos de salva-vidas estão a serviço da população. Praias consideradas perigosas, como Itaipuaçu, Itacoatiara e Ponta Negra, chegam a ter até três postos de atendimento. Nos feriados entram para esta estatística a Lagoa de Itaipu e o canal entre Itaipu e Camboinhas.

Falta de salva-vidas

O vice-presidente da Associação de Moradores do Ingá (Amiga), Márcio Bravo, pediu atenção para as praias das Flechas e da Boa Viagem. "Somente Icaraí tem salva-vidas. Apesar dessas praias serem calmas, nada impede que uma fatalidade aconteça", revoltou-se.

Fonte: O Fluminense

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